De-batam-se!
Não defendo partido e muito menos candidato do PT! Mas a matéria os cita... o q posso fazer? Procurar matérias melhores... rs
Mas é bom pra dialogar , pelo menos, com petistas ou com militares! rs
Resumo
Especialistas ouvidos pelo Sul21 consideram que a proposta pode pautar um debate nacional a respeito da desmilitarização da Polícia Militar. Entretanto, entendem que somente a desmilitarização, por si só, não irá resolver todos os problemas que afetam as corporações policiais, nem garantir à sociedade que a polícia se torne uma força pública mais democrática e que respeite a cidadania.
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Para ele [tentente da PM da Bahia], a desvinculação das PMs em relação às Forças Armadas é positiva.
“(...)A vinculação das PMs às Forças Armadas submete o policial ao código penal militar e faz com que deixemos de ter direitos que qualquer outro indivíduo tem”, explica.
Ele cita como exemplo o fato de que policiais militares não possuem direito à greve. E também critica a “limitação à liberdade de expressão” nos quartéis.
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“A formação do policial militar ainda está ligada a uma espécie de ethos de guerreiro. O policial socialmente positivado é aquele que está pronto para o combate, como se fosse um militar indo à guerra”, lamenta.
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'Não é somente a estética militar que implica em uma postura repressora', compara.
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A PEC estabelece a criação de uma Ouvidoria externa para apurar abusos cometidos pela polícia. Entretanto, não fica claro se serão mantidas estruturas internas de correição. Atualmente, cada corporação possui sua própria corregedoria, em um sistema onde os próprios colegas se investigam.
Não defendo partido e muito menos candidato do PT! Mas a matéria os cita... o q posso fazer? Procurar matérias melhores... rs
Mas é bom pra dialogar , pelo menos, com petistas ou com militares! rs
Resumo
Especialistas ouvidos pelo Sul21 consideram que a proposta pode pautar um debate nacional a respeito da desmilitarização da Polícia Militar. Entretanto, entendem que somente a desmilitarização, por si só, não irá resolver todos os problemas que afetam as corporações policiais, nem garantir à sociedade que a polícia se torne uma força pública mais democrática e que respeite a cidadania.
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Para ele [tentente da PM da Bahia], a desvinculação das PMs em relação às Forças Armadas é positiva.
“(...)A vinculação das PMs às Forças Armadas submete o policial ao código penal militar e faz com que deixemos de ter direitos que qualquer outro indivíduo tem”, explica.
Ele cita como exemplo o fato de que policiais militares não possuem direito à greve. E também critica a “limitação à liberdade de expressão” nos quartéis.
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“A formação do policial militar ainda está ligada a uma espécie de ethos de guerreiro. O policial socialmente positivado é aquele que está pronto para o combate, como se fosse um militar indo à guerra”, lamenta.
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'Não é somente a estética militar que implica em uma postura repressora', compara.
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A PEC estabelece a criação de uma Ouvidoria externa para apurar abusos cometidos pela polícia. Entretanto, não fica claro se serão mantidas estruturas internas de correição. Atualmente, cada corporação possui sua própria corregedoria, em um sistema onde os próprios colegas se investigam.
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Matéria na íntegra:
PEC que desmilitariza e unifica as polícias está em análise
Samir Oliveira
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013, que institui a desmilitarização e unificação das policiais estaduais no Brasil, está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A iniciativa do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi protocolada no dia 24 de setembro e aguarda relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) na CCJ.
A PEC 51/2013 também estabelece a criação de uma Ouvidoria externa
para as policiais e confere autonomia para que os estados decidam qual
modelo de policiamento adotar, desde que a força policial seja civil e
de ciclo completo – ou seja, que uma mesma corporação realize as funções
de policiamento ostensivo e de investigação.
Especialistas ouvidos pelo Sul21 consideram que a proposta pode
pautar um debate nacional a respeito da desmilitarização da Polícia
Militar. Entretanto, entendem que somente a desmilitarização, por si só,
não irá resolver todos os problemas que afetam as corporações
policiais, nem garantir à sociedade que a polícia se torne uma força
pública mais democrática e que respeite a cidadania.
O texto da PEC foi elaborado em conjunto com o antropólogo Luiz
Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública. A
reportagem entrou em contato com a equipe do senador Lindbergh Farias,
que, até o fechamento desta edição, não retornou a ligação.
“Formação do policial ainda está ligada a uma espécie de ethos de guerreiro”, critica tentente da PM da Bahia
Tenente da Polícia Militar (PM) da Bahia, estudante de Filosofia e
integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Danilo Ferreira
observa que a PEC 51/2013 reúne em seu texto diversas outras propostas
que já tramitam no Congresso Nacional. Para ele, a desvinculação das PMs
em relação às Forças Armadas é positiva.
“É algo muito reivindicado e esperado pela grande maioria dos
policiais militares do Brasil. A vinculação das PMs às Forças Armadas
submete o policial ao código penal militar e faz com que deixemos de ter
direitos que qualquer outro indivíduo tem”, explica.
Ele cita como exemplo o fato de que policiais militares não possuem
direito à greve. E também critica a “limitação à liberdade de expressão”
nos quartéis. “Eu sou policial e minha função é garantir a cidadania
das pessoas. É uma contradição que a minha própria cidadania seja
limitada”, critica.
Entretanto, o tenente afirma que não será somente uma mudança de nome
que irá tornar a polícia desmilitarizada. “A formação do policial
militar ainda está ligada a uma espécie de ethos de guerreiro. O
policial socialmente positivado é aquele que está pronto para o combate,
como se fosse um militar indo à guerra”, lamenta.
Para Danilo, a conduta autoritária e truculenta das polícias
militares durante as manifestações é fruto desta mentalidade. “Flagramos
policiais imbuídos de uma lógica militarista, bélica e repressiva
quando precisam lidar com questões que envolvem necessidade de
negociação e diálogo. Essa mentalidade pode permanecer, mesmo com a
desmilitarização. Nossas policiais civis e guardas municipais não são
militarizadas e agem da mesma forma. Não é somente a estética militar
que implica em uma postura repressora”, compara.
“É preciso acabar com dependência da PM pelo Exército”, defende Guaracy Mingardi
Cientista político, especialista em Segurança Pública e ex-secretário
municipal da área em Guarulhos, Guaracy Mingardi defende a estruturação
de diversas polícias por estado – ainda que com um único comando
político. Ele entende que um modelo que dê mais liberdade às unidades da
federação facilita o controle sobre as corporações.
“Se o estado de São Paulo tiver apenas uma polícia, ela terá 140 mil
pessoas, o que a tornaria inviável”, entende. Para ele, o modelo inglês
serve como um bom exemplo. “Lá, a polícia é uma só, mas os comandos são
regionais. Todos possuem uma mesma carreira e uma mesma chefia política,
mas existem diferentes policias por região”, complementa.
Texto teve colaboração do ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares | Foto: Bruno Alencastro/Sul21
Guaracy acredita que a principal conquista da desmilitarização será a
retirada do poder que o Exército possui sobre as PMs de todo o país.
“Existe uma Setoria-Geral das policias militares em Brasília, sob
comando do Exército. Isso transforma a PM em uma força auxiliar do
Exército. É preciso acabar com essa dependência”, cobra. Ele também
defende o fim da Justiça Militar, que ainda existe no Rio Grande do Sul,
em Minas Gerais e em São Paulo.
Polícia deve contar com estruturas internas e externas de fiscalização, diz especialista
Professor de Direito na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista
em Policiamento Comunitário e Segurança Urbana, Teodomiro Dias Neto
afirma que a PEC 51/2013 tem o mérito de “propor um modelo alternativo
de polícia ao país”. Para ele, a criação de uma força de ciclo completo
“é essencial”. “A PM e a Polícia Civil atuam de forma pouco cooperativa
e, muitas vezes, até prejudicial”, pontua.
A PEC estabelece a criação de uma Ouvidoria externa para apurar
abusos cometidos pela polícia. Entretanto, não fica claro se serão
mantidas estruturas internas de correição. Atualmente, cada corporação
possui sua própria corregedoria, em um sistema onde os próprios colegas
se investigam.
“As policias dos Estados Unidos e de países da Europa possuem
instrumentos de controle internos e externos bastante fortes. Não
podemos ter a pretensão de que a polícia será controlada somente de fora
para dentro”, analisa o professor Teodomiro Dias Neto.
Para ele, o modelo adequado de controle é “piramidal” e deve
incentivar os mecanismos internos. “O formato institucional de uma
corregedoria é uma discussão importante. É essencial ter uma boa
estrutura de controle interno, o que não significa prescindir de
controles externos”, observa.
O tenente da PM baiana Danilo Ferreira afirma que as corregedorias
internas das corporações “não são suficientes”. “Imagina eu ter que
investigar o indivíduo que trabalha comigo na viatura. Por mais probo
que eu possa ser, sempre há, no mínimo, um desconforto com essa
situação. Qualquer profissional lidaria com isso de maneira bastante
complicada”, avalia.
Fonte: Sul 21
http://www.sul21.com.br/jornal/todas-as-noticias/politica/pec-que-desmilitariza-e-unifica-as-policias-esta-em-analise-na-ccj-do-senado/
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