o sol no cafofo!
Rodo cotidiano, Rabiscos voadores...
As anotações mais urgentes e mais tortas pelo tempo!
"Eu sempre espero uma coisa nova de mim, eu sou um frisson de espera - algo está sempre vindo de mim ou fora de mim." C.
Preço despenca e produtores capixabas jogam 20 mil caixas de tomate no lixo
O produto, que estava custando em média R$ 30 por caixa, no final do ano passado baixou para R$ 10, uma queda de 66% no preço. Cerca de 20 mil caixas do produto foram dispensadas na rodovia
Folha Vitória
Redação Folha Vitória
Nas duas últimas semanas, produtores rurais de Venda Nova do Imigrantedispensaram cerca de 20 mil caixas de tomate de boa qualidade às margens da rodovia. Os trabalhadores abriram mão de vender o produto devido à grande queda no preço da fruta.
O produto, que estava custando em média R$ 30 por caixa, no final do ano passado baixou para R$ 10, uma queda de 66% no preço. O valor da caixa caiu tanto que não compensa o frete até a capital para vender. Com esse excesso de mercadoria, os agricultores não viram outra alternativa senão jogar tudo fora.
O preço da hortaliça foi destaque em abril de 2013, quando teve uma alta de preços e chegou a desaparecer de muitas geladeiras. Na época, a caixa de tomates estava sendo vendida a R$ 150.
Para o consumidor
A queda no preço pago ao produtor se refletiu nas gôndolas dos supermercados. No mês de dezembro, o preço do tomate ficou 7,5% menor nos supermercados da Grande Vitória, ao contrário da batata, a principal responsável pela elevação do preço da cesta básica capixaba, que encerrou 2014 custando R$ 331,15.
As polêmicas atuais expressam
diversos modos de lidar com a questão da violência das ruas. Muitas vezes o que
mais vigora são mais práticas violentas e por fora da “justiça” do
Estado, cometida por este mesmo ou pelo “cidadão” comum. Diante disso, fico com a fala de Zizek:
“Sim, de
certa forma, é preciso desfetichizar a violência. Esse horror à violência hoje
é parte dessa ideologia liberal da tolerância. Você começa a criticar a
violência e no final você advoga a tortura.” (http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/722/entrevistados/)
Tanto o modelo
repressor do Estado não dá conta da demanda quanto acaba por ser reforçada sua
“necessidade” quando a população não se sente segura e não vê saída a não ser
clamar pelas forças policiais. Quem acaba por sofrer efeitos desse medo
generalizado que a mídia (em última instância sempre ligada a figuras do governo) ajuda a instaurar é justamente a população pobre,
negra, jovem e, principalmente, moradora das ruas.
Não parece haver nenhuma
preocupação a ponto de se questionar como esses jovens vão parar nas ruas ou
como são os modelos de assistência a casos de crianças abandonadas. Mais
difícil ainda é ver essa mesma população que clama pelos modos repressores de
tentar resolver os problemas da violência, se perguntando “o que temos todos a
ver com isso? Que outras intervenções são possíveis?” (análise da implicação).
Será possível: promover essa reflexão junto a população; analisar as práticas
de assistência do Estado; desconstruir a ideia de pessoas que já nasceram para
o mal e ter nos jovens que praticam delitos a evidencia? Conseguiremos
esclarecer que além da desigualdade social podemos argumentar que toda
população de rua, que todo pobre, não tem o “dom” de cometer delitos visto que
pessoas de classes abastadas usufruem de milhões mesmo tendo bons salários seja
fazendo parte de corrupções no próprio modelo de Estado que temos, seja fazendo
parte do cotidiano de outras organizações?
Vemos que o que mais choca nesses
casos do assalto de rua é a violência que nos infringe diretamente. Parece uma
violência menor roubar milhões de um governo, pois os efeitos não são claros e
nem imediatos, ante a nossos olhos. Não importa quantas denúncias sejam feitas
dos grandes bancos que fizeram lavagem de dinheiro para o comércio ilegal de
drogas. Essas entidades são tão grandes quanto abstratas e fica mais fácil
acusar os “aviõezinhos de rua” que fazem a entrega da droga do que quem é a fonte ou a financia.
Assim, o verdadeiro debate da
assistência prestada pelo Estado (seja jurídica ou social) e da reação a todo e
qualquer tipo de violência (a do rico e a do pobre, tanto faz) fica vedado. A
crítica ao Estado não é feita por completo quando se vê todos os problemas
personificados numa classe. Classe esta que é a única a ocupar as prisões e
isso também não é analisado e nem serve como evidencia ou efeito de nada: nem
de quem não está sendo preso ou de quem está sendo preso demais por pouca coisa
para fingir que justiça é feita. Esse senso comum, construído pelo Estado, pela
mídia e pelo não desenvolvimento de espaços de reflexão coletivos, prefere apoiar a
violência da reação imediata feita com as próprias mãos e entender qualquer
debate que negue isso como a “defesa do bandido”. Ex: Sheherazade
Fala, repercussão, resposta da She-Ra: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2014/02/07/interna_brasil,411704/sheherazade-se-defende-apos-declaracoes-polemicas-sou-do-lado-do-bem.shtml
Diante deste cenário, parece
extremamente desinteressante se preocupar com medidas protetivas para crianças
abandonadas, uma vez que estas são quase totalmente desconhecidas (as medidas e
as crianças, sem nenhum glamour para a sociedade do espetáculo). Quando o
debate se volta muito para a diminuição da maioridade penal conseguimos avaliar
como muitos enxergam naquilo um benefício imediato e podemos continuar lidando
com os erros de análise propostos acima. Antes de achar inválido o debate, me
apoio totalmente na reflexão de Herbert de Souza para resgatar o humano em nós:
“Quando uma sociedade deixa matar as
crianças é porque começou seu suicídio como sociedade. Quando não as ama é
porque deixou de se reconhecer como humanidade. (...) Se não vejo na criança,
uma criança,é porque alguém a violentou antes e o que vejo é o que sobrou de
tudo o que foi tirado.” Betinho
Parece extremamente desinteressante,
inclusive, falar de abuso sexual dessas crianças, uma vez que se trata de
assunto que ninguém quer falar, é difícil colocar em palavras ou não se tem a
menor perspectiva do que fazer com os envolvidos na situação, principalmente se
forem da família da vitima. E o mais comum é que seja. Que funcionamento é esse que prefere evitar a dor e acaba por
fazer com que nosso silencio permita a repetição dela? É fato que temos que nos
aproximar do horror para combatê-lo. Falar sobre isso é uma forma também de ver
que resistências são possíveis e não mais termos que fingir que a dor é
inexistente. É reconhecer na falha dos modelos de acolhimento dessas vitimas e
das leis para esses casos, a possibilidade de fazer sempre diferente na próxima
ao invés de ser parte de uma história arruinada.
Como fazer o marketing de um trabalho como esse, considerado “pesado”?
Será que terei que partir do mesmo
mote de projetos sociais famosos que tem financiamento garantido e prometer
salvar as pessoas da vida do tráfico ou da pobreza? O que acaba por ser um
reforço dos mesmos princípios de criminalização da pobreza como forma de “superá-la”.
Até que ponto serve? Terá um próximo passo, o de fazer essa reflexão da
descriminalização ou ficamos só no apelo marqueteiro útil?]
Parte do meu projeto de mestrado para estudar casos de abuso sexual em abrigo.
A ideia é desigualdade ambiental e não desenvolvimento sustentável e nem economia verde!
Porque estes dois últimos, na realidade, não mudam nada no projeto desenvolvimentista implementado desde o pós-guerra. Só agregam ao desenvolvimento a ideia de progresso técnico, com economia de matéria e energia, continuando o inventivo ao consumismo. E pior: a obsolescência programada! Ou seja, os produtos já são feitos para durar menos!
E pra onde vai esse lixo? Para os países pobres como Índia e China (e cidades pobres! Basta ver para onde foi o lixão: Seropédica!).
"A noção melhor é desigualdade ambiental. Porque ela consegue condensar essa indissociabilidade entre a questão social e a questão ambiental. Ajuda a identificar os problemas e o caminho das lutas. (...)
a grande bandeira da justiça ambiental na cidade (...) é Impedir que a especulação imobiliária ganhe as custas da remoção compulsória das populações."
Aí fala dos megaeventos como Copa e Olimpíadas, da manipulação genética e agrotóxicos do agronegócio que mata primeiro os trabalhadores que lidam diretamente com isso, das hidrelétricas, da Rio+20... _________________________________________________
Texto na íntegra: Seminário sobre a Rio+20
QUE DESENVOLVIMENTO QUEREMOS?
Entrevista com Henri Acselrad:
Porto Alegre. 23 de abril de 2012
Reprodução quase fiel da entrevista extraída do vídeo:
Desenvolvimento sustentável:
A noção é recheada de ambiguidades.
O que dá pra entender é que a intenção é sustentar o projeto desenvolvimentista que estava sem fôlego. Porque a promessa do desenvolvimento que começa no pós-guerra, a partir de 45 com criação do Banco mundial, depois d 50 anos nem resolveu o problema da desigualdade social e tinha criado de forma mais visível o problema da degradação ambiental.
A ideia do Relatório Brundtland surge a partir da percepção de que o Clube de Roma que propõe limites ao crescimento não foi bem recebido pelo empresariado. Então de 72 até 87 que se cria a Comissão Brundtland (??), o que ela oferece como definição? Se for olhar a definição de desenvolvimento sustentável é crescimento econômico, dizem eles, porque é preciso combater a pobreza; e progresso técnico, posto que não deveria ser o mesmo tipo de crescimento econômico e sim com o uso de novas tecnologias. Na verdade, era a continuidade do mesmo, acrescentando a ideia d economizar matéria e energia. Criar negócios para os bens de consumo, em nome de acabar com pobreza, e criar negócios para os bens de capital, máquinas e equipamentos, a propósito de que vai economizar matéria e energia.Então a resposta do Relatório Brundtland foi dar continuidade ao capitalismo como ele sempre foi.
Abrindo um novo campo de oportunidade de geração de lucro com a produção de equipamentos mais econômicos em utilização de recursos ambientais. O relatório é uma mera revalidação do projeto desenvolvimentista. Pra poder catalizar os ânimos, a subjetividade, sai o desenvolvimento sustentável, entra a economia verde. Mas o q nos interessa é combater a desigualdade social e ambiental e certamente que as políticas em curso na última década não só não deram conta disso como aprofundaram seus problemas.
Qual a noção alternativa que se deve usar, então?
A noção melhor é desigualdade ambiental. Porque ela consegue condensar essa indissociabilidade entre a questão social e a questão ambiental. Ajuda a identificar os problemas e o caminho das lutas.
O Memorando Summers dizia para o capitalismo no mundo é extremamente racional transferir todas as atividades poluentes para as populações mais pobre e reservar para as populações mais ricas as amenidades ambientais. E se isso acontece quer dizer que o capitalismo se alimenta da desigualdade ambiental. Ele consegue fazer essa fuga pra frente de sempre expandir a fronteira do agronegócio, de sempre continuar criando novos produtos industrias para permitir a acumulação, acelerando a obsolescência programada, investindo cada vez mais em publicidade pra obrigar as pessoas a se transformarem em consumistas compulsivos, faz essa fuga pra frente porque sistematicamente os danos ambientais estão reservados pra que está fora do poder.
Os produtos industriais hoje são todos pensados para se quebrarem mais cedo e logo serem substituídos por outro. Se não fosse assim as lâmpadas elétricas durariam sempre. É perfeitamente possível. A G.E. desde o início pensou "não vai dar pra produzir uma lâmpada que não queima!".
Agora fique pensando no que acontece com os computadores e os celulares. Quando o pessoal do departamento de pesquisa e desenvolvimento, nome que se dá aquele pessoal mais da área científica e tecnológica numa grande multinacional, da eletrônica; quando eles planejam quanto tempo menos vai durar um celular, que logo vai ser substituído, eles devem perfeitamente levar em consideração para onde vai a montanha de lixo eletrônico! Existe um relatório do Greenpeace só sobre lixo eletrônico. Ele vai todo para pequenas cidades paupérrimas da Índia e da China. Tem fotos. E desempregados paupérrimos derretendo esse material e recolhendo minério que tem valor e evidentemente se contaminando, um trabalho completamente insalubre, sem controle, mas com o consentimento do poder local que acha que aquilo é uma oportunidade de negócio.
Então quando o engenheiro calcula do produto durar não 3, mas 2 anos, ele sabe que o lixo não vai pro quintal da casa dele e nem pro proprietário das ações do capital eletrônico para quem ele trabalha. Vai matar os pobres da Ásia. Contaminar com chumbo, cadimo.
Essa é a lógica da desigualdade.
Ela está presente nas políticas empresariais e, infelizmente, nas políticas governamentais que cada vez são mais condescendente com essa desregulação tanto do ponto de vista das normas sanitárias, quanto das normas urbanísticas, e das normas ambientais!
Você tem casos de área de manancial cujo traçado da legislação de proteção é alterado pra que uma multinacional se instale sobre ela. Quer dizer, o manancial continua no mesmo lugar. A lei que traça a área protegida MUDA por uma exigência de uma multinacional que quer ficar mais perto do Rio pra poder lançar seus efluentes, etc. Isso mostra que esse tipo de Estado está na mão das grandes corporações. Ao longo da neoliberalização do mundo, cada vez mais os sujeitos, ou os menos sujeitos que decidem sobre as políticas ambientais e urbanísticas são os grandes empreendedores. Eles que dizem que tem que alterar a legislação para que eles se instalem ali ou então eles vão pra outro lugar. Essa dinâmica da desregulação que fez com que nossas legislações ambientais fossem desfeitas. Ou estejam sendo desfeitas como no caso do código florestal, que é o exemplo mais gritante. E o comportamento do poder do agronegócio fica mais evidente quando depois das primeiras vitórias que obtiveram o representante principal desse grupo parlamentar veio dizer pra imprensa 'estamos apenas começando', rindo. Querem abrir as fronteiras totais em relação ao uso de agrotóxico, produtos químicos, e tal. Você tem uma fuga para adiante. O ciclo de vida das tecnologias no campo vão se abreviando e isso vai se transformando numa sobretecnificação. Quer dizer: o agrotóxico não faz efeito, aí você cria um outro agrotóxico com a transgenia. Você vai transformando o campo num espaço de experiências químicas perigosíssimas que vai expandir na saúde da população e, em primeiro lugar, dos próprios trabalhadores que lidam com esses produtos.
Qual o papel da Rio+20 nesse contexto?
A Rio+20 é pra criar imagem favorável junto a opinião pública. Essa é a intenção de governos. Cada vez mais vão querer dar a impressão de que algo avançou. Mas exatamente não sabemos o que. é o medo do fracasso. Principalmente o governo brasileiro que não gostaria de acolhe ruma conferência internacional que não leve a nada.
Mas algo considerável do ponto de vista social seria que colocasse limites no uso de recursos do planeta por poucas corporações que deles se apropriam.
A justiça ambiental:
A justiça ambiental dentro das cidades é construída quando você resiste a desregulação. Quando você resiste a imposição de uma siderúrgica poluente como se fosse um grande trunfo. Se quer que que receita pública seja obtida, emprego, mas que seja com tecnologias apropriadas, com respeito a saúde da população, e não acolhendo aquilo que foi rejeitado em países mais ricos.
Evitando também que todo evento modernizador ou grandes eventos como como a Copa e Olimpíada impliquem em remoção de populações. Ou, então, investimentos em certas áreas que vão acabar expulsando via mercado essas populações. Então, garantir justiça ambiental na cidade é impedir que aja transferência de recursos urbanos dos mais despossuídos para os grandes empreendedores que é o que tende a acontecer quando o estado não controla o mercado quando corre grandes eventos como a Copa. Tem que haver sempre uma proteção daqueles moradores para que eles não sejam expulsos direta ou indiretamente pela via da valorização do solo, né? Essa é a grande bandeira da justiça ambiental na cidade. Impedir que a especulação imobiliária ganhe as custas da remoção compulsória das populações.
Hidrelétricas:
A questão que é posta é "Para que q se faz hidrelétricas?". Essa é a questão que movimentos sociais acrescentam no que raramente aparece na discussão pública. A discussão é que: temos um apagão energético. Então, nós queremos saber: é um apagão energético para que e para quem, né?Porque várias barragens inundaram áreas enormes na Amazônia para alimentar a CIDADE com ar-condicionado, o que é algo discutível em termos de custo e benefício. E agora está a mesma coisa.
Vale a pena sacrificar grupos indígenas pra fornecer energia barata para as MULTINACIONAIS do alumínio? Era a mesma questão que se colocava para Tucuruí mas na época, em plena ditadura, essa questão nem podia ser aventada! Agora devemos explorar o espaço democrático.
Nós queremos saber PARA QUE essa energia elétrica e deixar claro que nós estamos optando em fornecer esse tipo de energia para esse tipo de empreendimento em detrimento de certas culturas. Temos que ver se isso vale a pena.
Não há apagão energético. Tem que saber sempre pra quem vai essa energia.
Porque via de regra ELA NÃO VAI para eletrificação das áreas rurais e populações abandonadas da Amazônia.
Vi um artigo do Delfim Neto na Carta Capital dizendo que os índios devem ser ouvidos, que realmente a legislação ambiental deve ser seguida, mas a barragem deve ser feita de qualquer jeito e sem colocar essa questão: PARA QUÊ?
As alternativas:
São outras formas de energia, a limitação do consumismo e não atrelar os grandes projetos aos requisitos de acumulação das grandes multinacionais.
O papel do Estado é acolher os anseios democráticos da população. Por exemplo, de manter sua diversidade social. De não expulsar grupos quilombolas pra fazer hidrelétrica. Por exemplo, lembro de outro artigo de jornal em que uma figura importante do setor elétrico dizia: 'Estamos produzindo mais efeitos estufa por causa dos quilombolas da madeira. Os quilombolas da madeira são responsáveis pelo aquecimento global porque eles estão problematizando a construção das hidrelétricas da madeira.' Isso eu acho uma perversidade. Isso estava escrito no Globo.
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Um vídeo pra somar continuando esse papo de "pra onde vai o lixo":
Fonte: Social Fly
http://www.socialfly.com.br/videos/91-as-pessoas-precisam-ver-essa-coisa-terrivel-que-a-gente-causa-e-poucos-sabem-a-respeito
Logo a Apple, q provê luxuosos e caros atigos como iPod, um iPhone, um iPad, vem fazendo um papelão desses!
Empresas q fornecem acessórios para ela fazendo uso de trabalho infantil por uma miséria (0,70 centavos de dólar), uma jornada absurda de 16h de trabalho na China, país onde as pessoas são presas se tentarem montar sindicato.
... "[Na] China (...) é onde está a matriz da Foxconn, a companhia que fabrica os iPhones e o iPad para Apple, bem como outros dispositivos para outras empresas. Sua planta trabalhista é de quase 430.000 pessoas, das quais ao menos 5% [são] operários de 14, 13 e inclusive 12 anos
(...) quando uma inspeção oficial se aproxima, a empresa esconde por um tempo àqueles operários que são muito jovens e os substitui por outros com aparência de adultos. A empresa sabe, por suposto, a data em que estas revisões acontecem
(...) No entanto, como bem aponta Henry Blodget em Business Insider, os dividendos da Apple são tão grandes que bem poderia se permitir melhorar as condições trabalhistas dos operários que estão na base de sua riqueza"
Acidentes de trabalho, hora extra... nada é pago!!"
Crianças trabalham 16 horas ao dia por 70 centavos de dólar para fabricar o iPhone
Por Admin em Notícias. Visualizado 78955 vezes desde 17 de janeiro de 2012 às 17:59:00
Para os mac-fags a Apple
não é uma empresa, senão uma religião a que seguem como o mais
fundamentalista dos religiosos. Não só pelos dispositivos que colocou no
mercado, realmente atrativos, senão pela aura que inteligentemente impôs sobre seus produtos, uma inexplicável camada de prestígio e luxo que, segundo parece, vem fartamente incluído no preço que os consumidores pagam quando adquirem um iPod, um iPhone, um iPad ou o que seja.
E talvez seja este brilho um tanto irreal o que oculta de ditas pessoas as condições atrozes em que se fabricam seus queridos aparelhos, as brutais condições trabalhistas que fazem possível o sonho do gadget e da distinção.
Shenzhen,
a cidade na China onde é produzida a maior parte destes dispositivos,
é, dentro da podridão que rodeia este sistema, o melhor exemplo desta
realidade. Ali é onde está a matriz da Foxconn, a companhia que fabrica os iPhones e o iPad para Apple,
bem como outros dispositivos para outras empresas. Sua planta
trabalhista é de quase 430.000 pessoas, das quais ao menos 5% não atinge
o limite de idade legalmente aceita para trabalhar, operários de 14, 13 e inclusive 12 anos trabalham ao lado de outros bem mais velhos, digamos, polindo o cristal dos iPhones.
De acordo com uma destas operárias, a Foxconn não se importa com a idade de quem estão a seu serviço,
mas quando uma inspeção oficial se aproxima, a empresa esconde por um
tempo àqueles operários que são muito jovens e os substitui por outros
com aparência de adultos. A empresa sabe, por suposto, a data em que
estas revisões acontecem
Sóbrios e enormes galpões tomados de
dezenas de milhares de operários, trabalhando uníssona, monótona e
mecanicamente, sem pausas nem distrações, com olhos, mãos, atenção na
repetição infinita tarefa atribuída. 8 horas ao dia que se estendem a 12
que se estendem a 16 quando há que fabricar um novo gadget que as
multidões impacientes estão ansiosas por possuir; produtos que
dificilmente conhecem em sua última forma e cujo funcionamento
consideram mágico.
Os sindicatos são proibidos na China.
Quem quer que seja surpreendido organizando um, é preso imediatamente e
enviado a prisão. Assim mesmo, circula entre as companhias uma "lista
negra" com os nomes daqueles trabalhadores chamados de "problemáticos",
aqueles que se atrevem a pedir pagamento da hora extra.
Isso sem
falar das compensações por acidentes de trabalho: uma prensa prendeu a
mão de um operário da Foxconn, e a empresa simplesmente não lhe deu
nenhum tipo de subvenção médica e ademais, quando descobriu que tinha
perdido o movimento de sua extremidade, simplesmente o despediu. O homem
fazia parte da produção de carcaças metálicas para iPad, mas o mesmo
acontece com aqueles operários que se tem os membros atrofiados por
realizar a mesma tarefa uma e outra vez, 12 horas ao dia, durante anos e
anos, ou, como exemplo concreto, aqueles que utilizam hexano para
limpar a tela do iPhone, porque esta substância se evapora bem mais
rápido que outras, permitindo com que a produção seja mais rápida, sem
considerar que o hexano é uma neurotoxina provada que afeta as mãos até
provocar um tremor incontrolável.
E, desgraçadamente, a lista de
infortúnios poderia continuar. Ou não. Porque não se trata de um
problema de fortuna. É sumamente ingênuo pensar que os diretores da Apple, Steve Jobs incluso, não estão ou estiveram a par destas condições em que fabricam seus produtos. Com certeza sempre souberam que dito meio é parte importante de seus ganhos.
No entanto, como bem aponta Henry Blodget em Business Insider, os dividendos da Apple são tão grandes que bem poderia se permitir melhorar as condições trabalhistas
dos operários que estão na base de sua riqueza, sem com isso
comprometer sua competitividade nem seus ganhos econômicos. Blodget fala
inclusive de fabricar iPhones e iPads sob de marco estadunidenses de
leis trabalhistas.
A Apple, no entanto, poderia argumentar que
este não é problema seu senão de empresas como a Foxconn e do país China
que têm seus operários em semelhante condição de escravidão. Mesma
desculpa que possivelmente será dada por donos de aparelhos da empresa.
Esse é justamente um dos núcleos do problema: que a riqueza da Apple não
é sua somente, que existem corporações contíguas que brigam
encarniçadamente pelas migalhas que caem desse banquete. Que como a
Foxconn há centenas ou milhares de empresas dispostas a realizar os
mesmos trabalhos em condições inclusive, se isto for possível, piores
que as relatadas agora.
Enquanto isso, aí estão milhares, milhões
fascinados em tropel em frente às vitrines dos estabelecimentos que
oferecem o novo iPhone, embriagados por esse estranho, incompreensível
encantamento que rodeia os produtos da Apple aparentemente
irresistíveis. Consumidores autômatos que não descansam até ter em suas
mãos o último de seus gadgets -que nunca é realmente o último- e que (na
melhor das hipóteses) usam justificativas duvidosas para explicar o
porque pagam o triplo do preço por um produto que é fabricado por mão de
obra escrava ou porque (na pior) estão pouco se lixando com quem
fabrica e querem mesmo é ostentar um produto caro comprado a prestação
sob a influência do campo de distorção da realidade do Senhor Supremo
das Maçãs. Em nome do iPad, do iPhone e do iPod Touch... Applem!!!
"Preocupados, as empresas [Itaú, Ambev- ou seja, não é vc q vai ganhar
com a Copa!] exigiram garantias para seus investimentos no megaevento,
de que o governo irá coibir as manifestações e solicitaram
um plano de ação que será monitorado em reuniões mensais até o inicio
do Mundial. Neste mesmo contexto, a Rede Globo anunciou, com
exclusividade, relatórios da Polícia Federal e da Interpol de que grupos
‘anarquistas’ estariam sendo ‘investigados’ e ‘monitorados’. Mas, não
apresentou qualquer base judicial concreta que justifique legalmente
estas investigações. ... Diversos atores políticos e sociais têm
denunciado que, para atender as necessidades corporativas da FIFA e dos
patrocinadores da Copa do Mundo de 2014, o país está abrindo mão de
princípios democráticos e de direitos inalienáveis, como o direito de
ir, vir e ficar e o direito à manifestação, organização e participação
política."
__________________________
Texto na íntegra:
Assustados com onda de protestos, patrocinadores da Copa do Mundo recorrem a Dilma (PT).
Assustados com o risco de protestos contra a Copa do Mundo de 2014,
dois representantes dos patrocinadores do evento se reuniram com a
Presidente Dilma, pedindo a intervenção do governo para evitar que as
manifestações arranhem a imagem das empresas e do evento. A Reunião, que
ocorreu no dia 19 do mês passado em Brasília (segundo a ESPN), entre Dilma, o Banco Itau e a Ambev (gigante transnacional do ramo de bebidas e alimentos).
Preocupados, as empresas exigiram garantias para seus investimentos no
megaevento, de que o governo irá coibir as manifestações e solicitaram
um plano de ação que será monitorado em reuniões mensais até o inicio do
Mundial. Neste mesmo contexto, a Rede Globo anunciou, com
exclusividade, que, segundo relatórios da Polícia Federal e da Interpol,
grupos ‘anarquistas’ estão sendo ‘investigados’ e ‘monitorados’. Mas,
não apresentou qualquer base judicial concreta que justifique legalmente
estas investigações.
Dilma tranqüilizou os investidores
dizendo: “faremos todo o possível”. Diversos atores políticos e sociais
têm denunciado que, para atender as necessidades corporativas da FIFA e
dos patrocinadores da Copa do Mundo de 2014, o país está abrindo mão de
princípios democráticos e de direitos inalienáveis, como o direito de
ir, vir e ficar e o direito à manifestação, organização e participação
política. Do ponto de vista da imprensa independente, precisamos
denunciar qualquer arbitrariedade e as diversas formas, em curso, de
criminalização dos movimentos sociais, detenção e prisão arbitrária, e
de cerceamento dos direitos civis e políticos. Além do dever moral de
reivindicar a garantia dos direitos fundamentais da população e a
responsabilidade dos seus governantes. A rotulação dos manifestantes na
‘lei’ que tipifica o crime de ‘organização criminosa’, no caso do estado
do Rio de Janeiro, e a Lei Geral da Copa, que tipifica o manifestante
como ‘terrorista’ são os principais exemplos desta realidade. No
documento que instrui a votação da Lei Geral da Copa no Congresso
Nacional lemos: “apesar de ser um campeonato criado e organizado por uma
instituição privada (a Fifa), (...), os esforços para organizá-lo
demandam iniciativas governamentais capazes de garantir, além dos
serviços de infra-estrutura urbana, medidas administrativas, legais e
financeiras que o tornem viáveis” - http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/9990/lei_geral_copa.pdf?sequence=1
Além disto, é nosso dever dar voz àqueles que estão sendo vítimas de
práticas de exceção e criminalizadas pelos meios de comunicação de
massas, e pelo próprio Estado, que, em nome de suas parcerias políticas e
corporativas, tentam esconder e silenciar o grito, a voz das ruas,
aonde ouvimos, de forma reiterada: NÃO VAI TER COPA! Como expressão da
revolta popular contra a violação sistemática de seus direitos
constitucionais.
Texto: Fernando Soares & Reynaldo Vasconcelos Foto: Reynaldo Vasconcelos / Coletivo Mariachi Colaboração: Manu Silva
Interessante!
Patch Adams: o verdadeiro, q inspirou o filme
Critica o filme bobo q Holywood fez, rendendo a ela 400 milhões, não mostrando seu lado d político ativista. Optaram por mostrar somente ações pontuais com doentes!
... Depois de 28 anos tentando arrecadação para construir um hospital modelo dentro d uma política facista como a de seu país (?) que não dá tratamento a sua população pobre de 50 milhões de pessoas, queria pode prover atendimento gratuito ele mesmo mas a Universal Studio não fez nenhum repasse! Patch Adams, com a popularidade q lhe rendeu o filme, continua ajudando a erguer clínicas e escolas, escolhendo não guardar nada para si.
Indo mt além da filosofia rasa do filme, diz q não apenas faz palhaçadas. Sua política é muito mais ampla! Seja uma criança em estado terminal ou um homem d negócios em um elevador, ambos merecem ser bem tratados.
O filme deveria promover a paz e justiça, q é pelo q ele trabalha, mas Hollywood só quer vender ingressos.
Vídeo: 1 de 10
http://www.youtube.com/watch?v=8Q7aqa-G0l8