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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Acolhimento do afeto


Otto Kernberg em 28:37

Em 27:57, Otto K. é perguntado sobre como se compreendia o sofrimento em culturas anteriores a psicanálise. O entrevistador quer saber, ainda, se era através do mito (poesia, cultura) que os problemas eram dilapidados de alguma forma. Pergunta também se o sofrimento psíquico é algo de uma época.

Otoo K. responde com muita honestidade que o conhecimento a esse rspeito é parcial. Bom ver psiquiatras assim. Diz que nas sociedades anteriores a atual, principalmente nas que dispinham de menos linguagem, se tendia a somatizar mais. Nas que dispunham de mais linguagem (acredito que ele esteja falando da língua oral), o sofrimento dos afetos aparecem mais (ansiedade, depressão. E que a única forma de tratamento não é pela psicanálise.

Isso que eu gosto muito de compartilhar e frisar, numa sociedade aonde as pessoas nunca pensam que precisam resolver seus problemas coletivamente e que acabam psicologizando muitas questões as quais pretendem se adaptar e não tentar a superação ou a persistir um pouco com a crítica (tornando a análise quase uma bengala pra vida toda). Ele diz algo como: o que é necessário é ter uma rede de afetos, ser acolhido, buscar e dar empatia. Que mesmo o delírio, o sintoma é uma forma de se comunicar e é preciso ter espaço pra viver isso também em conjunto. Todo acompanhamento psi, por fim, buscará saber como estão suas redes. Assim como na assistência social, na escola, no trabalho, é no coletivo que precisamos agir, além de nós próprios, evidente.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=Wula0Zb9MHo

sábado, 20 de janeiro de 2018

Ritalina é usada por seus efeitos adversks

O Brasil e essa mania terceiro mundista de ser mercado pra veneno

E vc, quando propagandeia uso de remédio no seu face sem o menor cuidado, faz parte disso!!

- Cocaína para crianças poderia?
"“Há campanhas contra o uso de anfetaminas [como a cocaína] por adultos, mas utilizam uma droga com o mesmo efeito em crianças”."

- A Ritalina você usa pelo efeito adverso: o q é um motivo pra vc NÃO USAR
"A ritalina é um estimulantel (...) Todas essas drogas tem algumas reações adversas, que indicam quando o medicamento não deve ser mais administrado. (...)  As reações adversas da ritalina são o foco em uma coisa só (...) E é justamente por essas reações adversas que a ritalina é utilizada em crianças e adolescentes e não pelo efeito terapêutico."

- Por fim e menos importante mas q foi a entrada estratégica d mais uma droga no mercado: "o TDAH não é comprovado (...) É impossível diagnosticar uma doença neurológica por meio de um questionário” e isso não é óbvio, gente?

- Motivador real do Brasil consumir veneno em forma de remédio e agrotóxico: "A professora também é uma das precursoras do movimento “Despatologiza”, que busca discutir formas de tratamento que não transforme questões sociais, culturais e familiares em patologias."

Link
http://www.gazetadopovo.com.br/saude/ritalina-e-usada-em-criancas-por-reacoes-adversas-e-nao-pelos-efeitos-terapeuticos-1u420hsfmgz4h38lrhtdpwfwi
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Laura Beal Bordin
[19/06/2016 





SAÚDE DAS CRIANÇAS

“Ritalina é usada em crianças por reações adversas e não pelos efeitos terapêuticos”

Em entrevista à Gazeta do Povo, Maria Aparecida Affonso Moysés, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, diz que o TDAH não é comprovado

Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp | Antonio Scarpinetti
Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Antonio Scarpinetti
“Há campanhas contra o uso de anfetaminas por adultos, mas utilizam uma droga com o mesmo efeito em crianças”. Essa é a opinião da pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre o uso da ritalina em crianças e adolescentes mais “agitados”. A droga é comumente utilizada no tratamento do chamado Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e por conta do grande número de diagnósticos, o uso de ritalina no Brasil aumentou 775% em dez anos de acordo com a Anvisa, fazendo do país o segundo no mundo em que mais consome a droga.

Nunca foi tão importante estar bem informado.Sua assinatura financia o bom jornalismo.
Para a professora, não há comprovação científica de que o transtorno exista e considera irreal o dado de que entre 7% e 10% de crianças sofram de uma doença neurobiológica de origem genética, como sugerem os defensores do diagnóstico. “É impossível diagnosticar uma doença neurológica por meio de um questionário”, diz
De acordo com Maria Aparecida, a ritalina faz com que crianças fiquem mais quietas, mas contidas quimicamente. “As crianças acabam sendo não só acolhidas no seu sofrimento, mas recebem um rótulo e uma droga com todas as reações adversas que a ritalina apresenta. Não existe um tratamento alternativo. É preciso olhar a criança e escutar o que ela está tentando me dizer”, afirma. A professora também é uma das precursoras do movimento “Despatologiza”, que busca discutir formas de tratamento que não transforme questões sociais, culturais e familiares em patologias. Leia a entrevista completa:
Como a ritalina age no sistema nervoso central e para quais fins ela é utilizada?
A ritalina é um estimulante do sistema nervoso central que tem o mesmo mecanismo de ação que as anfetaminas, como a cocaína, por exemplo, e deixa a pessoa mais ativa. Todas essas drogas tem algumas reações adversas, que indicam quando o medicamento não deve ser mais administrado. Ou seja, se a pessoa sentiu a reação adversa, deve parar de tomar aquele medicamento. As reações adversas da ritalina são o foco em uma coisa só e um efeito chamado “zumbi-like”, que é ficar contido em si mesmo. E é justamente por essas reações adversas que a ritalina é utilizada em crianças e adolescentes e não pelo efeito terapêutico.



Então a ritalina é usada em crianças por conta de um efeito colateral?
A reação adversa é mais do que um efeito colateral. O efeito colateral é algo que você não espera, mas acontece. Já a reação adversa é aquilo que você não queria e que é ruim para o paciente, indicando que o medicamento deve ser retirado. E foi justamente por essas reações que ela acabou sendo usada em crianças e adolescentes mais agitados, mais ativos: para que eles fiquem mais quietos e quimicamente contidos. Qual é o foco? Só conseguir pensar em fazer uma coisa de cada vez, o que é totalmente inviável na vida real. As crianças então passam a obedecer, deixam de questionar. Uma vez um garoto me disse: “Eu não deixei de sentir o que eu sentia, mas agora eu não consigo gritar”. Apesar da ritalina ser vendida e divulgada como uma droga segura, ela pode causar dependência como qualquer outro estimulante.
O consumo de ritalina cresceu 775% em dez anos e o Brasil se tornou o segundo maior consumidor da droga, atrás apenas dos Estados Unidos. Quais são os fatores que contribuíam para que a ritalina seja tão utilizada no Brasil?
Os fatores são semelhantes no mundo todo. Há uma epidemia de diagnósticos do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), um transtorno que é muito mal conceituado, muito questionado, que não é aceito pela própria medicina como uma doença. Não estou dizendo que não existem crianças mais agitadas, agora, isso é um transtorno? Não há comprovação. Na verdade, o que nós percebemos é que inúmeras coisas são colocadas em uma gaveta chamada TDAH e que não há a menor comprovação de que ele exista. Há um transtorno não comprovado sendo tratado com uma droga pela reação adversa que ela causa, com todos os problemas que os estimulantes apresentam. Há uma grande campanha contra o uso de anfetaminas por adultos e você dá uma droga que causa esses mesmos efeitos para crianças.
Pesquisas mostram uma grande diferença entre o número de diagnósticos de crianças com o Transtorno do Déficit de Atenção no Brasil e na Europa, por exemplo. A França, inclusive, só reconheceu a pouco tempo o transtorno. Na sua opinião, há um exagero nos diagnósticos do TDAH no país?
Esse diagnóstico não é nem mesmo comprovado. É absolutamente irreal você pensar em um número de cerca de 7% a 10% de crianças com uma doença de origem neurológica e inata. Nós não utilizamos porcentagem para falar de doenças inatas, usamos para falar de problemas socialmente determinados. Quando falamos de problemas inatos, a porcentagem é uma medida grosseria, uma agressão a todo o conhecimento da medicina.
Há uma epidemia de diagnósticos de TDAH, que foi difundida pela Associação Americana de Psiquiatria, por várias entidades no Brasil e que estourou neste século. Então você tem algo que é divulgado como algo científico e inquestionável, e que na realidade é questionado por pesquisadores relevantes para a medicina no mundo inteiro. Houve também uma divulgação midiática totalmente acrítica do TDAH e com informações que não são verdadeiras. Por exemplo, se fala que o transtorno é igual no mundo todo e isso não é verdade, pois ela varia de acordo com os costumes, com a cultura de cada local. Também há uma divulgação de que a ritalina é uma droga absolutamente segura e sem reações adversas, o que também não é verdade. Existem famílias com crianças com problemas reais e que sofrem muito mais pelo estigma do que pelo modo de agir. Algumas associações que difundem o TDAH e o uso da ritalina conseguem fazer com que as famílias se sintam acolhidas e elas acabam achando que estão fazendo o melhor para os seus filhos.
Muitas vezes os país ficam receosos em medicar os filhos, mas ao mesmo tempo buscam a melhora da criança. Qual é a melhor saída para estes casos?
Esses pais que veem seus filhos sendo estigmatizados e em sofrimento também sofrem e acham que estão fazendo o melhor para os filhos. Você passa por profissionais da saúde, lê conceitos na mídia, vê os questionários sendo aplicados aos filhos e que indicam o diagnóstico de um transtorno neurológico. É impossível diagnosticar uma doença neurológica por meio de um questionário, ainda mais quando vemos entre 7% e 10% de crianças sendo diagnosticadas por um transtorno neurobiológico de origem genética que não é nem mesmo comprovado. Somos obrigados a pensar que isso é um problema social, causado principalmente pela intolerância com a diferença. A imensa maioria das crianças que recebem este rótulo são crianças mais agitadas, questionadoras. Existem sim crianças com problemas, que agem de forma mais intensa. Mas,se houver uma investigação, percebe-se que são crianças e adolescentes que estão manifestando um problema psíquico. E, ao invés dos profissionais tentarem entender o porquê dessa criança estar agindo assim, o que ela está querendo dizer, a enquadram em um diagnóstico de TDAH sem a menor crítica. Pessoas que estão em sofrimento psíquico apresentam mudanças de comportamento. Com esse diagnóstico, elas acabam sendo não só acolhidas no seu sofrimento, mas recebem um rótulo e uma droga com todas as reações adversas que a ritalina apresenta. Não existe um tratamento alternativo, é preciso olhar a criança e escutar o que ela está tentando me dizer, qual é o problema dela. E então estabelecer um tratamento terapêutico singular para cada criança.






segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Janeiro Branco


Notícias

23/01/2017 - 9:21 
[A data deve estar errada porque esse papo não é  antigo.]

Posicionamento sobre a campanha Janeiro Branco

Convidamos a categoria a promover um diálogo que permita a ampliação do debate

Por deliberação da 1ª Plenária do XVII Plenário, ocorrida em Brasília nos dias 20 e  21/01, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) traz a público posicionamento sobre a campanha “Janeiro Branco”.
O CFP destaca a iniciativa da campanha “Janeiro Branco”, organizada por segmentos de nossa categoria, com ampla divulgação nas redes sociais e nas mídias nacionais. O mote da campanha – o incentivo à busca da psicoterapia para o cuidado com a saúde mental – é relevante, pois promove a visibilidade de um dos campos da prática profissional da (o) psicóloga (o) e incentiva a sociedade a se aproximar mais das questões relativas ao sofrimento psíquico.
Nesta perspectiva, destacamos alguns aspectos para contribuir com o debate sobre o tema:
– Consideramos que os estados de sofrimento são multifatoriais e constituídos a partir da relação das pessoas com seu entorno social. Logo, a característica central de nossa sociedade, marcada pelas desigualdades sociais, suscita para o CFP a preocupação de afirmar a prática profissional em intrínseco diálogo com a sociedade;
– Do mesmo modo, estamos atentos às diferentes manifestações de violência que acometem populações vulneráveis e povos tradicionais (povos indígenas, quilombolas, dentre outros) seja no mundo do trabalho ou como consequência da destruição do meio ambiente;
– Defendemos, portanto, que o cuidado com a saúde mental vai além da prevenção e do encaminhamento do indivíduo em sofrimento à psicoterapia. Nesse sentido, a efetivação das políticas públicas e inclusivas baseadas nas prerrogativas da universalidade, da integralidade e da equidade, buscando a interlocução com outros saberes e práticas profissionais, mostra-se imprescindível para a promoção da saúde mental.
– Lembramos que o CFP se referencia historicamente, ao lado de outros setores organizados do campo da Saúde, nas agendas referentes ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no dia 18 de maio, e no Dia Mundial da Saúde Mental, em 10 de outubro.
A partir das ponderações acima expostas, sugerimos que haja uma reflexão conjunta em torno da temática do “Janeiro Branco” – inclusive sobre a opção pela cor branca, que pode referendar o discurso racista presente na nossa sociedade – com o intuito de promover um diálogo que nos permita a ampliação desta questão tão importante para a nossa profissão.
Finalmente, convidamos a categoria a refletir sobre a nossa prática como instrumento de garantia dos direitos fundamentais, do enfrentamento da violência, dos preconceitos e das condições objetivas e subjetivas que produzem sofrimento psíquico (racismo, LGBTfobia, intolerância religiosa, violência de gênero, violência contra a criança e o adolescente, entre outras).
Confira matéria produzida pelo CFP sobre os desafios na Saúde Mental na atualidade a partir de entrevistas com o professor e pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (Ficoruz) Paulo Amarante e o diretor da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) Leonardo Pinho.


Site: CFP
http://site.cfp.org.br/nota-de-posicionamento-sobre-a-campanha-janeiro-branco/

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Clínicos psis

Clínicos psis

- Fréudi
O que eu mais gostava na escrita do Freud era quando ele viajava em cima dos atendimentos dele. Por mais que eu intuisse e depois discordasse dos atravessamentos da cultura patriarcal no que poderíamos repensar hoje como "clínica freudiana" (existe muita coisa se for pensar assim, né? rs). É importante esse exercício de produzir em relação ao nosso trabalho (seja ele qual for) academicamente ou não.

Vejo uma galera teorizando sobre tudo. Torço pra que os profissionais psis falem da experiência deles e não fiquem só citando a bíblia do Freud pra pensarem sua clínica.

Negócio difícil esse de ter precursores.

[Foco desse texto:] Por que quando você lê sua prática a partir do precursor... qual a sua chance de discordar?

Deve ser por isso que eu amo a dissidência. Acho muito importante entender aonde os dissidentes discordaram. Mas na faculdade não acessamos muito isso.

- Formação
O que mais dizem é "se quiser saber um pouco de tudo, não vai saber muito de nada". Mas para estudantes isso deveria ser natural: ter noção de um certo leque de possibilidades. Entendo mais (e discordo) q se diga isso a profissonais formadas/os.

Ao se formar, o estudante acha que já está totalmente pronto. Mas somos sempre estudantes em tudo na vida.

Os espaços de formação não nos mostram muito as tensões. Tem que dar sorte de um estudante discordar d profs e ter peito pra fazer a discordância ali naquela relação desigual sem seus colegas de turma (pois é!) te matarem. Porque você não tem aporte teórico pra isso e quem tem não está ali, "obviamente".

A gente segue na caixinha.

E quando vamos dar continuidade a nossa formação?  Qual a surpresa? RS

- Freud é pop

Psicanálise é usada pra tudo, né? Pra fazer filme, pra falar de sociedade,  debate filosófico, pra prever o comportamento dos outros, responder entrevista na TV, pra parecer que tem prática clínica. Psiquiatria também, mesmo que as pessoas sequer tenham diagnóstico. Se vai ao psiquiatra  (deus médico q passa remédio) já está comprometido. Então, rola aquele engodo onde as pessoas não tem q escolher entre a análise e os 30 mil diagnósticos. Tanto que é o que as pessoas mais esperam da psicologia (psis ou não): psicanálise e psiquiatria. Se a psicologia não falar nesses termos, não é psicologia.

Mas não fica evidente o quanto todo mundo perde com isso.

- Perdas e ganhos
Se os psis entenderem que psicologia não é  só clínica e que clínica não é  só psicanálise, talvez talvez a população também passe a entender isso.  :)

Porque seremos nós,  tendo noção da abrangência da nossa atuação que vamos usar a confiança em nós depositada (O poder em você investido) pra falar sobre isso.

Esse é um dos aspectos do profissional polítizado.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Amor em Lacan, por Jacques

Conferir a fonte, mas acredito que seja real e é bem bonito.

"Pergunta: “O amor é sempre recíproco”, dizia Lacan. Isso ainda é verdade no contexto atual? O que significa?
Jacques-Alain Miller:
Repete-se esta frase sem compreendê-la ou compreendendo-a mal. Ela não quer dizer que é suficiente amar alguém para que ele vos ame. Isso seria absurdo. Quer dizer: “Se eu te amo é que tu és amável. Sou eu que amo, mas tu, tu também estás envolvido, porque há em ti alguma coisa que me faz te amar. É recíproco porque existe um vai-e-vem: o amor que tenho por ti é efeito do retorno da causa do amor que tu és para mim. Portanto, tu não estás aí à toa. Meu amor por ti não é só assunto meu, mas teu também. Meu amor diz alguma coisa de ti que talvez tu mesmo não conheças”. Isso não assegura, de forma alguma, que ao amor de um responderá o amor do outro: isso, quando isso se produz, é sempre da ordem do milagre, não é calculável por antecipação." "
 ♡

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

O DSM é  dos EUA. E lá tem mais identificação d transtorno do q na França q criou OUTRO referencial psiquiátrico pra pensar os transtornos mentais e fazer frente ao DSM. N tomam medidas medicamentosas pq n consideram um problema biológico e sim social.

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Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?


Marilyn Wedge, Ph.D
EQ 2-ilu

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre – que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

Texto original em Psychology Today


Fonte:
https://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

CFP - Resolução 15/1996

CFP - Resolução 15/1996

"Art.3°- No caso do afastamento para tratamento de saúde ultrapassar a 15 (quinze) dias 0 paciente deverá ser encaminhado pela empresa à Perícia da Previdência Social, para efeito de concessão de auxilio-doença. 

Art. 4°- O atestado emitido pelo PSICÓLOGO deverá ser fornecido ao paciente, que por sua vez se incumbirá de apresentá-lo a quem de direito para efeito de justificativa de falta, por motivo de tratamento de saúde."


http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1996/12/resolucao1996_15.pdf

CBO - Classificação Brasileira de Ocupações e CFP

CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

Portaria nº 397, de 09 de outubro de 2002




Aprova a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO/2002, para uso em todo território nacional e autoriza a sua publicação.
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, resolve:
Art. 1º - Aprovar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, versão 2002, para uso em todo o território nacional.
Art. 2º - Determinar que os títulos e códigos constantes na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO/2002, sejam adotados;
I. nas atividades de registro, inscrição, colocação e outras desenvolvidas pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE); 
II. na Relação anual de Informações Sociais - (RAIS); 
III. nas relações dos empregados admitidos e desligados - CAGED, de que trata a Lei Nº 4923, de 23 de dezembro de 1965; 
IV. na autorização de trabalho para mão-de-obra estrangeira; 
V. no preenchimento do comunicado de dispensa para requerimento do benefício Seguro Desemprego (CD); 
VI. no preenchimento da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS no campo relativo ao contrato de trabalho; 
VII. nas atividades e programas do Ministério do Trabalho e Emprego, quando for o caso;
Art. 3º - O Departamento de Emprego e Salário -DES da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego deste Ministério baixará as normas necessárias à regulamentação da utilização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Parágrafo único. Caberá à Coordenação de Identificação e Registro Profissional, por intermédio da Divisão da Classificação Brasileira de Ocupações, atualizar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO procedendo às revisões técnicas necessárias com base na experiência de seu uso.
Art. 4º - Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) são de ordem administrativa e não se estendem às relações de emprego, não havendo obrigações decorrentes da mudança da nomenclatura do cargo exercido pelo empregado.
Art. 5º - Autorizar a publicação da Classificação Brasileira de Ocupação - CBO, determinando que o uso da nova nomenclatura nos documentos oficiais a que aludem os itens I, II, III e V, do artigo 2º, será obrigatória a partir de janeiro de 2003.
Art. 6º - Fica revogada a Portaria nº 1.334, de 21 de dezembro de 1994.
Art. 7º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
PAULO JOBIM FILHO
Ministro de Estado do Trabalho e Emprego

Fonte:
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/legislacao.jsf



Atualmente são:

Títulos de A - ZCBO2002CBO94
Provador de licores
7-78.60
Provador de vinhos
7-78.60
Provista de clicheria (em cores)
Provista (provas analógicas e digitais)
Provista tipógrafo
Psicanalista
Psicólogo acupunturista
Psicólogo clínico
0-74.35
Psicólogo criminal
0-74.50
Psicólogo da educação
0-74.25
Títulos de A - ZCBO2002CBO94
Psicólogo da saúde
0-74.35
Psicólogo desportivo
0-74.55
Psicólogo do esporte
0-74.55
Psicólogo do trabalho
0-74.15
Psicólogo do trânsito
0-74.45
Psicólogo educacional
0-74.25
Psicólogo escolar
0-74.25
Psicólogo forense
0-74.50
Psicólogo hospitalar
Psicólogo jurídico
0-74.50
Títulos de A - ZCBO2002CBO94
Psicólogo organizacional
0-74.15
Psicólogo social
0-74.60
PSICÓLOGOS E PSICANALISTAS
Psicopedagogo
Psicoterapeuta
0-74.35
Psiquiatra
0-61.62

Fonte: Classificação Brasileira de Ocupações - Ministério do Trabalho e Emprego
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloA-Z.jsf 



51. Psicologia
Norma Regulamentadora:
  • Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962 - Dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.
  • Decreto-Lei nº 706, de 25 de julho de 1969 - Estende aos portadores de certificado de curso de pós-graduação em psicologia e psicologia educacional, o direito assegurado pelo art. 19 da Lei nº 4.119/62.
  • Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971 - Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências.
  • Decreto nº 79.822, de 17 de junho de 1977 - Regulamenta a Lei nº 5.766/71.

Fonte: Ainda na página "Classificação Brasileira de Ocupações - Ministério do Trabalho e Emprego"
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/regulamentacao.jsf#p



Atribuições profissionais da psicologia:


Descrições de 2008 (pelo que indica no endereço da página). Ver se é atual.

"ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO NO BRASIL CBO - CATÁLAGO BRASILEIRO DE OCUPAÇÕES DO MT 



0-74: Psicólogos 

Os trabalhadores deste grupo de base estudam a estrutura psíquica e os mecanismos de comportamento dos seres humanos. Desempenham tarefas relacionadas a problemas de pessoal, como processos de recrutamento, seleção, orientação profissional e outros similares, à problemática educacional e a estudos clínicos individuais e coletivos. Suas funções consistem em: elaborar e aplicar métodos e técnicas de pesquisa das características psicológicas dos indivíduos; organizar e aplicar métodos e técnicas de recrutamento, seleção e orientação profissional, proceder à aferição desse processos, para controle de sua validade; realizar estudos e aplicações práticas no campo da educação (creches e escolas); realizar trabalhos em clínicas psicológicas , hospitalares , ambulatoriais , postos de saúde, núcleos e centros de atenção psicossocial; realizar trabalhos nos casos de famílias, crianças e adolescentes, sistemas penitenciários, associações esportivas, comunidades e núcleos rurais. 



0-74.10: Psicólogo, em geral 

Procede ao estudo e à análise dos processos intra e interpessoais e nos mecanismos do comportamento humano, elaborando e ampliando técnicas psicológicas, como teste para determinação de características afetivas, intelectuais, sensoriais ou motoras, técnicas psicoterápicas e outros métodos de verificação, para possibilitar a orientação, seleção e treinamento no campo profissional, no diagnóstico, na identificação e interferência nos fatores determinantes na ação do indivíduo, em sua história pessoal, familiar, educacional e social: procede à formulação de hipóteses e à sua comprovação experimental, observando a realidade e efetivando experiências de laboratórios e de outra natureza, para obter elementos relevantes ao estudo dos processos de desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros aspectos do comportamento humano e animal; analisa a influência dos fatores hereditários, ambientais e psicossociais e de outras espécies que atuam sobre o indivíduo, entrevistando o paciente, consultando a sua ficha de atendimento, aplicando testes, elaborando psicodiagnóstico e outros métodos de verificação, para orientarse no diagnóstico e tratamento psicológico de certos distúrbios comportamentais e de personalidades; promove a saúde na prevenção, no tratamento e realibilitação de distúrbios psíquicos, estudando características individuais e aplicando técnicas adequadas para restabelecer os padrões normais de comportamento e relacionamento humano; elabora e aplica técnicas de exame psicológico, utilizando seu conhecimento e prática metodológica específicos, para determinar os traços e as condições de desenvolvimento da personalidade dos processos intrapsíquicos e interpessoais, nível de inteligência, habilidades, aptidões, e possíveis desajustamentos ao meio social ou de trabalho, outros problemas de ordem psíquica e recomendar a terapia adequada; participa na elaboração de terapias ocupacionais observando as condições de trabalho e as funções e tarefas típicas de cada ocupação, para identificar as aptidões, conhecimento de traços de personalidade compatíveis com as exigências da ocupação e estabelecer um processo de seleção e orientação no campo profissional; efetua o recrutamento, seleção e treinamento, acompanhamento e avaliação de desempenho de pessoal e a orientação profissional, promovendo entrevistas, elaborando e aplicando testes, provas e outras verificações, a fim de fornecer dados a serem utilizados nos serviços de emprego, administração de pessoal e orientação individual; atua no campo educacional, estudando a importância da motivação do ensino, novos métodos de ensino e treinamento, a fim de contribuir para o estabelecimento de currículos escolares e técnicas de ensino adequados e determinação de características especiais necessárias ao professor; reúne informações a respeito do paciente, transcrevendo os dados psicopatológicos obtidos em testes e exames, para elaborar subsídios indispensáveis ao diagnóstico e tratamento das respectivas enfermidades; diagnostica a existência de possíveis problemas na área de distúrbios psíquicos, aplicando e interpretando provas e outros reativos psicológicos, para aconselhar o tratamento ou a forma de resolver as dificuldades momentâneas. Pode atuar na área de propaganda, visando detectar motivações e descobrir a melhor maneira de atendêlas. Pode participar da elaboração, adaptação e construção de instrumentos e técnicas psicológicas através da pesquisa, nas instituição acadêmicas, associações profissionais e outras entidades cientificamente reconhecidas. 



0-74.15: Psicólogo do Trabalho 

Exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho, como recrutamento, seleção orientação, aconselhamento e treinamento profissional, realizando a identificação e análise de funções, tarefas e operações típicas das ocupações, organizando e aplicando testes e provas, realizado entrevistas, sondagem de aptidões e de capacidade profissional e no acompanhamento e avaliação de desempenho de pessoal, para assegurar às empresas ou onde quer que se dêem as relações laborais a aquisição de pessoal dotado das habilidades necessárias, e ao indivíduo maior satisfação no trabalho: desempenha atividades relacionadas ao recrutamento, seleção, orientação e treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de avaliação de desempenho de pessoal, atuando em equipes multiprofissionais e aplicando os métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para possibilitar a identificação dos candidatos mais adequados ao desempenho da função e subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimentação de pessoal, incentivo, remuneração de carreira, capacitação e integração funcional e promover, em conseqüência, a auto-realização no trabalho; desenvolve e analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde observando níveis de prevenção e reabilitação, participando de programas e/ou atividades na área da saúde e segurança de trabalho, subsidiandoos quanto a aspectos psicossociais para proporcionar melhores condições ao trabalhador; atua como consultor interno/externo, participando do desenvolvimento das organizações sociais, para facilitar processos de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis hierárquicos de estruturas formais; planeja e desenvolve ações destinadas a otimizar as relações de trabalho, o sentido de maior produtividade e da realização pessoal dos indivíduos e grupos , intervindo nos conflitos e estimulando a criatividade, para buscar melhor qualidade de vida no trabalho; participa do processo de desligamento de funcionário, colaborando nos processos de demissões e no preparo para aposentadorias, a fim de ajudar a elaboração de novos projetos de vida. Pode elaborar, executar e avaliar, em equipe multiprofissional, programas de desenvolvimento de recursos humanos. Pode participar dos serviços técnicos da empresa, colaborando em projetos de construção e adaptação das ferramentas e máquinas de trabalho do homem (ergonomia). Pode realizar pesquisas e ações no campo das relações capital/ trabalho , bem como de assuntos relacionados à saúde do trabalhador e condições de trabalho. Pode participar da elaboração, implementação e acompanhamento das políticas de recursos humanos. Pode elaborar programas de melhoria de desempenho, aproveitando o potencial e considerando os agentes motivacionais. Pode atuar na relação capital/trabalho no sentido de minimizar conflitos.



 0-74.25: Psicólogo educacional 

Atua, no âmbito da educação, realizando pesquisas, diagnósticos e intervenção psicopedagógica em grupo ou individual, procede ao estudo dos educadores e ao comportamento do aluno em relação ao sistema educacional, às técnicas de ensino empregadas e aquelas a serem adotadas, baseandose no conhecimento dos programas de aprendizagem e das diferenças individuais para colaborar no planejamento de currículos escolares e na definição de técnicas de educação mais eficazes, a fim de uma melhor receptividade e aproveitamento do aluno e a sua auto-realização: elabora e aplica princípios e técnicas psicológicas, empregando conhecimentos dos vários ramos da psicologia, para apropriar o desenvolvimento intelectual, social e emocional do indivíduo; procede ou providencia a reeducação nos casos de dificuldades escolar e familiar, baseando-se nos conhecimentos sobre a psicologia da personalidade e no psicodiagnóstico, para promover o desenvolvimento do indivíduo; estuda sistemas de motivação da aprendizagem, métodos novos de planejamento pedagógico, treinamento, ensino e avaliação, baseandose no conhecimento dos processos de aprendizagem da natureza e causa das diferenças individuais para ajudálo; analisa as características do indivíduo portador de necessidades especiais, empregando métodos de observação e baseandose em conhecimentos de outras áreas da psicologia, para recomendar programas especiais de ensino compostos de currículos e técnicas adequadas aos diferentes níveis de inteligência; participa de programas de orientação profissional e vocacional, aplicando testes de sondagem de aptidões e por outros meios, a fim de contribuir para a melhor adaptação do indivíduo ao trabalho e sua conseqüente auto-realização; planeja e executa pesquisas relacionadas à compreensão do processo de ensino aprendizagem e conhecimento das características psicossociais da clientela, atualizando e reconstruindo projetos pedagógicos da escola, relevantes ao ensino, bem como suas condições de desenvolvimento e aprendizagem a fim de fundamentar a atuação crítica do psicólogo, dos professores e dos usuários e de criar programas educacionais completos, alternativos ou complementares; participa do trabalho das equipes de planejamento pedagógico, currículo e políticas educacionais, concentrando sua ação nos aspectos que dizem respeito aos processos de desenvolvimento humano, da aprendizagem e das relações interpessoais e colaborando na constante avaliação e no redirecionamento dos planos e práticas educacionais, para implementar uma metodologia de ensino que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento através de treinamento, quando necessário.Pode supervisionar, orientar e executar outros trabalhos na área da psicologia educacional. 


0-74.35: Psicólogo clínico 

Atua na área específica de saúde, procedendo ao exame de pessoas que apresentam problemas intra e interpessoais, de comportamento familiar ou social ou distúrbios psíquicos, e ao respectivo diagnóstico e terapêutica, empregando enfoque preventivo ou curativo e técnicas psicológicas adequadas e cada caso, afim de contribuir para a possibilidade de o indivíduo elaborar sua inserção na vida comunitária: atende à gestante, acompanhando a gravidez, parto e puerpério para integrar suas vivências emocionais e corporais; prepara pacientes para a entrada, permanência e alta hospitalar, inclusive pacientes terminais, participando das decisões com relação à conduta a ser adotada pela equipe, para oferecer maior apoio, equilíbrio e proteção aos pacientes e seus familiares; acompanha programas de pesquisa, treinamento e política sobre saúde mental, elaborando, coordenando e supervisionandoos, para garantir a qualidade de tratamento em nível de macro e microsistemas; atua junto a equipes multiprofissionais identificando e compreendendo os fatores emocionais, para intervir na saúde geral do indivíduo em unidades básicas, ambulatórios, hospitais, adaptando os indivíduos a fim de propriciar a elaboração das questões concernentes à sua inserção social; participa de programas de atenção primária em centros e postos de saúde na comunidade organizando grupos específicos, para prevenir doenças ou agravamento de fatores emocionais que comprometem o bemestar psicológico; desempenha tarefas similares às do psicólogo, em geral (0-74.10), porém é especializado no estudo, prognóstico e diagnóstico de problemas na área de psicomotricidade e psicopedagogia, problemas emocionais, num grande espectro, procedendo a terapêuticas, através de técnicas psicológicas a cada caso, como atendimento psicoterapêutico individual, de casal, familiar ou em grupo, ludoterapia, arteterapia, psicomotricidade e outras, avaliando através de entrevistas e testes de dinâmica de grupo, a fim de contribuir para prevenção, tratamento e elaboração pelo indivíduo à sua inserção na sociedade. 



0-74.45: Psicólogo de trânsito 

Procede ao estudo no campo dos processos psicológicos , psicossociais e psicofísicos relacionados aos problemas de trânsito, elaborando e aplicando técnicas psicológicas, como exames psicotécnicos, para a determinação de aptidões motoras, físicas, sensoriais e outros métodos de verificação, para possibilitar a habilitação de candidatos à carteira de motorista e colaborar na elaboração e implantação de sistema de sinalização, prevenção de acidentes e educação de transito: desenvolve pesquisas científicas no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos, relacionandoos às questões do trânsito, para elaborar e implantar programas de treinamento à capacitação; realiza exames em candidatos à habilitação de trânsito, aplicando entrevistas e testes psicotécnicos, para dirigir veículos automotores, participa de equipes multiprofissionais, elaborando e aplicando técnicas psicológicas em programas, para prevenir acidentes de trânsito; avalia a relação causaefeito na ocorrência de acidentes de trânsito, levando atitudes-padrão dos envolvidos nessas ocorrências, para sugerir formas de evitar e/ou atenuar as suas incidências; colabora com as autoridades competentes, quando designado, apresentando laudos, pareceres ou estudos sobre a natureza psicológica dos fatos, para favorecer a aplicação da lei e da justiça, elabora e aplica técnicas de mensuração das aptidões, habilidades e capacidade psicológicas dos motoristas e candidatos à habilitação, atuando em equipes multiprofissionais, para aplicar os métodos psicotécnicos de diagnóstico; desenvolve estudos, relativos à educação e ao comportamento individual e coletivo na situação de trânsito, especialmente nos complexos urbanos, levantando atitudes-padrão dos envolvidos e sua causa/efeito, para sugerir formas de evitar e atenuar as ocorrências. Pode estudar as aplicações psicológicas do alcoolismo e de outros distúrbios nas situações de trânsito. Pode atuar como perito em exames para motorista objetivando sua readaptação ou reabilitação profissional. Pode prestar assessoria e consultoria a órgãos públicos e normativos em matéria de trânsito. 


0-74.50: Psicólogo jurídico Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avaliação das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, revisão e interpretação das leis: avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para determinar a responsabilidade legal por atos criminosos; atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares; orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário sob o ponto de vista psicológico, usando métodos e técnicas adequados, para estabelecer tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais; realiza atendimento psicológico a indivíduos que buscam a Vara de Família, fazendo diagnósticos e usando terapêuticas próprias, para organizar e resolver questões levantadas; participa de audiência, prestando informações, para esclarecer aspectos técnicos em psicologia a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico; atua em pesquisas e programas sócio-educativos e de prevenção à violência, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica, para atender às necessidades de crianças e adolescentes em situação de risco, abandonados ou infratores; elabora petições sempre que solicitar alguma providência ou haja necessidade de comunicarse com o juiz durante a execução de perícias, para serem juntadas aos processos; realiza avaliação das características das personalidade, através de triagem psicológica, avaliação de periculosidade e outros exames psicológicos no sistema penitenciário, para os casos de pedidos de benefícios, tais como transferência para estabelecimento semiaberto, livramento condicional e/ou outros semelhantes. Pode assessorar a administração penal na formulação de políticas penais e no treinamento de pessoal para aplicálas. Pode realizar pesquisa visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do direito. Pode realizar orientação psicológica a casais antes da entrada nupcial da petição, assim como das audiências de conciliação. Pode realizar atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às instituições de direito, visando à preservação de sua saúde mental. Pode auxiliar juizados na avaliação e assistência psicológica de menores e seus familiares, bem como assessorá-los no encaminhamento a terapia psicológicas quando necessário. Pode prestar atendimento e orientação a detentos e seus familiares visando à preservação da saúde. Pode fazer acompanhamento de detento em liberdade condicional, na internação em hospital penitenciário, bem como atuar no apoio psicológico à sua família. Pode desenvolver estudos e pesquisas na área criminal, constituindo ou adaptando o instrumentos de investigação psicológica. 


0-74.55: Psicólogo de esporte Procede ao estudo e exame do comportamento e das características psicológicas dos esportistas, elaborando, desenvolvendo a aplicando técnicas apropriadas, como testes para determinação de perfis de personalidade, de capacidade motora, sensorial e outros métodos de verificação para possibilitar o diagnóstico e orientação individual ou grupal dentro da atividade que desempenha: realiza estudos e pesquisas individuais ou em equipe multidiciplinar, observando o contexto da atividade esportiva, a fim de oferecer o conhecimento técnico e prático do comportamento dos atletas, dos dirigentes e do público, realiza atendimentos individuais ou em grupo de atletas, empregando técnicas psicoterapicas adequadas a cada caso, a fim de preparar psicologicamente o desempenho da atividade; elabora e participa de programas e estudos educacionais, recreativos e de reabilitação física, orientando a efetivação de um trabalho de caráter profilático ou corretivo, para conseguir o bem-estar dos indivíduos; desenvolve ações para realização pessoal e melhoria de desempenho do atleta, utilizando-se de técnicas psicológicas adequadas, para otimizar as relações entre atletas, pessoal técnico e dirigentes; participa, em equipe multiprofissional, da preparação de planos de trabalho procedendo ao exame das características psicológicas dos esportistas, a fim de conseguir o aperfeiçoamento ou ajustamento aos objetivos da atividade.Pode acompanhar e observar o comportamento de atletas, visando ao estudo das variáveis psicológicas que interferem no desempenho de suas atividades especificas, como treinos e competições. Pode orientar pais ou responsáveis visando facilitar o acompanhamento e o desenvolvimento dos atletas. Pode colaborar para a compreensão e mudança, se necessário, do comportamento de educadores no processo de ensino e aprendizagem e nas relações intra e interpessoais que ocorrem nos meios esportivos.

 0-74.60: Psicólogo social Exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho social, orientando os indivíduos no que concerne a problemas de caráter social com o objetivo de leválos a achar e utilizar os recursos e meios necessários para superar suas dificuldades e conseguir atingir metas determinadas: atua junto a organizações comunitárias e em equipes multiprofissionais, diagnosticando, planejando e executando os programas no âmbito da saúde, lazer, educação, trabalho e segurança pra ajudar os indivíduos e suas famílias a resolver seus problemas e superar suas dificuldades; dedicase à luta contra a delinqüência, organizando e supervisionando atividades educativas, sociais e recreativas em centros comunitários, para recuperar e integrar os indivíduos à sociedade; colabora com a Justiça, quando solicitado, apresentando laudos, pareceres e depoimentos, para servir como instrumentos comprobatórios para melhor aplicação da lei e da justiça; assessora órgãos públicos ou de caráter social, técnico e de consciência política, para resolver situações planejadas ou não; dedicase à luta contra delinqüência e fenômenos sociais emergentes, organizando e supervisionando programas sociais e recreativos, em centros comunitários ou equivalentes, para buscar a melhoria das relações interpessoais e intergrupais, estendendo-a ao contexto sócio-histórico-cultural.Pode realizar levantamentos de demanda para planejamento, execução e avaliação de programas junto ao meio ambiente.Pode realizar trabalhos para uma instituição, investigando, examinando e tratando seus objetivos, funções e tarefas em lideranças formais e informais e nas comunicações e relações de poder.Pode trabalhar o campo das forças instituídas e instituintes, intervindo nos processos psicológicos que afetam a estrutura institucional. Pode promover estudos sobre características psicossociais de grupos étnicos, religioso, classes e segmentos sociais e culturais. Pode atuar junto aos meios de comunicação, assessorando quanto aos aspectos psicológicos nas técnicas de comunicação e propaganda.


 0-74.90: Outros psicólogos Incluemse aqui os psicólogos não-classificados nas anteriores epígrafes deste grupo de base, por exemplo, os que se encarregam da formulação de hipóteses e de sua comprovação experimental, os que se ocupam dos aspectos psicológicos dos programas e medidas de prevenção de acidentes nas empresas, os que se dedicam à pesquisa, análise e comprovação de fenômenos sobrenaturais provavelmente procedente de faculdades humanas."

Fonte: CFP
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo_cbo.pdf


A Título de Curiosidade:


Acho que isso devia ser alguma classificação mais antiga.


Código CBO



2515-05

Descrição CBO



Psicólogo educacional

Incide ISS?




S

Incide TFS?




S

Nível Risco TFS




MENOR

Nível Escolaridade




SUPERIOR

Item da lista de Serviço




4.16
2515-10Psicólogo clínicoSSMENORSUPERIOR4.16
2515-15Psicólogo do esporteSSMENORSUPERIOR4.16
2515-20Psicólogo hospitalarSSMENORSUPERIOR4.16
2515-25Psicólogo jurídicoSSMENORSUPERIOR4.16
2515-30Psicólogo socialSSMENORSUPERIOR4.16
2515-35Psicólogo do trânsitoSSMENORSUPERIOR4.16
2515-40Psicólogo do trabalhoSSMENORSUPERIOR4.16
2515-45NeuropsicólogoSSMENORSUPERIOR4.16
2515-50PsicanalistaSSMENORSUPERIOR4.15


Fonte: Página deBelo Horizonte
http://www.fazenda.pbh.gov.br/taxas/tabelaTFSautonomos.asp