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domingo, 28 de outubro de 2018

Fácil ser branco e compartilhar isso. Mas olhando pelo lado de saber de quem se tratam seus opositores:

"Eu acho tudo isso que está acontecendo positivo no macro, embora esteja sendo dificílimo no micro. Explico: todo esse ódio, toda essa ignorância, essa violência, isso tudo já existia ao nosso redor. Agora é como se tivessem tirado da gente a possibilidade de fingir que não viu. Caíram as máscaras. O Brasil é um país construído em bases violentas, mas que acreditou no mito do "brasileiro cordial". Um país que deu anistia a torturadores e fingiu que a ditadura nunca aconteceu. Que não fez reparação pela escravidão e fala que é miscigenado e não é racista. Nós fechamos muitas feridas históricas sem limpar e agora elas inflamaram. Estamos sendo obrigados a ver que o Brasil é violento, racista, machista e homofóbico. Somos obrigados a falar sobre a ditadura ou talvez passar por ela de novo. Estamos olhando para as bases em que foram construídas nossas famílias e dizendo “Essa violência acaba em mim. Eu não vou passar isso adiante.” Como todo processo de cura emocional, esse também envolve olhar pras nossas sombras e é doloroso, sim, mas é o trabalho que calhou à nossa geração.
O lado positivo é que, agora que estamos todos fora dos armários, a gente acaba descobrindo alguns aliados inesperados. Percebemos que se há muito ódio, há ainda mais amor. Saber que não estamos sós e que somos muitos nos deixa mais fortes. Precisamos nos fortalecer, amores. Essa luta ela não é dos próximos 15 dias, é dos próximos 15 anos. Mais: é a luta das nossas vidas. Não cedam ao desespero. Não entrem na vibe da raiva. Não vai ser com raiva que vamos vencer a violência. E se preparem, tem muito chão pela frente."

Peter Pál Pelbart -  filósofo, ensaísta, professor e tradutor húngaro residente no Brasil.

domingo, 10 de setembro de 2017

Parece mas não é diz Xudú

Lê :

"Vê-se um sujeito ladrão
que tem um porte bonito
outro com porte esquisito
que tem um bom coração;
Vê-se um padre no sermão
Pregando Deus sem ter fé
E um bêbado no cabaré
A Jesus fazendo prece
Que um é porém não parece
Outro parece e não é."

Manoel Xudú

Su: para além da dicotomia, fica polêmico!

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Sobre filmes de terror baseados em crueldades

Sobre filmes de terror baseados em crueldades e "fatos" "reais"

Refiro-me aquele tipo de filme que não tem cunho espiritual, mas sim baseado em crueldades e "fatos" "reais" (redundância real também, rs). Que dá até mais medo depois de você saber que existem pessoas realmente capazes de fazer aquilo. Mas em nenhum momento você deposita fé na humanidade por causa disso, vendo como a maioria das pessoas a sua volta aparentemente não tem atitudes como aquela. Acreditar no contrário seria bem paranóico. A gente saberia lidar com uma situação dessas na nossa vida real?

Por exemplo: uma mulher que múltipla os filhos. Uma mulher órfã que mutila os filhos.

- você saberia o que fazer nessa situação?
- que diferença faz caracterizar ou não essa pessoa como "órfã "?
Faz toda diferença.

Mas vou me deter em outro ponto. O do sensacionalismo paralisante. Justamente por isso que é sensacionalismo porque se fosse mobilizador, seria uma boa política de existência.

Porém o filme de TERROR tem que ser ruim, né? Embora eu veja muitas saídas apesar disso,  ousarei aqui dizer que a proposta desses filmes na maioria das vezes é apenas chocar e pra isso o final tem que ser meio ruim também, muitas vezes (não sempre).

FOCO:

Eu me preocupo demais com esse tipo de publicidade que um filme pode dar a uma  situação de crime das mais variadas onde só a bilheteria basta. Envolvendo tortura, envolvendo morte, envolvendo diagnósticos psiquiátricos sendo usados contra as pessoas, envolvendo ser órfão como demérito etc. Porque em nada nos ajuda a lidar com o terror real dessas histórias. A vida real está cheia de filmes de terror. E ali ela é Exibida para um prazer que não nos move em nada no sentido de combater essas coisas que acabam sendo MUITO divulgadas. Essa parte do MUITO DIVULGADAS que perturba.

Alta publicidade , baixa maturidade real de lidar com a situação. As vezes, até incitando (re)ações parecidas. A arte não é inócua. Ficamos reféns  nessa parte por não termos o controle social da mídia pra podermos mostrar outros pontos de vista. Outros filmes de terror.

Não há debate. Não há transmissão d conhecimento. O bom, o prazer vem exatamente do horror, do quanto pior melhor, do consenso do que se criminaliza numa cultura. Da falta de empatia. Do pior q a gente pode imaginar ou mostrar de uma história real q desumaniza todo mundo.

Por exemplo, qual a qualidade dessas internações psiquiátricas que costumam ser usadas e negativadas nessas "artes"? Sempre tornando esse elemento tão importante do tratamento como desautoizador,  como ruim. Sempre.

Aí a tal da mãe é icentivada a dar choque nas crianças, por exemplo. Será que nessa época das internações dela as pessoas também não passaravam por tratamentos com choques? É  bem possível. Ainda hoje é ainda indicado pra depressão , por exemplo, até catatônia. Coisa de psiquiatras que eu não tenho um posicionamento mais firme a respeito, mas tendo a resistir.

Se esses personagens, de fato, torturaram tais crianças , desumanizando-as ainda por cima, no cúmulo da falta de empatia, em que lugar o expectador fica numa história construída para aterrorizar e nada mais? Empatia não é um troço simples. É  até muito fácil faltar porque dói menos.

É  como a diferença entre entre a piada boa e inteligente e a piada ruim. É difícil a boa, mas é possível. Só falta gente pra isso.

Fica aí a questão.

S.

sábado, 3 de junho de 2017

Hipocrisia pessoal e política

Estou pensando aqui em quantas vezes fui hipócrita na minha vida. Porque não deve ser só os outros...

Com certeza o primeiro exemplo do q dizemos querer no mundo deve ser nós mesmos.

Querer um mundo melhor e não respeitar decisões coletivas me soa estranho. Embora eu ache q grupo nenhum deve submeter uma integrante, tampouco acho q SE VC ACREDITA nesse funcionamento você deve fazer diferente só quando te convém. Porque aí você não estará sendo honesta. Não precisa nem mudar d atitude. Se mudar d filosofia já está bom.

Mas é muito comprometedor mudar de filosofia, né?  Então fica nesse mundo aí. As vezes, acho q falta conhecimento. As vezes, acho q chega a se tornar um problema d caráter mesmo.

E q a régua q mede tudo é  só se está todo mundo feliz ou não. E então é fácil comover os outros com seus momentos de tristeza.  Como se também qualquer felicidade bastasse. Mas sabia q tem felicidades construídas em cima de grandes mentiras? Felicidade não me basta. Acho q a gente tem que agir em prol d algo maior, de mais gente, em prol d algo transformador desse funcionamento pessoal e social tão injusto. Em prol d algo maior , mas desse mundo.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Amor em Lacan, por Jacques

Conferir a fonte, mas acredito que seja real e é bem bonito.

"Pergunta: “O amor é sempre recíproco”, dizia Lacan. Isso ainda é verdade no contexto atual? O que significa?
Jacques-Alain Miller:
Repete-se esta frase sem compreendê-la ou compreendendo-a mal. Ela não quer dizer que é suficiente amar alguém para que ele vos ame. Isso seria absurdo. Quer dizer: “Se eu te amo é que tu és amável. Sou eu que amo, mas tu, tu também estás envolvido, porque há em ti alguma coisa que me faz te amar. É recíproco porque existe um vai-e-vem: o amor que tenho por ti é efeito do retorno da causa do amor que tu és para mim. Portanto, tu não estás aí à toa. Meu amor por ti não é só assunto meu, mas teu também. Meu amor diz alguma coisa de ti que talvez tu mesmo não conheças”. Isso não assegura, de forma alguma, que ao amor de um responderá o amor do outro: isso, quando isso se produz, é sempre da ordem do milagre, não é calculável por antecipação." "
 ♡

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Murar o Medo

Melhores momentos:

"Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada, não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambiente que reconhecemos."

"Nessa altura algo me sugeria o seguinte: que há, neste mundo, mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas."

"Em nome da segurança mundial, foram colocados e conservados no poder alguns dos ditadores mais sanguinários de toda a história. A mais grave dessa longa herança de intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos." [Achei polêmico e não sei contestar!]

"A Guerra Fria esfriou, mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo: (...) O que era ideologia passou a ser crença. O que era política, tornou-se religião. O que era religião, passou a ser estratégia de poder.  

"Para fabricar armas, é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos, é imperioso sustentar fantasmas."

"A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas, precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. (...) e a suspensão temporária da nossa cidadania."

"Todos sabemos que esse outro caminho [verdadeiro] poderia começar, por exemplo, pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e de outro lado, aprendemos a chamar de “eles”. Aos adversários políticos e militares juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade, imprevisível."

"Vivemos como cidadãos, e como espécie, em permanente situação de emergência. (...) Todas essas restrições servem para que não sejam feitas perguntas, como por exemplo, estas: por que motivo a crise financeira não atingiu a indústria do armamento? Por que motivo se gastou, apenas no ano passado, um trilhão e meio de dólares em armamento militar? Por que razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadafi? Por que motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça? Se queremos resolver e não apenas discutir a segurança mundial, teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes."

"Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que seja preciso o pretexto da guerra.

Essa arma chama-se fome.

Em pleno século XXI, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fração muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo."

"em todo o mundo, uma em cada três mulheres foi -- ou será -- vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida."

"A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta, fomos convertidos em soldados de um exército sem nome e, como militares sem farda, deixamos de questionar. (...) porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência, nem de ética nem de legalidade."

"É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha. (...) A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente morreram mais chineses construindo a muralha do que vítimas das invasões que realmente aconteceram. Diz-se que alguns trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção. (...) Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos, mas não há hoje, no mundo um muro, que separe os que têm medo dos que não têm medo."

"Citarei Eduardo Galiano acerca disto, que é o medo global, e dizer:

"Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; quando não têm medo da fome têm medo da comida; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras.

E, se calhar, acrescento agora eu: há quem tenha medo que o medo acabe."



Texto na íntegra: _______________________________________________

Murar o Medo

O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem. Os anjos atuavam como uma espécie de agentes de segurança privada das almas.
Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada, não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambiente que reconhecemos.
Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura e do meu território. O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte, vislumbravam-se mais muros do que estradas.
Nessa altura algo me sugeria o seguinte: que há, neste mundo, mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting internacional. Os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo.
Os chineses abriram restaurantes à nossa porta, os ditos terroristas são hoje governantes respeitáveis e Carl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência. O preço dessa construção de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo, cometeram-se as mais indizíveis barbaridades.
Em nome da segurança mundial, foram colocados e conservados no poder alguns dos ditadores mais sanguinários de toda a história. A mais grave dessa longa herança de intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.
A Guerra Fria esfriou, mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo: a Oriente e a Ocidente e, por que se trata de entidades demoníacas, não bastam os seculares meios de governação. Precisamos de intervenção com legitimidade divina.
O que era ideologia passou a ser crença. O que era política, tornou-se religião. O que era religião, passou a ser estratégia de poder.
Para fabricar armas, é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos, é imperioso sustentar fantasmas.
A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas, precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentarmos as ameaças globais, precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania.
Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho poderia começar, por exemplo, pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e de outro lado, aprendemos a chamar de “eles”. Aos adversários políticos e militares juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade, imprevisível.
Vivemos como cidadãos, e como espécie, em permanente situação de emergência. Como em qualquer outro estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa. Todas essas restrições servem para que não sejam feitas perguntas, como por exemplo, estas: por que motivo a crise financeira não atingiu a indústria do armamento? Por que motivo se gastou, apenas no ano passado, um trilhão e meio de dólares em armamento militar? Por que razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadafi? Por que motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça? Se queremos resolver e não apenas discutir a segurança mundial, teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes.
Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que seja preciso o pretexto da guerra.
Essa arma chama-se fome.
Em pleno século XXI, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fração muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo.
Mencionarei ainda uma outra silenciada violência: em todo o mundo, uma em cada três mulheres foi -- ou será -- vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida. É verdade que, sobre uma grande parte do nosso planeta, pesa uma condenação antecipada pelo fato simples de serem mulheres.
A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta, fomos convertidos em soldados de um exército sem nome e, como militares sem farda, deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e discutir razões. As questões de ética são esquecidas, porque está provada a barbaridade dos outros e, porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência, nem de ética nem de legalidade.
É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha. A Grande Muralha foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente morreram mais chineses construindo a muralha do que vítimas das invasões que realmente aconteceram. Diz-se que alguns trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção.
Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora do quanto o medo nos pode aprisionar.
Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos, mas não há hoje, no mundo um muro, que separe os que têm medo dos que não têm medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente. Citarei Eduardo Galiano acerca disto, que é o medo global, e dizer:
"Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; quando não têm medo da fome têm medo da comida; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras.
E, se calhar, acrescento agora eu: há quem tenha medo que o medo acabe.
Muito obrigado."


terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Desembargadores ganhando 300 mil - crise pra quem?

Imagine só:
Com um desembargador desses a gente já empregada e pagava, pelo menos, 150 pessoas!
Se vc n fizer o debate político será um IDIOTA e, literalmente, vai pagar por isso!


"Em plena crise, desembargadores ganhando mais de 300 mil por mês, “dentro da lei” "



http://falandoverdades.com.br/2017/01/13/em-plena-crise-desembargadores-ganhando-mais-de-300-mil-por-mes-dentro-da-lei/

Rebelião em presídio do Rio Grande do norte

Rebelião em presídio do Rio Grande do norte: a Rede Globo só fala da briga entre facções. Animais,  não?

Ah. Vale lembrar que não existe teletransporte pra armas daquele tamanho.  E que tb não dá pras visitas botarem debaixo da saia pra entregar SEM OS PRÓPRIOS POLICIAIS do local saberem.

É  óbvio mas precisa ser dito. A falha é  sempre coletiva. Ninguém erra sozinho.

O cenário é de? GUERRA.

Quantos governos lançam mão dessa mesma técnica nas competições econômicas? Religiosas? Políticas?

Se bandido bom é bandido morto, vamos visualizar que tantos advogados e forças armadas não dão conta de cumprir a própria lei, então não podem zelar por ela. Vamos lembrar d Cunha e Cabral e de como jamais a lei mataria quem tem poder econômico mesmo esses, que estão descobertos. Rs

Nos nossos municípios não é diferente.
Cada vez que denunciam no jornal o absurdo da saúde e esse sistema de (des)organização de filas (o famosíssimo SISREG) que assina em baixo de tantas mortes, analiso como é comum esfregar a dor da população na sua própria cara sem que se ajude em nada essas pessoas a reagirem.

Me faz perceber que tipo de jornalismo é esse (que eu não aguento mais e, por isso,  raramente vejo) que chega em tanta gente e não muda nada.

Me faz pensar porque não basta pras pessoas, verem uma notícia como essa pra se revoltarem. Me faz analisar como você tem q ser muito privilegiado pra ter tempo de pensar e se formar, antes de ser vencido pelo bordão de que "não adianta fazer nada", mais uma vez, porque a lei é só para os protegidos políticos. Em todo lugar.

. Precisamos descansar e falar sobre o que nos incomoda.

. Nos unir enquanto povo pra dizer o que o governo deve fazer, e não o contrário.

. Encher o mundo de milhões de grupos que discutam e se proponham a fazer alguma coisa, um dia no mês , no próprio bairro. Seja pra se ajudarem, seja pra conhecerem a realidade da sua cidade e, assim, poderem cobrar melhorias.

. Que esses vários grupos valorizem as iniciativas de pessoas conhecidas que se disponham a dar uma aula de futebol ou de matemática seja de forma material ou financeira;

. Que sejamos mais éticos nos nossos trabalhos ao invés de brigar entre nós por causa de ordens ruins e ver no nosso semelhante um inimigo;

. Que a gente substitua a lógica de guerra e da competição que nos separa, em favor de uma lógica de cooperação. Eu não preciso pagar na mesma moeda se meu objetivo é fazer um bom trabalho;

. Vamos brincar e cantar, mas também debater a boa política. Essa que está no nosso cotidiano e que nos priva d direitos se a gente só deixa quem tem dinheiro resolver e nem sabe o que a gente vê e passa decidir.

...

Tem muito o que ser feito. E com alegria apesar do cansaço.

Horas de vôo e Teori - por Marco Antônio P.

Publicação dos amigos sobre a morte de Teori, relator da Lava-jato.

Marco Antônio P. Da Costa:
"Meu pai tem entre 30 e 35 mil horas de vôo na Amazônia. Garimpos, balatal, Marajó de cabo a rabo. É daqueles contemporâneos do "Deixa Comigo", do "Pantera Cor de Rosa" e toda uma moçada acostumada à pistas de 200 metros em aclives dentro de vales e outras adversidades. Quem é da Amazônia conhece nosso clima e nossas chuvas. Os CB's da Amazônia não são de brincadeira. Só meu pai caiu 5 vezes e tá inteirinho aqui do meu lado, e isso tudo quase sempre em modelos de avião da Cesnna monotores. Esse avião que caiu é dá Beechcraft, bi motor, novo e todo revisado. Se pára um motor, tem outro. Os ventos do momento eram de 11 nós, e chovia pouco, muito pouco para um avião que é considerado muito seguro e apelidado de King Air. Há uma brincadeira na aviação que diz que de tão bem feitos e de tanta qualidade "um avião da Beach dá dois Cesnna e três Piper". Não poderia ter apenas o piloto, o padrão era ter um co-piloto. Cair há 2 KM da pista?  Já é a "final curta", já tá "visual" e não "instrumento". Tudo, mas exatamente tudo, indica uma sabotagem. Mal súbito do piloto? Erro humano? Pane seca? Não dá pra afirmar. Não há nada de conspirativo imaginar essas coisas. Passada as possibilidades técnicas, basta dizer que muitos canalhas dormiram felizes e aliviados, simulando suas ditas "solidariedades". O Brasil não é pra amadores."



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Abrigar um abandono

Preciosidades que eu achei no meu rascunho de 2013!


" Um monge descabelado me disse no caminho: 'Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução. Minha idéia era fazer alguma coisa ao modo de tapera. Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. Porque o abandono pode não ser apenas de um homem debaixo da ponte, mas pode ser de um gato num beco ou de uma criança presa em um cubículo. (...)" (BARROS, Poesia Falada, v.8)



- 1
De onde vem a força dessa passagem de Barros? O que nos comove e também nos amedronta nessas letras? De certo que tememos ser esse que foi abandonado. Mas no contexto em que se visa trabalhar essa passagem, diante dos valores transmitidos pelo Estado e pela mídia, há medos que vão além. Barros não faz como muitos que, ao encontrar o horror, dele se aparta ou estereotipa. Ele se aproxima e olha de novo.

Esse autor tem como característica ver potência nas ruínas porque elas não são um sinal só de algo que acabou. Elas são uma simplicidade muitas vezes interessante e até necessária, fruto de uma história repleta de humanidades possíveis. Abrigar o abandono pode ser uma proposta de trabalho? No contexto em que estamos, se está claro que o abrigo não substitui, mas, antes de tudo, funciona até como alternativa a famílias que existiram, mas não puderam cuidar de seus filhos, como transformar a tarefa de abrigar o abandono em algo potente? Podemos pensar sua função também a partir desta passagem:

“Todo filho é biológico e adotado. A condição para todos existirem é nascer, e após isso, é ser adotado, pois só se tem um filho se você o considera.”

O abrigo, então, não abrigaria O Abandono, mas um tipo possível deste. Estar inserido em uma família não é garantia de acolhimento como os valores morais de nossa sociedade tendem a preconizar de modo conservador.

Como ver nele um mediador necessário e até interessante? Como trabalhar o olhar que é lançado pela sociedade e não ver nessas crianças e jovens só alguém arruinado, mas alguém potente?

- 2

Retomaria no trecho em q coloco o cenário da criança abandonada e abusada como desinteressante:

Pq tanto do q nos comove não nos move? Porque nos movemos pela beleza e doamos dinheiro pro Criança Esperança sem querer saber pra onde vai esse dinheiro e que medidas são essas q estão sendo tomadas (numa espécie de alienação ou de ajuda sem compromisso)? Que funcionamento é esse que prefere evitar a dor e acaba por fazer com que nos furtemos a debates tão importantes como o abuso sexual de crianças? Por que é tão mais fácil não falar disso? Por que não está claro que o silencio é permissivo e leva a repetição? Se temos horror a que isso aconteça, por que isso leva ao nosso afastamento e não ao combate? É fato que temos que nos aproximar do horror para combatê-lo e isso não precisa ser de forma que esteja além das nossas capacidades. Leve sua arte, leve sua habilidade na cozinha, leve seu malabarismo circense, ofereça tempo e trabalho que todas essas formas serão maneiras de tocar no problema a partir do momento que se é capaz de produzir felicidade também.]


- 3

LINK: http://www.fazendohistoria.org.br/downloads/3_imaginar_para_encontrar_a_realidade.pdf

Outro limiar que é ocupado por ele é o de uma medida pública que parece atuar em âmbito privado como apontado na cartilha “3 Imaginar para Encontrar a Realidade”. Apesar de ser uma cartilha as vezes taxativa, apresenta reflexões interessantes como essa: A contradição entre o espaço público e o privado é sempre tema de debates. As conquistas internas em relação ao progresso das crianças, adolescentes e dos jovens implicam negociações nem sempre inteligíveis para os que estão do lado de fora.








quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Aos que vierem depois de nós - Bertolt Brecht

Aos que vierem depois de nós
Bertolt Brecht(Tradução de Manuel Bandeira)

Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.

Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranqüilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?

É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"

Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.

Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.


Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos
e indignei-me com eles.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia. Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.

Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.

Íamos, com efeito,
mudando mais freqüentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.

E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós
com indulgência.

Bertolt Brecht nasceu em Augsburg, Alemanha, em 1898. Em 1917 inicia o curso de medicina em Munique, mas logo é convocado pelo exército, indo trabalhar como enfermeiro em um hospital militar. Aquele que iria se tornar uma das mais importantes figuras do teatro do século XX, começa a escrever seus primeiros poemas e cedo se rebela contra os "falsos padrões" da arte e da vida burguesa, corroídas pela Primeira Guerra. Tal atitude se reflete já na sua primeira peça, o drama expressionista "Baal", de 1918. Colabora com os diretores Max Reinhardt e Erwin Piscator. Recebe, no fim dos anos 20, instruções marxistas do filósofo Karl Korsch. Em 1928, faz com Kurt Weill a "Ópera dos Três Vinténs". Com a ascensão de Hitler, deixa o país em 1933, e exila-se em países como a Dinamarca e Estados Unidos da América, onde sobrevive à custa de trabalhos para Hollywood. Faz da crítica ao nazismo e à guerra tema de obras como "Mãe coragem e seus filhos" (1939). Vítima da patrulha macartista, parte em 1947 para a Suíça — onde redige o "Pequeno Organon", suma de sua teoria teatral. Volta à Alemanha em 1948, onde funda, no ano seguinte, a companhia Berliner Ensemble. Morre em Berlim, em 1956.

O poema acima foi extraído do caderno "Mais!", jornal Folha de São Paulo - São Paulo (SP), edição de 07/07/2002, tendo sido traduzido pelo grande poeta brasileiro Manuel Bandeira.

Fonte: 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Desculpas feministas

Desculpas feministas

Eu poderia ter aprendido antes. Mas como as pessoas acham que "não são obrigadas a nada", simplesmente você precisa aprender "sozinha" muitas coisas. De fato, ninguém é obrigada a nada. Mas ninguém também é obrigada a tratar mal alguém que deseja aprender. Há uma grande diferença entre: quem não sabe; quem não quer saber; quem sabe e ainda sim se posiciona mal (sendo a favor de certas violências); e quem PRECISA saber (como é o caso de toda mulher em relação ao feminismo).

Vale considerar que há situações em que a pessoa não está em condições de ensinar por estar fragilizada. Essas eu entendo mt bem.

Quando vejo alguém com uma opinião grave e que eu considero absurda eu sempre sondo no papo se a pessoa já se posicionou ou se a fala dela é só um reflexo do quanto ela está por fora. Vejo se ela consegue argumentar. Ainda acho que tem muita gente boa no mundo. Eu conheço algumas. Vale a pena o esforço. Não porque vamos sempre encontrar pessoas querendo saber, mas porque vale muito a pena não correr o risco de tratar mal quem desejar, quem precisar. RS

 Não me tornei feminista do dia pra noite e nem acho que esse exercício é solitário. Muito pelo contrário. Você pode aprender num papo, num texto, num dia, e, principalmente, com exemplos. Não gosto de gente radical. Vejo muitos erros em vários movimentos INCLUSIVE NO FEMINISMO. Não existe movimento sem isso. Nem por isso qualquer erro é aceitável.  Se hoje me digo feminista é porque percebi que na época em que nos encontramos é  impossível não se posicionar quanto a isso. Percebo, todos os dias, que eu nasci pra ser tão livre quanto possível. O feminismo deu lugar a coisas que eu já era.

E que me desculpar nesse processo é sempre libertador também, assim como pedir desculpas.

S.

Votar ou não votar?

Votar ou não votar?

Não é  essa a minha questão.

Minha pergunta é sempre: que ação estão fazendo além de não votar?
Criticar é  fácil. É algo que sempre dá pra fazer em qualquer lugar, sobre qualquer coisa. Acho mais produtivo dar exemplos de resistência do que destilar críticas à uma hegemonia que não tá nem aí.

Minha pergunta pra quem vota é  parecida:
Que ações estão fazendo além de votar?

Afinal, não podemos persistir no erro de muitos votantes de achar que votar os desencumbem de construir saídas maiores porque existe um governo maior que vai tomar providências que cabem apenas ao governo. Tampouco (acredito eu) criticar o voto seja tão eficiente sem apresentar ações cotidianas de resistência. Não é  suficiente (esse é meu ponto). Se o voto não é  nada não podemos criticar apenas o nada. É  construir saídas até no nosso discurso.  Chamar pra resistência. Ser propositiva.

Espero que todo mundo que não vota esteja envolvida em ações de resistência. Pra nossa crítica não ser só compulsória. não votar?

Não é  essa a minha questão.

Minha pergunta é sempre: que ação estão fazendo além de não votar?
Criticar é  fácil. É algo que sempre dá pra fazer em qualquer lugar, sobre qualquer coisa. Acho mais produtivo dar exemplos de resistência do que destilar críticas à uma hegemonia que não tá nem aí.

Minha pergunta pra quem vota é  parecida:
Que ações estão fazendo além de votar?

Afinal, não podemos persistir no erro de muitos votantes de achar que votar os desencumbem de construir saídas maiores porque existe um governo maior que vai tomar providências que cabem apenas ao governo. Tampouco (acredito eu) criticar o voto seja tão eficiente sem apresentar ações cotidianas de resistência. Não é  suficiente (esse é meu ponto). Se o voto não é  nada não podemos criticar apenas o nada. É  construir saídas até no nosso discurso.  Chamar pra resistência. Ser propositiva.

Espero que todo mundo que não vota esteja envolvida em ações de resistência. Pra nossa crítica não ser só compulsória.

S.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

DEPOIS QUE LER ISTO, VOCÊ NUNCA MAIS VAI JOGAR FORA ESTA PARTE DA BANANA!

Disseram que a mãe usava mos mamilos para conseguir amamentar, adicionando a informação da matéria.  Uma amiga confirmou que sua avó usava pra tirar verrugas. Então já está valendo a pena dar mais uma estudadinha pra conferir o resto! :)

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DEPOIS QUE LER ISTO, VOCÊ NUNCA MAIS VAI JOGAR FORA ESTA PARTE DA BANANA!



É difícil encontrar alguém que não goste de banana.
Não por acaso, ela é a fruta mais consumida no mundo.
A banana não é apenas saborosa, mas também muito rica em nutrientes como vitamina B6, potássio, fósforo e pectina.

Comer bananas regularmente ajuda a combater os radicais livres, a reduzir o inchaço o inchaço, a prevenir câimbras e a estimular o sistema nervoso.

Esta saborosa fruta também pode ajudar a prevenir muitas doenças, como a osteoporose, câncer renal e diabetes.

Mas a força da banana não se resume apenas à parte macia da fruta.

A casca também é muito poderosa.

É o que você vai ver agora.

Selecionamos algumas utilidades da casca da banana desconhecidas por muitas pessoas:
1. Tratar psoríase
Basta esfregar a parte interna da casca de banana na região afetada (limpa e sem resíduos de cremes ou outros produtos).
No início, a pele deve ficar mais vermelha do que antes.
Mas não se preocupe, é normal.
Você verá uma grande melhora em poucos dias.

2. Tratar irritações de pele e picadas de insetos

A casca da banana é rica em nutrientes e pode ajudar a aliviar a dor e a diminuir a coceira.

Esfregar o interior da casca de banana diretamente sobre a área irritada.

A casca também mantém a pele hidratada.

3. Eliminar verrugas

Há duas maneiras de usar a casca de banana para remover verrugas.


Você pode esfregar a parte interna da casca de banana diretamente na verruga.

Ou fixá-la como um curativo sobre a verruga e deixar durante a noite para agir.

4. Combater rugas

Casca de banana é excelente para hidratar e nutrir a pele.

Ela fará a pele do rosto mais suave, além de melhorar a elasticidade e reduzir as linhas finas.

Basta esfregar a parte interna da casca de banana diretamente em seu rosto diariamente, à noite, e verá resultados surpreendentes.
5.Tratar acne

Os antioxidantes da casca de banana destroem bactérias e ajudam contra a acne.
Basta esfregar o interior da casca diretamente na face por 1 minuto.

Repita três vezes por dia e. no decorrer do tratamento, verá a pele melhorar.

6. Clarear dentes

Há muita polêmica sobre este uso.

Mas a verdade é que esta é a forma mais natural, simples e econômica de clarear os dentes.

Basta esfregar a parte interna da casca de banana em seus dentes por dois minutos, depois escovar os dentes como de costume.

Repita isso duas vezes por dia e em breve começará a ver os resultados.

Se você pesquisar na internet, vai ver texto dizendo que funciona, texto dizendo que é farsa, mas nós testamos e podemos afirmar: funciona.

Então, nossa sugestão é: não entre em polêmica.

Faça o teste da casca de banana nos dentes e tire você mesmo(a) sua conclusão.

7. Polir móveis

Economize e deixe seus móveis brilhando usando apenas casca de banana.

Basta esfregar a casca de banana (a parte interna, sempre) diretamente sobre o objeto que você deseja polir e depois lustrar com um pano.

8. Dar brilho aos sapatos

Quer deixar seus sapatos com aparência de novo?

Basta esfregar a parte interna da casca de banana neles e depois passar um pano limpo para finalizar.

9. Tirar arranhões de CD

Acredite!

Você você pode "ressuscitar" aquele seu velho CD cheio de arranhões com uma simples casca de banana.

Aqui você usa, além da casca, a polpa da fruta: esfregue a banana em movimentos circulares no CD.

Depois esfregue a casca e limpe com uma flanela.

Finalize borrifando o limpa-vidros e tirando todo o resto da fruta com um paninho limpo.
Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

Fonte: Cura pela Natureza
http://www.curapelanatureza.com.br/post/10/2016/depois-que-ler-isto-voce-nunca-mais-vai-jogar-fora-esta-parte-da-banana

sábado, 8 de outubro de 2016

Auditores fiscais publicam cartilha da Previdência que contrapõe discurso de déficit

ORÇAMENTO

Auditores fiscais publicam cartilha da Previdência que contrapõe discurso de déficit

O material foi apresentado na Câmara Federal nesta terça (23) durante sessão da Comissão de Seguridade Social e Família

Brasília (DF), 
Auditores Fiscais da Receita Federal lançam cartilha na Câmara Federal / Ludmila Machado/Anfip
Alvo de uma disputa antiga que envolve atores políticos, econômicos e midiáticos, a Previdência Social está no centro das atenções da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), que lançou nesta terça-feira (23) uma cartilha para esclarecer detalhes sobre o tema.
O material foi apresentado na Câmara Federal durante sessão da Comissão de Seguridade Social e Família e envolveu parlamentares e membros da sociedade civil organizada.
O assunto tem se sobressaído no cenário político nos últimos meses porque o governo interino de Michel Temer vem defendendo mudanças no regime. Entre outras coisas, o Planalto objetiva aumentar a idade mínima para aposentadoria, sob a argumentação de que a Previdência amargaria atualmente um rombo de R$ 146 bilhões.
Com base nesse horizonte, a equipe econômica de Temer trabalha para formular uma proposta de reforma a ser enviada ao Congresso. O governo defende que a medida seria essencial para equilibrar o orçamento e conter o endividamento.
O posicionamento governista vem sendo bombardeado por parlamentares e especialistas que se debruçam sobre o assunto. Durante o lançamento da cartilha nesta terça-feira (23), deputados criticaram o governo Temer e destacaram a desinformação que circunda o tema.
"Se perguntarem a qualquer pessoa por aí se a Previdência está quebrada, ela vai dizer que sim, de tanto que se repete isso, mas a verdade é que a discussão vem sendo feita sem sustento teórico e técnico, portanto, de forma irresponsável. Nós precisamos pautar esse debate pela análise crítica, e não pelas paixões políticas", defendeu a deputada Angela Albino (PCdoB-SC).
Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), o discurso governista estaria dando sustentação a interesses escusos. "O IBGE divulgou uma pesquisa mostrando que a expectativa de vida média do povo brasileiro é de 70 anos, ou seja, aumentando a idade mínima possível para a aposentadoria, as pessoas vão morrer trabalhando, sem poderem se aposentar nunca. (…) Eles dizem que a Previdência é deficitária porque querem repassar a conta da crise para os trabalhadores. Esse é um discurso voltado aos interesses do mercado, das elites econômicas, das grandes corporações, que querem maximizar seus lucros sem arcar com os custos sociais que representam os direitos dos trabalhadores", afirmou Wyllys.
O psolista defendeu que o país coloque o combate à sonegação entre as prioridades. "Mesmo que a Previdência estivesse deficitária, o caminho certo a ser trilhado não seria esse de elevar o tempo de trabalho, de retirar direitos. O correto seria mirar sobretudo a sonegação, porque os sonegadores são muitos. Eles não pagam suas dívidas com o Estado, nem o Estado cria mecanismos pra isso. Os problemas dos cofres públicos vêm muito mais do fato de os ricos sonegarem do que propriamente da Previdencia estar deficitária, como eles insistem em dizer", completou.
Na mesma linha, a deputada Zenaide Maia (PR-RN) defendeu medidas mais direcionadas à tributação das elites. "Quando se fala em crise, eles pensam logo em retirar direitos dos trabalhadores, mas ninguém fala em mexer em juros de dívida interna, por exemplo. O país tem usado 50% de tudo o que se arrecada só para pagar dívida. Acho que já está mais do que na hora de taxar grandes fortunas. A crise não pode ser usada pra concentrar ainda mais riquezas e tirar do povo o que é direito seu. Por que quem produz e trabalha é que tem que pagar por isso? Está errado", considerou.

Dados

Durante o lançamento da cartilha nesta terça-feira (23), a Anfip classificou os dados apresentados pelo governo sobre a Previdência como uma "falácia". Enquanto o governo Temer sustenta a existência de um rombo de R$ 146 bilhões, os especialistas afirmam que, em 2014, por exemplo, teria havido superávit de R$ 53 bilhões.
Segundo a Anfip, os governos, ao longo do tempo, têm demonstrado cálculo de déficit porque consideram apenas parte dascontribuições sociais, incluindo somente a arrecadação previdenciária direta urbana e rural, excluindo outras fortes importantes, como o Cofins, o Pis-Pasep, entre outras, além de ignorar as renúncias fiscais.
"Elem falam em déficit, mas a Constituição Federal não isola a Previdência. Ela está dentro da seguridade social e da saúde, uma mesma fonte de recursos. Então, não se pode pegar só a guia previdenciária e dizer que existe um rombo. Além disso, eles gostam de dizer que a Previdência é o maior dispêndio, mas, na verdade, ela só representa 22% do orçamento anual, incluindo servidores públicos e trabalhadores da esfera privada. Então, esses dados que trazemos no material que está sendo lançado são importantes porque ajudam a combater a desinformação", salienta a presidente da Fundação Anfip, Maria Inez Rezende dos Santos Maranhão, ressaltando que o país tem 52 milhões de contribuintes.
Ela também destaca a importância do modelo solidário que caracteriza a Previdência Social no Brasil. "Ao longo da vida do cidadão, esse componente é muito importante porque, por exemplo, em algum momento, a trabalhadora vai parar pra licença-maternidade. O trabalhador pode parar porque quebrou a perna. Então, o mais importante da Previdência pública é que ela é solidária. Os ativos pagam e os idosos, por exemplo, que já deram a contribuição deles, precisam ser sustentados. Está surgindo no Brasil um discurso de que só deve receber da Previdência quem consegue pagar. Ora, mas tem gente que já nasce doente e nunca vai conseguir contribuir. Nós vamos matá-los? Essa é uma ótica individualista, e não solidária", criticou a dirigente.
Para o presidente da Anfip, Vilson Romero, uma possível reforma previdenciária injusta traria no horizonte sérios riscos para o país.
"O que mais preocupa é que o governo atual tem falado em idade mínima de aposentadoria tendo como paradigma os países desenvolvidos. O Brasil, infelizmente, tem outro contexto. [O país] está eternamente em vias de desenvolvimento e não consegue sequer acompanhar os seus parceiros do BRICS, Rússia, China, África do Sul. Então, não se pode usar como parâmetro os países escandinavos e a União Europeia, pois lá o retorno da carga tributária é muito mais elevado e dá suporte à população. Precisamos pensar conforme a nossa realidade", argumentou Romero.

Download

O material produzido pela Anfip sobre a Previdência Social está disponível online para consulta pública.

Fonte: Brasil de Fato
https://www.brasildefato.com.br/2016/08/23/auditores-fiscais-publicam-cartilha-da-previdencia-que-contrapoe-discurso-de-deficit/?referer=bdf_button_whatsapp


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?

O DSM é  dos EUA. E lá tem mais identificação d transtorno do q na França q criou OUTRO referencial psiquiátrico pra pensar os transtornos mentais e fazer frente ao DSM. N tomam medidas medicamentosas pq n consideram um problema biológico e sim social.

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Por que as crianças francesas não têm Deficit de Atenção?


Marilyn Wedge, Ph.D
EQ 2-ilu

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre – que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.

Texto original em Psychology Today


Fonte:
https://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/