Desculpas feministas
Eu poderia ter aprendido antes. Mas como as pessoas acham que "não são obrigadas a nada", simplesmente você precisa aprender "sozinha" muitas coisas. De fato, ninguém é obrigada a nada. Mas ninguém também é obrigada a tratar mal alguém que deseja aprender. Há uma grande diferença entre: quem não sabe; quem não quer saber; quem sabe e ainda sim se posiciona mal (sendo a favor de certas violências); e quem PRECISA saber (como é o caso de toda mulher em relação ao feminismo).
Vale considerar que há situações em que a pessoa não está em condições de ensinar por estar fragilizada. Essas eu entendo mt bem.
Quando vejo alguém com uma opinião grave e que eu considero absurda eu sempre sondo no papo se a pessoa já se posicionou ou se a fala dela é só um reflexo do quanto ela está por fora. Vejo se ela consegue argumentar. Ainda acho que tem muita gente boa no mundo. Eu conheço algumas. Vale a pena o esforço. Não porque vamos sempre encontrar pessoas querendo saber, mas porque vale muito a pena não correr o risco de tratar mal quem desejar, quem precisar. RS
Não me tornei feminista do dia pra noite e nem acho que esse exercício é solitário. Muito pelo contrário. Você pode aprender num papo, num texto, num dia, e, principalmente, com exemplos. Não gosto de gente radical. Vejo muitos erros em vários movimentos INCLUSIVE NO FEMINISMO. Não existe movimento sem isso. Nem por isso qualquer erro é aceitável. Se hoje me digo feminista é porque percebi que na época em que nos encontramos é impossível não se posicionar quanto a isso. Percebo, todos os dias, que eu nasci pra ser tão livre quanto possível. O feminismo deu lugar a coisas que eu já era.
E que me desculpar nesse processo é sempre libertador também, assim como pedir desculpas.
S.
Nenhum comentário:
Postar um comentário