quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Te Ver

Te ver

Os noticiários andam tão maus.
Cheios de gente assim.
O vento fresco, na calmaria da sala,
 rasgo com pena salgadas notícias ruins.
Com sensacionalismo brinco.
Invento orações que falarei baixinho pra pensarem que sei rezar.
Vão me chamar pra uma bancada.
Ninguém consegue ficar parado vendo Brasília descer do salto.
Vão em partido ir
 
Me manifesto:
Vamos juntas!

Na TV não tem mais desenho
Pra vender
Algum adulto assumiu tudo.
Sumiu com todo o conteúdo.
não sabe brincar

Se for assim
Quero as crianças
Em todas as presidências
Deixariam
Relações horizontais
Entre todas as mães e pais
Um dia
Trabalhariam todos em paz.

Na novela
Que esqueço de não ver
Uma figurante sem microfone,
Seu corpo
Sem nome
Sem preço, diz:
"Duvidas?"

Duvido
Quero inédito
Todos os capítulos com fé reprimidos
rompendo barreiras.
Faço casa na fronteira. Moro em dois países ao mesmo tempo
Dois amores
Dois cachorros
Dois filhos,
dois portões.
Duas florestas pra nos cuidar

Não faz sentido
Por isso
Sentindo
invento.

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