sábado, 31 de dezembro de 2016

Rita Lee completa 69 anos


 "Mas enquanto estou viva, cheia de graça/ Talvez ainda faça um monte de gente feliz"

Rita Lee completa 69 anos neste 31 de dezembro. Paulistana, escritora, ela marca a história da música. Há semanas em primeiro lugar na lista dos livros mais vendidos com "Rita Lee - Uma Autobiografia"
Alguns versos geniais da cantora e escritora:

1 - "Não quero luxo nem lixo/ Meu sonho é ser imortal, meu amor"
2 - "Eu hoje represento a loucura/ Mais o que você quiser/ Tudo que você vê sair da boca/ De uma grande mulher"
3 - "A gente faz amor por telepatia"
4 - "Já era tarde/ Mas a noite é uma criança distraída"
5 - "Minha saúde não é de ferro/ Mas meus nervos são de aço"
6 - "Deus me perdoe por querer/ Que Deus me livre e guarde de você"
7 - "A mão que afaga é da mãe que afoga"
8 - "É uma neurose/ Uma overdose/ Sou dependente do amor"
9 - "Comer um fruto que é proibido/ Você não acha irresistível?"
10 - "Meu único defeito é não ter medo de fazer o que gosto"
11- "Todo remédio que me cura tem uma contraindicação/ O que faz bem pra alma pode fazer mal pro coração"
12 - "Pra pedir silêncio eu berro/ Pra fazer barulho eu mesma faço"
13 - "Eles amam as loucas/ Mas se casam com outras"
14 - "Baby, baby, não adianta chamar/ Quando alguém está perdido/ Procurando se encontrar"
15 - "O vírus do amor/ Dentro da gente/ Beira o caos/ 42 graus de febre contente"
16 - "Desbaratina, não dá pra ficar imune/ Ao seu amor que tem cheiro de coisa maluca"
17 - "Não seja condenado a votar em canastrão/ Obrigado não!"
18 - "Filha da Terra/ Neta da Lua/ Herdeira do Sol/ Menina de rua"
19 - "Mas o que eu gosto é de andar na beira do abismo/ Arriscando minha vida por um pouco de emoção"
20 - "Alô, alô marciano/ Aqui quem fala é da Terra/ Pra variar, estamos em guerra"
21 - "Eu topo tudo/ Sou flor que se cheire em qualquer lugar"
22 - "Adeus sarjeta/ Bwana me salvou/ Não quero gorjeta/ Faço tudo por amor"
23 - "Meu bem você me dá água na boca/ Vestindo fantasias, tirando a roupa"
24 - "Desenhos que a vida vai fazendo/ Desbotam alguns, uns ficam iguais"
25 - "Se eu fosse você tratava de ser feliz/ Troque esse bandido por uma bela cicatriz"
26 - "A crise tá virando zona/ Cada um por si, todo mundo na lona"
27 - "O sol saiu, o vento é a favor/ Mas meu barquinho é do contra"
28 - "Sou nova demais pra velhos comícios/ Sou velha demais pra novos vícios"
29 - "Quem é que nunca teve um sonho?/ Quem é que não é sozinho?"
30 - "Desde o Oiapoque/ Até Nova York se sabe/ Que o mundo é dos que sonham/ Que toda lenda é pura verdade"
31 - "Me cansei de lero lero/ Dá licença mas eu vou sair do sério"
32 - "Defensora dos frascos e comprimidos/ De nós malucos, sois a beleza/ Protetora dos animais abatidos/ Prato cheio de sobremesa"
33 - "Se manca, neném/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Enfia sua nóia e passe bem"
34 - "Com a sutileza de um furacão/ Você vai tomando conta do meu coração, baby"
35 - "Por isso não provoque/ É cor-de-rosa choque"
36 - "E no que diz respeito à moda/ Eu não sigo esse figurino"
37 - "E ve se me dá o prazer de ter prazer comigo"
38 - "Deus me imunize do seu veneno/ Deus me poupe do seu fim"
39 - "Viva Brazix, colônia quintal/ Elite rastaquera/ Baleias, botos, S.O.S. animal/ Nova era já era"
40 -"Eu não tenho hora pra morrer/ Por isso sonho"
41 - "Eu juro, que dias melhores virão!"

domingo, 25 de dezembro de 2016

"E se fizermos do jeito q não se faz"?
(Música do filme Herança paterna - brasileiro)


MEDIDA PROVISÓRIA nº 746, de 2016

MEDIDA PROVISÓRIA nº 746, de 2016

Autoria: Externo - Presidente da República

Assunto : Social - educação 


Ementa e explicação da ementa
Ementa:
Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências.

Explicação da Ementa:
Promove alterações na estrutura do ensino médio, última etapa da educação básica, por meio da criação da Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Amplia a carga horária mínima anual do ensino médio, progressivamente, para 1.400 horas. 
Determina que o ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio.
 Restringe a obrigatoriedade do ensino da arte e da educação física à educação infantil e ao ensino fundamental, tornando as facultativas no ensino médio.
 Torna obrigatório o ensino da língua inglesa a partir do sexto ano do ensino fundamental e nos currículos do ensino médio, facultando neste, o oferecimento de outros idiomas, preferencialmente o espanhol. 
Permite que conteúdos cursados no ensino médio sejam aproveitados no ensino superior. 
O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular - BNCC e por itinerários formativos específicos definidos em cada sistema de ensino e com ênfase nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. 
Dá autonomia aos sistemas de ensino para definir a organização das áreas de conhecimento, as competências, habilidades e expectativas de aprendizagem definidas na BNCC.

Situação AtualEm tramitação
Prazos abertos
02/03/2017 - Tramitação em regime de urgência
02/03/2017 - Prazo de vigência prorrogado
Último local:
15/12/2016 - Plenário do Senado Federal (Secretaria Legislativa do Senado Federal)
Último estado:
15/12/2016 - PRONTO PARA DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO
Participe
4.35472.506
SIM

Fonte: Senado
http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/126992

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Dois corpos

Dois corpos

Olhares,
Café
Casaco
E guarda-chuva.

Uma instalacao de poemas
Prosas
Filmes
E flores.

Um toque
A mao corre
Um olhar
A mao esfria

Cadeira de madeira
Voam-se os insetos da noite.
O cheiro de medo e de entrega.

Dois corpos.
Saudade de pele
Sonho de cheiro
E sede de sorriso.

Pedras na lataria
Vidros embacados
Alta temperatura
E o sol se vem.

Hall do P1.
Escadas, pessoas
Duvida e
Uma carona.

Dois corpos
Lembrancas,
Desejos
E um vazio...
                   
Vazio,
"Hoje é sextas-feira!"
"Enfia o pé no chinelo..."
O toque
Desejo,
Caminhos tortos
Saudade...
                     dois corpos.

Du

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Crianças e adolescentes esposas

Brasil desconhece a realidade de 554 mil garotas de 10 a 17 anos que são esposas


O tema passou a me doer. A reportagem “Noivas Meninas” está nas bancas, na edição de janeiro, de CLAUDIA – um fôlego que juntou o fotógrafo Victor Moriyama, a estagiária Gabriela Abreu e eu. A primeira descoberta: não se trata apenas de casos em um grotão perdido. O casamento infantil ocorre na maior economia brasileira – a cidade de São Paulo -, na região metropolitana de Curitiba, no Tocantins, em Minas, nas capitais do Pará e Maranhão… Difícil descobrir onde não tem. Hoje, 554 mil garotas de 10 a 17 anos são casadas, calcula um estudo do Instituto Promundo, com base no IBGE, publicado em setembro passado. Como a lei considera crime o sexo com menores de 14, mesmo que consensual, a maioria das uniões é informal. Ainda assim, em 2013, Campo Grande casou no cartório o maior número de brasileirinhas. Partimos atrás de uma amostra nacional. O texto começa assim:
“Catingueiras magricelas e peladas, sol forte, uma cabrita, um bode e algumas galinhas são quase tudo que Ivonete Santos da Silva, 14 anos, vê ao longo do dia e por semanas a fio. Mãe de Rayslani, 1 ano, ela dorme cedo. A casa de taipa onde vive, no sítio Lagoa Nova, em Inhapi (AL), a 289 quilômetros da capital, Maceió, não tem lâmpadas nem TV. Ivonete juntou-se aos 12 anos com Sislânio Silvério, 21, seu primo. Deixou a escola sem aprender a unir as letras: “Era aperreio demais, tudo acontecia na hora do almoço, tinha que fazer comida, me arrumar, sair para estudar”. Não se arrepende. “Só quando estou bem estressada, limpando a casa, e a menina acorda chorando, penso: ‘Meu Deus, o que eu fiz?’ ” Ainda assim, considera que está melhor do que no tempo em que vivia na casa materna. “Um dia, saí calada, o povo estava todo lá pra dentro. Fui embora com Sislânio.” Ele trabalha na roça. Quando tem roça. Há cinco anos, o sertão enfrenta uma seca bruta; a terra está tão dura que é impossível plantar. Na única panela, no fogãozinho de barro, há feijão. Ivonete não faz planos, não pronuncia desejos – pelo menos a estranhos que invadem sua rotina -, mas responde como se sente: “Não sei direito. Sou um pouco mulher, pequena demais, meio criança também”. Quando fecha os olhos, do que se lembra? “De mim desenhando pé de maçã, árvore de morango.” Mesmo que morangos amadureçam a não mais que 30 centímetros do chão, era esse seu deleite na sala de aula. Queria ser professora, acha que não dá mais tempo. “Espero que minha filha case bem tarde, só com 17 anos, e não engane a escola para aprender tudo bem direitinho”, diz.
Depois de Inhapi, percorremos Canapi (AL), Colombo (PR), e uma das maiores favelas do país, Heliópolis – não haveria nenhuma dificuldade de encontrar meninas casadas nessa comunidade paulistana. Enquanto Victor fotografava, ali, Thainá Darri, 17 anos, casada desde os 15, dezenas de meninas iam se juntando para saber o que fazíamos. Dei a pauta e elas quiseram saber porque tanta curiosidade sobre algo tão comum. Várias, entre 14 e 16, carregavam um filho.
Thainá é um caso diferente, tem uma consciência política clara, é feminista, está no conselho do meio ambiente da região e é a única das entrevistadas que concluiu o segundo grau. Acabava de receber o resultado do laboratório – positivo para gravidez – e decidiu adiar os planos de fazer uma faculdade. No seu discurso, me chamou a atenção a explicação para seu casamento aos 15: queria privacidade com o namorado e, de certa forma, proteção. “Aqui, as meninas se jogam no funk, bebem e nem sabe quem é o pai do filho delas. O casamento me poupou disso.”
.”
Brasil desconhece a realidade de 554 mil garotas de 10 a 17 anos que são esposas
Brasil desconhece a realidade de 554 mil garotas de 10 a 17 anos que são esposas
Mãe de Michel Júnior, casada em Canapi desde os 14, Ana Clara dos Santos, 16, fugiu de casa para ficar com seu amado, Jaílson de Oliveira, na época com 16. Duro para ambos é deixar o bebê aos cuidados da mãe de Ana, porque eles não têm condição financeira de criá-lo. A alagoana Jamille Henrique ganhou, aos 14, uma aliança e se viu livre da lida pesada com seus oito irmãos, além do jugo do pai alcoólatra. Embora tenha em Marcelo um parceiro divertido, e com quem gosta “de brincar e de fazer sexo”, seu semblante é triste e sua concepção sobre a vida de mulher, medonha: “Todas apanham. Não acho bom, mas é o que acontece”.
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Monique Barbosa, aos 15, parece uma madonna, de Michelangelo, com sua Maria Clara sempre a tiracolo. Essa Pietá de Colombo (PR), queria ser policial, mas desistiu, está fora da escola, cansada dos afazeres domésticos e do ciúme do marido. Na mesma cidade, Joyce Pinheiro, mãe de gêmeas aos 15, teme as estrias e que o marido a troque por uma menina mais magrinha. Ela conta: “Das 20 colegas que estudavam comigo, 16 estão casadas ou são mães solteiras”. Ouvimos vários especialistas para entender o fenômeno.
meninas-casadas_0
Saio das reportagens carregando as personagens em mim. Demoro a tirá-las do pensamento. Ivonete, a sertaneja do sítio sem luz, me abraçou longamente quando nos despedimos. Prometi enviar uma revista para alguém ler para ela. E também uma fotografia ampliada. Essa menina-mãe nunca teve uma foto sua. De todas as personagens, foi a que mais interagiu com a câmera. Tem uma força no olhar inexplicável. Encarava as lentes de Victor com muita naturalidade e firmeza. Fico imaginando como Ivonete fará para desamarrar o nó, desbancar seu destino e vencer as agruras todas que enfrenta desde o nascimento. Algo me diz que ela vai conseguir.

Fonte: Pensador Anônimo

http://pensadoranonimo.com.br/brasil-desconhece-a-realidade-de-554-mil-garotas-de-10-a-17-anos-que-sao-esposas/

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Errare Humanum Est - Jorge Ben Jor

Errare Humanum Est
Jorge Ben Jor

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Lá lá lá
Tem uns dias
Que eu acordo
Pensando e querendo saber
De onde vem
O nosso impulso
De sondar o espaço
A começar pelas sombras sobre as estrelas-las-las-las
E depensar que eram os deuses astronautas
E que se pode voar sozinho até as estrelas-las-las
Ou antes dos tempos conhecidos
Conhecidos
Vieram os deuses de outras galáxias-xias-xias
Ou de um planeta de possibilidades impossíveis
E de pensar que não somos os primeiros seres terrestres
Pois nós herdamos uma herança cósmica
Errare humanum est
Errare humanum est
Nem deuses
Nem astronautas
Ô ô ô ô
Eram os deuses astronautas
Lá lá lá lá
Nem deuses
Nem astronautas
Ô ô ô ô
Eram os deuses astronautas
Lá lá lá lá
Eram os deuses astronautas
Ná ná ná ná ná
Dez
Ná ná ná ná ná
Nove
Ná ná ná ná ná
Oito
Ná ná ná ná ná
Sete
Ná ná ná ná ná
Seis
Ná ná ná ná ná
Cinco
Ná ná ná ná ná
Três
Ná ná ná ná ná
Dois
Ná ná ná ná ná
Um
Ná ná ná ná ná
Zero

Cruel - Luiz Melodia

Cruel
Luiz Melodia

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Tudo cruel, tudo sistema
Torre babel, falso dilema
É uma dor que não esconde o seu papel
São Carlos, morro, Borel
Eu subo e nunca estou no céu

Tudo João, nada na mesa
Deu no jornal, mãos na cabeça
Um marginal que já não pode mais fugir
Vai reagir
Menino é bom ficar de olho aí

Que tudo é desse mundo
Surpresa também
Espinho é bem mais fundo
Destino também
O amor tá quase mudo
Minha voz também
Cruel é isso tudo
Tudo tão mal, tão sem beleza
Doce de sal, lágrima presa
O que eles falam não se deve nem ouvir
Verbo mentir
Menino é bom ficar de olho aí






Frases - indiretos modos de entender

“Será preciso coragem para fazer o que vou fazer: dizer. E me arriscar à enorme surpresa que sentirei com a pobreza da coisa dita.” (A paixão segundo G.H.)

“E um dos indiretos modos de entender é achar bonito.” (A maçã no escuro)
 
“A explicação do enigma é a repetição do enigma.” (A descoberta do mundo)
 
Clarice Linspector

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Mortes e Nascimentos

Mortes e Nascimentos

Às vezes, o linguajar é  duro. Às vezes, é assim. Apressado e profundo! RS

Só nós sabemos o tamanho da vitória que é ouvir que a mulher mais importante do mundo conseguiu dormir uma noite inteira depois de anos.

Sem o glamour dos outros desenhos, na pressa da manhã antes de sair pra mais um dos milhões de compromissos extraoficiais (um bilhete que ia deixar antes Dela acordar), fica reforçada uma mensagem que vem sendo trabalhada todos esses anos (desde o fatídico 2003) e sem ressentimentos.

Se o natal, às vezes (quantas vezes!), perde seu sentido devido a alguma paz interna (totalmente) perdida; ele pode continuar perdendo também aquele sentido iminentemente midiático ante a um momento político tão desolador. Sobra algo? Precisamos nos esforçar dentro de algumas datas pra não deixar o samba morrer. Pra que a gente possa mudar esse é criar novos sentido juntas.

Muitas coisas não vão encaixar mesmo no tempo. Os bons momentos não priorizam isso.

>> O momento mais importante desse ano com certeza já passou e vem nos curando! <<

Conseguimos fazer a boa retrospectiva com quem amamos? Temos memórias? E com quem queremos amar?

Às vezes (várias vezes), não percebemos quando situações externas querem nos dar um sentido interno (festejos pré moldados), mas muitos dias há em que foram mais felizes do que aquele casamento caro ou aquela festa de formatura tão especiais. Por isso não podemos depender (NUNCA!) só do espírito natalino pra viver momentos tão intensamente importantes no final de um ano tão complicado. Nenhum momento é importante sem as pequenas e grandes coisas (como arrumar as plantas no quintal! ♡) que alegram nossa vida e renovam nossa vontade de estar juntas.

"Calma. É  aos poucos que as coisas vão dando certo." Mas isso não é uma forma de fazer só com que a gente espere. Quando muitas coisas valiosas morrem na nossa rotina (essa falta explicável que elas fazem pra sempre dentro do nosso amor e da nossa vida) , isso requer se dar conta ( epifanias !! ), estar atentas aos novos sentidos que precisamos criar! Dentre eles, se fazer mais presentes.

O que tem em dias bons?
Reencontros (não podemos causar todos!);
Comida boa (note-se que, pra mim, é o topo da lista! RS Porque cozinhas e amar rimam!);
Brincadeiras;
Plantas;
Música;
Isso que materializa o amor e volatiliza em sensações melhores ainda .

Eu vou ter que suportar o CD da Simone mais uma vez. Não podemos mudar tudo, né?  Mas faço questão de um amigo oculto sem ser gastando dinheiro e com a cara dessas gurias!  ♡

(Quem foi não volta mais. O que foi também. Mas quem ficou e quem está aqui precisa continuar!  ♡)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Quando Chegar

Quando você chegar

Autocrítica pra um movimento se manter unido. Autocrítica pra sermos pessoas melhores.
Melhores sim. Não existe pessoa indigna de nos criticar, se reconhecemos uma crítica quando ela é justa.

Ainda que não haja essa elasticidade toda para crítica, quando ela vem de dentro de um grupo que estamos construindo, ela precisa ser ouvida. Mas a imaturidade que compartilhamos hoje nos cega. Vencemos no debate e só queremos que as pessoas debatam segundo um modelo (pauperizado, diga-se de passagem).

NÃO é  votar ou não votar. Nao é chapa A ou chapa B. O voto ou a chapa não comporta tudo que ha numa crítica. Quem dirá a autocrítica.  Ser propositiva é um aprendizado. Vamos lutar por isso. Somos tão silenciadas. Não precisamos fazer isso entre as próprias mulheres.

Parece que temos que dar graças a deus por alguém estar tomando a frente das coisas ao invés de conseguirmos dividir essa carga. Vejo muita gente querendo construir enquanto outras reclamam se estarem sobrecarregadas.

As pessoas que pensam de forma independente tem sim que se articular e parar de desistir. Ocupar espacos mais potentes ao invés de se calar e partir. Porque é lindo ver organizações que comportam diferenças.  Que multiplicam estudos e ações e tem um comportamento muito diferente desse partidarismo super pobre, agressivo e que traz a reflexão sempre de fora. Que reproduz tantas hierarquias e silenciamentos.

Espero que possamos ir juntas.

"É até mesmo um meio de defesa, um troço que ajuda a desenvolver phantasias de grupo, estruturas de desconhecimento, um troço de burocratas; se entrincheirar sempre atrás de alguma coisa que está sempre atrás, sempre em outro lugar, sempre mais importante e nunca ao alcance da intervenção imediata dos interessados; é o princípio da "causa justa”, que serve para te obrigar a engolir todas as mesquinharias, as míseras perversões burocráticas, o prazerzinho que se tem em te impor - “pela boa causa" - caras que te enchem o saco, em forçar tua barra para ações puramente sacrificiais e simbólicas, para as quais ninguém está nem aí, a começar pelas próprias massas."
Somos todos Grupelhos - Guattari

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Te Ver

Te ver

Os noticiários andam tão maus.
Cheios de gente assim.
O vento fresco, na calmaria da sala,
 rasgo com pena salgadas notícias ruins.
Com sensacionalismo brinco.
Invento orações que falarei baixinho pra pensarem que sei rezar.
Vão me chamar pra uma bancada.
Ninguém consegue ficar parado vendo Brasília descer do salto.
Vão em partido ir
 
Me manifesto:
Vamos juntas!

Na TV não tem mais desenho
Pra vender
Algum adulto assumiu tudo.
Sumiu com todo o conteúdo.
não sabe brincar

Se for assim
Quero as crianças
Em todas as presidências
Deixariam
Relações horizontais
Entre todas as mães e pais
Um dia
Trabalhariam todos em paz.

Na novela
Que esqueço de não ver
Uma figurante sem microfone,
Seu corpo
Sem nome
Sem preço, diz:
"Duvidas?"

Duvido
Quero inédito
Todos os capítulos com fé reprimidos
rompendo barreiras.
Faço casa na fronteira. Moro em dois países ao mesmo tempo
Dois amores
Dois cachorros
Dois filhos,
dois portões.
Duas florestas pra nos cuidar

Não faz sentido
Por isso
Sentindo
invento.

Dúvida

Dúvida

Muitas vezes a dúvida surge quando há um conflito entre:
- o que você deseja
- e o que você não deve fazer.

Qual a sua dúvida?

Fazer o que der na telha, ousar, viver sem limites.  Cada coisa linda mesmo... pra um comercial de cerveja! Rs
Vestir a inconsequência de romantismo é  como botar um tutu (que só os inteligentes podem ver) num javali (de verdade!). Na vida real (e de viés!) depende muito da gente. Tem que ser criativa. Nao deixar morrer os dias. O inédito leva tempo.

E tempo leva:  pra aprender, pra se conhecer, ou, pra nada disso. Você pode não contar nem com vc própria. Só. Só com a sorte.

A força vem do que é vital: AMIZADES, viajens, músicas, seu dotes e seus dons!  Se precisar de força, que tenha onde achar! Alimente aonde procurar.

As pessoas têm sido sombrias das relações mais amplas as mais íntimas. Por se acharem cheias de razão, por inocência ou por concepção. Como resistir a isso?
Um dia você consegue. Parece que cortou um braço na época, mas sua família estava bem, os amigos também; o que não tinha jeito, não tinha jeito e amanhã começaria o futuro.  E hoje você está lá.

Há um tipo de vitória que supera a razão. É  quando você é surpreendido pelo sentimento. Quando sentimos diferente sabemos que nossa engrenagem pode mudar de verdade e que todo investimento pra isso , uma hora, acabou valendo!

A vitória é essa droga. Droga da qual não podemos depender pra nos sentirmos bem, mas sim aprender com ela. Ela é um vôo finalmente e não um vício.

Num dia: uma chuva de dúvidas.
Hoje: mansidão.

Não importa o quanto vc se sinta mal e a força que despende pro que sabe que é preciso ser feito. Como a gente faz quando esta numa viagem ruim; com azar ou com sorte, com vc, com o q te faz forte você tem q ter certeza de que:

Tudo passa.

S.
"Livre das demandas do mercado, a arte começa a refazer a vida que está entre nós. Transformando o modo como nos relacionamos e fazemos arte, como nos recusamos e nos rebelamos, como amamos e comemos. Quando isso é feito num caldeirão de luta, numa ocupação, num movimento social, num protesto, novas amizades são tecidas, novas formas de viver se tornam possíveis. Este tipo de cultura nos aproxima ao invés de nos separar, e permite que a gente se encontre por entre os escombros. Estes momentos costumam carregar o nome "arte", re-produzem os sentimentos e excitam os sentidos, eles constroem desejos e mundos diferentes, alguns que talvez até diziam ser impossíveis. Esta é a arte que não mostra o mundo pra gente e sim o transforma. Esta arte de movimento social tem sua própria história secreta de performances rebeldes, imagens sutis, invenções insurrectas e sons sedutores. Nosso desafio hoje não é apenas relembrar este segredo da história da arte, mas descobrir e criar tendências no presente que tragam caminhos alternativos para a crise atual."
(Página 4)


"Esse guia não é um mapa rodoviário ou um manual de instruções. É um fósforo aceso no escuro."
(Página 5)

"A melhor mídia é o presente, Como disse Joseph Beuys, "Não espere pra começar, use o que você tem". Comece de onde você está. Caramba, você já começou. Quais são as ferramentas e as tendências a sua volta? Dentro de você? Ao seu lado? Você poderia começar com seu próprio corpo. É o ecossistema que você conhece melhor, a fonte de maior parte dos seus conhecimentos e sonhos. A arte dos movimentos sociais frequentemente começou com performances coletivas que usavam o corpo como seu primeiro e mais abundante recurso. "
(Pag 8)


"Quando os estudantes de arte ocuparam as faculdades em Paris, durante a rebelião de 1968, eles tomaram a sala de gravura e produziram milhares de cartazes. Recuperando a arte revolucionária do cartaz, que havia se perdido na França, em grande parte devido às leis que proibiam colar cartazes, os estudantes cobriram as paredes da cidade com simples imagens icônicas. A criatividade deles venceu a lei. Como dizia um dos cartazes: “il est interdit d’interdire” (é proibido proibir)."
Pag 9

"Para desmantelar e reinventar instituições ou sistemas, nós temos que começar pela raiz, com a cultura que as apoia. Cultura é o substrato material da política, é o alicerce lamacento sobre o qual ela é construída"
Pag 12

"Olhe ao redor. Nós estamos num espaço entre certezas, em um momento histórico onde a sociedade está mais maleável que o normal, onde o potencial tem poder e formas de vida mudam rapidamente. - See more at: http://revistacarbono.com/artigos/06guia-para-exigir-o-impossivel/#sthash.PpYAvil9.dpuf"
Pag 14


"Quando você conhecer bem seu material e seu lugar... é hora de fugir. Tudo começa com um salto. Não é deserção como fuga, mas como engajamento. Se você se opõe a lógica de transformar arte ou educação em um mercado, você já se opõe a forma como esta lógica define você: você não é o artista, estudante, trabalhador que o capital precisa. Isso significa que você já começou a se abolir. "O fato de que eu me devoro a mim mesmo apenas demonstra que eu existo", declarava o manifesto que acompanhava as pinturas preto e branco de Rodchenko em 1919. Este auto-abolir-se, ou recusa da parte da sua identidade que se entregou às demandas do capital significa agir diferente, se comportar de formas que talvez nem tenham nome ainda. E sem sua identidade você está livre, o que você faz se torna mais importante do que quem você é, e o que você faz pode ser qualquer coisa. Você pode se surpreender como a arte que que esquece seu nome pode se infiltrar em espaços inesperados. Mover-se em outros tipos de fazer, outros tipos de relacionamentos, significa abandonar, ao menos parcialmente, as páginas da história da arte e suas instituições. E você não seria o primeiro."
Pág 16

"A negação radical dos Dadaístas, que se recusavam à guerra, ao trabalho, à arte, à autoridade, à seriedade e à racionalidade, catalisou formas criativas de resistência inéditas ao se juntar com o núcleo dos movimentos antiguerra e anticapitalismo de Berlim, na época da República de Weimar. - See more at: http://revistacarbono.com/artigos/06guia-para-exigir-o-impossivel/#sthash.PpYAvil9.dpuf"
Pag17

Dica de como NÃO fazer (rs!):
"“Tome cuidado com o presente que você cria, pois ele deve se parecer com o futuro dos seus sonhos”. (...) Uma passeata de A até B com cartazes, slogans repetitivos entoados por um coro rouco de vozes, pessoas protestando no frio por horas a fio, multidões escutando um barbudo declamando, faixas sem graça penduradas nos prédios, panfletos cheios de estatísticas desanimadoras… Estes atos se parecem com o futuro que queremos? De que outra forma podemos manifestar nossos desejos e demandas? Como essas ações podem ser feitas e sentidas?" 
Pag 22

"Imaginando a arte do futuro, Alan Kaprow acreditava que “Nós podemos ver o sentido geral da arte mudar profundamente (...) ele entendeu que a arte carrega em si o potencial de criar imagens do futuro que podem ser ensaiadas no aqui e agora. As ações políticas mais bem sucedidas fazem o mesmo. Elas não apenas exigem ou bloqueiam algo, elas colocam nossos sonhos à mostra. Elas não dizem apenas NÃO, mas mostram de que outra forma poderíamos viver." 
Pag 23



"As festas Reclaim the Streets (Recupere as Ruas) nos anos 90 não apenas libertaram as ruas do tráfego poluente. O mais importante é que elas encheram as ruas de corpos dançantes, música e uma visão de mundo onde política é prazer, e não sacrifício. "
Pag 23

Dica de como FAZER:
"Eles fizeram sua própria instituição: The University of Strategic Optimism (A Universidade de Otimismo Estratégico) e, ao invés de aceitar a mercantilização da educação, eles começaram a educar o mercado dando palestras que ocupavam e redefiniam espaços de consumo – o hall de um banco, os corredores de um supermercado – como espaço de convivência e discussão." 
Pag 24

"Em meados da década de 60, artistas e atores exilados em São Francisco que se chamavam de Diggers (Escavadores) abriram uma loja, ‘The Free Store’ (A Loja Grátis). Produtos podiam ser deixados, trocados ou levados. Os papéis também eram trocáveis. Uma placa na loja dizia “Se uma pessoa perguntar pelo gerente, diga que ela é o gerente”. A loja virou um lugar onde aqueles que fugiam do alistamento para o Vietnã conseguiam uma muda de roupa e documentos com selos “oficiais”, e deixavam seu uniforme militar na prateleira. Comida grátis era servida por uma janela amarela gigante para quem vinha de longe todos os dias, clínicas de saúde de atendimento gratuito foram montadas… Tudo podia ser grátis, eles diziam, e mostravam como isso podia ser feito através do que eles chamavam de “atuação-na-vida”, onde a arte estava no modo de vida que alguém leva, e não o contrário. Apesar da polícia ter fechado a loja, a tática criativa deles se espalhou nos EUA e, recentemente, uma Non-Commercial House Free Store (Casa Não-Comercial Loja Grátis) abriu na Commercial Street, no leste de Londres. "
Pag 24

"Mais informação não vai nos motivar a agir, nem as representações ou as imagens de política. O que nos faz mover é provar o gosto dos sonhos, daquilo que poderia ser, é entrar nas rachaduras por onde outro mundo surge à vista. - See more at: http://revistacarbono.com/artigos/06guia-para-exigir-o-impossivel/#sthash.PpYAvil9.dpuf"
pag 25

"O que aconteceria se, de alguma forma, nós reconstruíssemos essas máquinas, se nós fizéssemos o que Guy Debord defendeu e iniciou, “produzindo a nós mesmos… e não as coisas que nos escravizam”. - See more at: http://revistacarbono.com/artigos/06guia-para-exigir-o-impossivel/#sthash.PpYAvil9.dpuf"
pag 28

"O que aconteceria se, de alguma forma, nós reconstruíssemos essas máquinas, se nós fizéssemos o que Guy Debord defendeu e iniciou, “produzindo a nós mesmos… e não as coisas que nos escravizam”.
Dentro de quais máquinas você trabalha? Placas de rua e outdoors? Redes sociais e internet? As roupas que veste? Lojas chiques? Telefonia celular? Assim como a “saboteur” (sabotadora) original, que jogava seu tamanco – seu “sabot”, na máquina da fábrica para que ele prendesse as engrenagens e produzisse tempo livre para ela, ao invés de lucros para seu patrão, nós podemos fazer engenharia-reversa no mundo à nossa volta. Em Buenos Aires, depois de uma anistia para os ditadores que fizeram milhares “desaparecerem”, o Grupo de Arte Callejero (Grupo de Arte de Rua) projetou lições visuais de arte conceitual e instalou placas de rua que apontavam para as casas de generais genocidas."
pag 28


"Na virada do século 21, artistas ativistas de Barcelona nomearam seu grupo de Yo-mango, subvertendo a marca de moda ‘Mango’ e criando um trocadilho que quer dizer “eu furto” na gíria espanhola. O objetivo deles era reconstruir o comprar, “nós não devemos renunciar aos nossos desejos por coisas, e sim furtá-las”, eles declararam. Eles fizeram do furto às lojas uma forma de arte social e uma marca desejável em si mesma, o buraco feito no bolso de trás de uma calça jeans ao se arrancar o dispositivo antifurto foi promovido como sendo muito mais legal do que uma etiqueta da Levis. "
pag 29




Fonte: Como [exigir*] o impossível
(*obs.: a palavra "exigir" aparece riscada)

Revista digital:
http://issuu.com/agenciatransitiva/docs/guia_impossivel?e=8109965/2875731

Site: Revista Carbono - natureza, ciência e arte
 http://revistacarbono.com/artigos/06guia-para-exigir-o-impossivel/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Abrigar um abandono

Preciosidades que eu achei no meu rascunho de 2013!


" Um monge descabelado me disse no caminho: 'Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução. Minha idéia era fazer alguma coisa ao modo de tapera. Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam. Porque o abandono pode não ser apenas de um homem debaixo da ponte, mas pode ser de um gato num beco ou de uma criança presa em um cubículo. (...)" (BARROS, Poesia Falada, v.8)



- 1
De onde vem a força dessa passagem de Barros? O que nos comove e também nos amedronta nessas letras? De certo que tememos ser esse que foi abandonado. Mas no contexto em que se visa trabalhar essa passagem, diante dos valores transmitidos pelo Estado e pela mídia, há medos que vão além. Barros não faz como muitos que, ao encontrar o horror, dele se aparta ou estereotipa. Ele se aproxima e olha de novo.

Esse autor tem como característica ver potência nas ruínas porque elas não são um sinal só de algo que acabou. Elas são uma simplicidade muitas vezes interessante e até necessária, fruto de uma história repleta de humanidades possíveis. Abrigar o abandono pode ser uma proposta de trabalho? No contexto em que estamos, se está claro que o abrigo não substitui, mas, antes de tudo, funciona até como alternativa a famílias que existiram, mas não puderam cuidar de seus filhos, como transformar a tarefa de abrigar o abandono em algo potente? Podemos pensar sua função também a partir desta passagem:

“Todo filho é biológico e adotado. A condição para todos existirem é nascer, e após isso, é ser adotado, pois só se tem um filho se você o considera.”

O abrigo, então, não abrigaria O Abandono, mas um tipo possível deste. Estar inserido em uma família não é garantia de acolhimento como os valores morais de nossa sociedade tendem a preconizar de modo conservador.

Como ver nele um mediador necessário e até interessante? Como trabalhar o olhar que é lançado pela sociedade e não ver nessas crianças e jovens só alguém arruinado, mas alguém potente?

- 2

Retomaria no trecho em q coloco o cenário da criança abandonada e abusada como desinteressante:

Pq tanto do q nos comove não nos move? Porque nos movemos pela beleza e doamos dinheiro pro Criança Esperança sem querer saber pra onde vai esse dinheiro e que medidas são essas q estão sendo tomadas (numa espécie de alienação ou de ajuda sem compromisso)? Que funcionamento é esse que prefere evitar a dor e acaba por fazer com que nos furtemos a debates tão importantes como o abuso sexual de crianças? Por que é tão mais fácil não falar disso? Por que não está claro que o silencio é permissivo e leva a repetição? Se temos horror a que isso aconteça, por que isso leva ao nosso afastamento e não ao combate? É fato que temos que nos aproximar do horror para combatê-lo e isso não precisa ser de forma que esteja além das nossas capacidades. Leve sua arte, leve sua habilidade na cozinha, leve seu malabarismo circense, ofereça tempo e trabalho que todas essas formas serão maneiras de tocar no problema a partir do momento que se é capaz de produzir felicidade também.]


- 3

LINK: http://www.fazendohistoria.org.br/downloads/3_imaginar_para_encontrar_a_realidade.pdf

Outro limiar que é ocupado por ele é o de uma medida pública que parece atuar em âmbito privado como apontado na cartilha “3 Imaginar para Encontrar a Realidade”. Apesar de ser uma cartilha as vezes taxativa, apresenta reflexões interessantes como essa: A contradição entre o espaço público e o privado é sempre tema de debates. As conquistas internas em relação ao progresso das crianças, adolescentes e dos jovens implicam negociações nem sempre inteligíveis para os que estão do lado de fora.








segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Promessa

" Caminar es un peligro y respirar es una hazaña en las grandes ciudades del mundo al revés. Quien no está preso de la necesidad, está preso del miedo: unos no duermen por la ansiedad de tener las cosas que no tienen, y otros no duermen por el pánico de perder las cosas que tienen. El mundo al revés nos entrena para ver al prójimo como una amenaza y no como una PROMESA..." [Patas Arriba]

Qual é a diferença entre libertarismo e anarquismo?


Refletir



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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Qual é a diferença entre libertarismo e anarquismo?


Por Tom Wetzel

Isso depende de qual dos dois significados de “libertário” você tem em mente. No sentido original de “libertário” do século 19 e início do 20, que ainda é predominante em vários países que não falam inglês, não existe qualquer diferença realmente nos termos de qual segmento de opinião política que estes termos se referem. Neste sentido original de “libertário”, a diferença está entre uma definição positiva e negativa. “Anarquismo” possui uma definição negativa: oposição a hierarquias construídas de cima para baixo de poder (“patrões”, “governantes”) tais como as corporações e o estado. “Libertário” se refere a um ponto de vista que coloca grande ênfase na liberdade positiva: controlar sua vida, controlar decisões na medida em que você é afetado por elas, auto-gestão sobre o trabalho e a comunidade, e acesso aos meios para desenvolver seu potencial e, portanto, sua capacidade pela auto-gestão.

O outro significado de “libertário” foi inventado nos EUA no período das décadas de 1950 e 60. Ele foi designado para ser um novo nome para os defensores do liberalismo clássico individualista extremo do século 19. O que é fundamental para esta forma de “libertarismo” é limitar a definição de “liberdade” para liberdade negativa: ausência de coerção ou restrição. Portanto, você pode ver a definição entre os dois “libertarismos” em como eles enxergam a instituição do trabalho assalariado sob o capitalismo.

Para os libertários de esquerda, os anarquistas, ser compelido a trabalhar para empregadores, estar sujeito ao poder gerencial, é uma forma de opressão porque esmaga, invalida a sua auto-gestão e impede a realização do potencial dos trabalhadores assalariados que estão presos em empregos sem futuro.

Para os libertário de direita, ser compelido a trabalhar para empregadores, ser comandados por patrões é coerente com a liberdade porque ninguém coloca uma arma em sua cabeça para pegar o emprego. E, por isso, não é coerção. A partir da perspectiva anarquista ou libertária de esquerda, isso é uma definição drasticamente pobre de “liberdade”.

Os anarquista não rejeitam necessariamente o “governo”. Como Kropotkin apontou, existe uma distinção entre estado e governo. O governo consiste das instituições de governança... criar regras, julgar disputas, auto-defesa social. Por outro lado, um estado é um aparato burocrático construído de cima para baixo com ordenação sobre forças militares e policiais, separado do controle real pela massa da população.

Libertários de direita estão certos quanto a existência do estado, porque um estado é necessário para proteger a minoria capitalista ou a classe patronal. Seus desentendimentos com os liberais sociais e social-democratas sobre o estado são sobre o uso do estado fornecer sistemas de benefício social para beneficiar as massas de pessoas comuns... seguro-desemprego, leis de salário mínimo, sistemas de seguridade social, saúde pública, etc. Libertários de direita se opõem a estas coisas.

Libertários de esquerda defendem sistemas de fornecimento de benefícios sociais tais como assistência médica gratuita, educação, ou transporte público, porém eles desejam que estes serviços sejam gerenciados diretamente pelos seus trabalhadores. Todavia, libertários de esquerda, anarquistas, se opõem ao estado por causa do seu outro lado, a sua utilização para defender e proteger os interesses das classes dominantes e exploradoras, tais como capitalistas e burocratas.

Portanto, os libertários de esquerda propõem substituir o estado com sistemas de poder popular direto baseado na democracia direta das assembléias nos locais de trabalho e bairros, e organismos delegados intimamente controlados pela assembléia de base. Deste modo, nós poderíamos dizer que eles desejam governança sem o estado.

Traduzido por Rodrigo Viana. Para ler o artigo original clique aqui.


Tom Wetzel é escritor e ativista libertário socialista e membro do “Workers Solidarity Alliance”.




Fonte: Esquerda Libertária
http://aesquerdalibertaria.blogspot.com.br/2014/11/qual-e-diferenca-entre-libertarismo-e.html?m=1

sábado, 3 de dezembro de 2016

Bolos veganos! ;)

Bolos veganos!

1 -
1 xíc de frinha de trigo branca
1 xíc de farinha integral
1 xíc de de açucar (eu coloco um pouco menos)
1 colher de cha de canela
1 pitada de sal
1/2 de xícara de oleo
3/4 de xíc de leite vegetal (uso o de arroz)
1 xíc de banana madura amassada (coloco um pouco mais de 1 xic, e è mais gostoso c alguns pedços)
1 colher de sopa de vinagre
1 colher de sopa de fermento


2 -
Bolo de chocolate vegano
Confira esta opção de Bela Gil

Ingredientes

massa:

  • 3 copos de farinha de trigo integral
  • 1 copo farinha de trigo branca
  • 1 copo de cacau em pó (sem adição de açúcar)
  • 2 copos de açúcar mascavo
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • 1 pitada de sal marinho
  • 1 colher (chá) de canela
  • 1/2 copo de óleo de coco + 1/2 copo de azeite
  • 1 colher de vinagre de maçã (não filtrado)
  • 4 copos de água

cobertura/recheio:

  • 4 colheres (chá) de Agar Agar em pó (veja onde encontrar)
  • 2 copos de água
  • 3/4 copo de cacau em pó
  • 1 copo de açúcar mascavo
  • 4 colheres de melado de cana
  • 1 pitada de sal marinho

Modo de preparo

massa:

  1. preaqueça o forno à 180ºC.
  2. Unte duas formas redondas de 23 cm.
  3. Misture numa tigela as farinhas, cacau, fermento, açúcar mascavo, sal e canela.
  4. Em outro recipiente misture bem o óleo, azeite, vinagre e água.
  5. Com a ajuda de uma colher de pau, misture lentamente os ingredientes líquidos ao secos.
  6. Divida a massa igualmente entre as duas formas e coloque no forno para assar por 35 minutos.
  7. Não abra o forno nos primeiros 30 minutos para o bolo não solar. Retire do forno e deixe amornar antes de desinformar.

cobertura/recheio

  1. Numa panela média, aqueça a água e o agar-agar até o pó estiver totalmente dissolvido.
  2. Adicione o cacau, açúcar mascavo, melado e o sal.
  3. Deixe levantar fervura, mexa bem e abaixe o fogo no mínimo. Cozinhe por dois minutos, sempre mexendo
Fonte: Receitas GNT - Bela Cozinha
http://gnt.globo.com/receitas/receitas/bolo-de-chocolate-vegano-receita-de-bela-gil.htm

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Reação do Congresso à Lava Jato

"Colegas ( não falarei "bom dia" pq o "bom" não cabe pra hj...)

NO FUNDO DO POÇO TINHA UM PORÃO MAIS ABAIXO......

Você talvez ainda nao tenha percebido, mas você levou um tapa na cara nesta madrugada!

Em um dos dias mais tristes da história do país, em que a nação pranteava de luto, na calada da noite, a Câmara dos Deputados, a título de votar conjunto de medidas contra a improbidade, aprovou um "pacotaço" PRÓ CORRUPÇÃO!!!

REGISTRE: dia 30 de novembro de 2016,  o dia 1º do fim da LAVAJATO!

Câmara APROVOU puniçao a Juízes e Promotores!

Em contrapartida, os Deputados desfiguraram completamente as medidas contra a corrupçao e RETIRARAM do PROJETO:

   1.  figura do delator do bem;

   2. Perdimento antecipado dos bens fruto da corrupçao;

   3. Necessidade de devolver valores ou reparar o erário para obter progressao de pena

   4. Afastaram as medidas que aperfeiçoavam o atual sistema de prescrição de penas

   5. Perda ampliada dos bens decorrentes de crimes

   6. Crime de enriquecimento ilícito

    7. Acordo penal

    8. Rejeitaram medida que acelerava ações de improbidade

    9. Rejeitaram necessidade do MP participar dos acordos de leniência com empresas e estes serem submetidos a homologação judicial

    10. Suspensão do registro de partidos políticos que praticaram falta grave.


Os DOIS MILHÕES E MEIO de cidadãos que assinaram o projeto de lei de iniciativa popular das #10medidascontraacorrupção  receberam, diretamente de Brasília, um #tapanacara!!"


Matéria na íntegra:

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Câmara aprova emenda apontada como reação do Congresso à Lava Jato



RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA

30/11/2016 01h24

Alan Marques/Folhapress
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante a votação sobre o pacote que reúne um conjunto de medidas de combate à corrupção (DF)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preside sessão de votação das medidas de corrupção
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (30) emenda ao pacote contra a corrupção que inclui na legislação a possibilidade de juízes e integrantes do Ministério Público de responder por crimes de abuso de autoridade com base em várias condutas, algumas de caráter subjetivo.
A emenda, que passou por 313 votos a 132, foi apresentada nesta terça-feira (29) pelo líder da bancada do PDT, Weverton Rocha (MA), contou com o apoio do PP, partido com o maior número de congressistas implicados na Lava Jato, PT e várias outras legendas.
O texto tem que passar ainda pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Michel Temer para entrar em vigor.
A quase totalidade do mundo judiciário, incluindo a força tarefa da Operação Lava Jato, aponta a emenda como uma clara tentativa de retaliar e intimidar os investigadores e magistrados responsáveis pelas apurações do esquema de corrupção da Petrobras.
Vários deles comparam essa medida ao que aconteceu na Itália com a Operação Mãos Limpas (contra a máfia local), nos anos 90, freada por ações do Parlamento. Eles argumentam que se a regra entrar em vigor representará um importante ataque ao trabalho de promotores, procuradores e magistrados.
"A sociedade espera passar a limpo todos os lados, não pode haver castas", discursou Weverton, para quem a legislação é muito branda para juízes e promotores que se desviam de suas funções. Essa foi a tônica do discurso da maioria dos deputados.
"Todos, absolutamente todos, são iguais perante a lei. E que respondam pelos excessos", reforçou Arthur Lira (PP-AL), que falou em nome do PP. Ele é um dos principais alvos da Lava Jato, tendo sido denunciado por corrupção e ocultação de bens.
Durante a madrugada, uma fila de deputados que foram ou são alvos de investigação se revezaram no microfone defendendo a proposta. "Quantos de nós foram assassinados, vilipendiados, execrados. (...) Não queremos acabar com a Lava Jato, queremos acabar com esse empoderamento absurdo", discursou Alberto Fraga (DEM-DF). Clarissa Garotinho (sem partido-RJ) aproveitou para reclamar do juiz que determinou a prisão do paí, Anthony Garotinho.
Um dos poucos a se manifestar contra, o relator do pacote, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que os deputados estavam votando contra a operação baseada em Curitiba. "Votei não, não é hora de retaliação", discursou Major Olímpio (SD-SP).
O pacote de medidas anticorrupçãodo Ministério Público teve o seu texto-base aprovado na madrugada desta quarta. As emendas estavam sendo analisadas durante a madrugada.
MORDAÇA
Entre as condutas passíveis de punição pela proposta do PDT está a apresentação pelo Ministério Público de ação de improbidade administrativa contra agentes públicos "de maneira temerária". A pena seria de seis meses a dois anos de reclusão, multa e indenização por danos materiais e morais.
A apresentação por procuradores e promotores de ação civil pública "com finalidade de promoção pessoal ou por perseguição política" também ensejaria punição.
O texto também pretende classificar como crime de abuso de autoridade de juízes e integrantes do Ministério Público a manifestação em qualquer meio de comunicação de opinião sobre processos, próprios ou de terceiros, entre outras condutas.
A iniciativa tem paralelo com antiga proposta do ex-prefeito e hoje deputado Paulo Maluf (PP-SP), que há alguns anos tentou aprovar no Congresso uma lei para punir autoridades que supostamente agem por má-fé, promoção pessoal ou perseguição política.
A proposta estabelece ainda que qualquer cidadão possa representar contra os membros da magistratura e do Ministério Público, inclusive investigados.

Fonte: Folha de São Paulo
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1836969-camara-aprova-emenda-apontada-como-reacao-do-congresso-a-lava-jato.shtml?mobile