sábado, 11 de abril de 2015

O sujeito fanático: só pensa na sua religião

Meus professores da UFF q me transformaram nessa chata q sou hj, graças a Zeus! Rs
Hahahaha
Como a felicidade pode ser tão forte a ponto d ser fanática!
Me pergunto: qual o meu fanatismo?
Bastará para a felicidade não fanática eu não impor minha felicidade a ning?

(Saudade ainda, Marcelo!
Qndo vamos passar o filme da Cassia Eler? Rs Ou vc passou sem mim, seu danado? Rs)


Marcelo:
"O motorista de táxi me disse, hoje, que eu poderia procurar qualquer igreja e escutar a resposta que eu tanto procuro. Me contou uma história que eu já sabia de antemão: ele era um bêbado e hoje é um novo homem. Mostrou as tatuagens do seu braço e lembrou de um passado que quer esquecer. Dos carros que ainda terá e daqueles que já perdeu. Colocou no rádio as músicas que supõe que deixam a pessoa relaxada. Fiquei com medo do motorista. Não por que não acreditasse em sua transformação, mas pelo seu ímpeto de converter qualquer um que passe pela sua frente.Rio de Janeiro, estado engraçado. Você pode escutar um quase sermão em um táxi ou num ônibus. Eu pensei que David Luiz fosse o último dos chatos, mas ele é só mais um. O motorista me perguntou se tenho religião. Pensei em dizer-lhe que era espírita, que era do candomblé ou da umbanda. Seria mentira. Pensei em dizer-lhe que sou Fluminense, mas detesto futebol. Pensei em dizer-lhe que alguns líderes cristãos têm as mãos sujas de sangue e envergonham o legado do cristianismo. Mas o sujeito parece feliz com sua nova vida. Quem sou eu para negar a importância daquela conversão? Mas o sujeito era fanático, não pensava em nada, a não ser na sua própria religião.

Caro motorista, não procuro nenhuma resposta. Estou cansado do excesso de respostas que alguns dos seus líderes querem nos empurrar goela abaixo. Eu gostaria muito de entrar num táxi e não ter que escutar aqueles cantores desafinados machucando meus ouvidos por minutos, não gosto daquelas músicas. São ruins. São chatas. São maníacas. Acho que religião deveria ser alguma coisa de foro íntimo. Mas a violência simbólica nos obriga a recolocar o estatuto político de nossas escolhas. Fico feliz que o distinto motorista tenha encontrado outro rumo para sua vida e parado de encher a cara e encher o saco dos outros.

Mas aquele discurso era cópia fiel do que vejo nos discursos inflamados e cheios de odio de muitos pastores. Num determinado momento, desliguei a fala daquele motorista. Eu o via, mas não o ouvia. Eu não o ouvia, por que ele falava demais. Ao distinto motorista, que ele persista em sua escolha.
Para muita gente, Deus tem muitos nomes. Um deles salvou Alex.

Boa, Alex.
Mas não deixe de ouvir boa música. Aquelas que você coloca no seu táxi deixam as pessoas tensas."

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