24.set.2014
Maestro: - Meu amor é como o ananás...
... Áspero por fora, mas gostoso e macio por dentro...
"Vc come comida macrobiótica?" disse, na hora da janta.
Quem vai te tocar depois da hora?
Tento me lembrar d tudo q ele queria dizer. Ouvir era pouco. Tentei eleger o q não esquecer. Mas transformou tanta, tanta poesia, cantou tanta história que me restavam companheirismo e muitas vontades.
Falou do sul. Da música q o levou, dos países que o recebeu. Das desilusões políticas mesmo ante a beleza da política q ali vivia. De como chamava as pessoas com sorriso e com calma pra entrar no ônibus. (Olhamos cansados para a falta d amor de nossos tempos. Olhei cansada pras vezes q me faltou amar.) Dos sorrisos doces q queria, já q lágrimas eram salgadas.
Entou orações de Caetano, de Gal, de Bethânia sem saber do rebuliço daquelas letras em mim. Apresentou um amigo de Angra. Continuou recitando cantos. Era como a vida deve ser: trocar do nada, d noite, tocando em tudo, de repente, com música, com poesia. Eram notícias do mundo de lá. Me dizia q eu estava melhor aonde estava hj. Q eu estava só começando. Cigano.
"Sou eu
Sete léguas de estrada,
Sete noites acordada,
Sete braços de mar
Sete léguas de estrada,
Sete noites acordada,
Sete braços de mar
Sou eu,
Sete sambas de roda"
Sete sambas de roda"
Lembrei d falar de tudo com paixão.
Perguntei se amava todas aquelas mulheres. Me disse q o amor mudava. Éramos coletivos: duas narinas, dois olhos, dois ouvidos...dizia o senhor. Amém.
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