quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Meu amor é como o ananás

24.set.2014

Maestro: - Meu amor é como o ananás...
... Áspero por fora, mas gostoso e macio por dentro...
"Vc come comida macrobiótica?" disse, na hora da janta.
Quem vai te tocar depois da hora?
Tento me lembrar d tudo q ele queria dizer. Ouvir era pouco. Tentei eleger o q não esquecer. Mas transformou tanta, tanta poesia, cantou tanta história que me restavam companheirismo e muitas vontades.
Falou do sul. Da música q o levou, dos países que o recebeu. Das desilusões políticas mesmo ante a beleza da política q ali vivia. De como chamava as pessoas com sorriso e com calma pra entrar no ônibus. (Olhamos cansados para a falta d amor de nossos tempos. Olhei cansada pras vezes q me faltou amar.) Dos sorrisos doces q queria, já q lágrimas eram salgadas.
Entou orações de Caetano, de Gal, de Bethânia sem saber do rebuliço daquelas letras em mim. Apresentou um amigo de Angra. Continuou recitando cantos. Era como a vida deve ser: trocar do nada, d noite, tocando em tudo, de repente, com música, com poesia. Eram notícias do mundo de lá. Me dizia q eu estava melhor aonde estava hj. Q eu estava só começando. Cigano.
"Sou eu
Sete léguas de estrada,
Sete noites acordada,
Sete braços de mar
Sou eu,
Sete sambas de roda"
Lembrei d falar de tudo com paixão.
Perguntei se amava todas aquelas mulheres. Me disse q o amor mudava. Éramos coletivos: duas narinas, dois olhos, dois ouvidos...dizia o senhor. Amém.

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