Grande polêmica:
"O protótipo do violador que ainda se desenha no imaginário coletivo, o sociopata do beco escuro, é consciente, e portanto clandestino, de estar cometendo um delito. Por outro lado, a agressão - de qualquer tipo que seja - de um marido, um irmão ou um amigo, acontece em segredo e amparada na privacidade, mas com um respaldo de parentesco ou familiaridade, com a confiança e a coesão, com a certeza da compreensão, a mediação ou o SILÊNCIO da comunidade. Isso não significa que haja aprovação coletiva de determinadas ações, mas sim a facilidade para omiti-las ou para, uma vez visíveis e inegáveis, priorizar a proteção e a reprodução da normalidade: que o pai continue sendo o pai, o irmão o irmão, o namorado o namorado (o amigo amigo, o companheiro companheiro)."
Texto escrito por Antón Corpas e publicado no blog mambo.pimienta.org, em 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário