De repente, acabou. Assim. E tudo. Demorou pra eu entender o fim.
Pensei: morri. Morreu. Morreu a vida que eu conhecia. Morreram os momentos infinitos que me desenharam e que me fizeram desfecho nessa que até então achava que era. Morreram pessoas que fiz minhas, em constituição de tempo que também achava meu. Perdi chão, perdi céu, perdi tempo. Pensei de novo: morri. MORRI! Por que, como faz? Como faz pra se viver quando se crê morta? Como se continua a partir do fim que grita como se derradeiro fosse? Como faz quando se perde identidade, e se passa a ser vácuo por dentro? Como a gente esquece a gente?! Como? De onde? Com o que se renasce? Com o que se reinventa? Como se vira outra depois que a gente já virou coisa nenhuma? Como?!
Tempo, senhoras e senhores. TEMPO. Tempo, com tempo cicatriza. Se cura, não faço idéia, porque ainda me sinto aberta. Carne viva gritante. Mas viva. E, quem diria, brincante e dançante! Sou sobrevida. Estou sobre a vida. Estou aqui. Ainda.
Feliz 2017. Porque, adivinha, 2016?! Eu não morri. ♡
Alexandra Montava no
(Amiga da galera, Williana)
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