Arthur e indicações e leitura anticapital
Indica:
- recomendo a leitura, por exemplo (entre muitos outros) do livro do Décio Saes sobre a formação do Estado burguês no Brasil que traça bem o que vem a ser a justiça em tais moldes.
- Mas sinceramente esta questão escapa da perspectiva pós-moderna por uma luta travada contra o marxismo negando a sua principal categoria: a totalidade. Se formos em busca de um debate teórico sobre isso temos aí pano pra manga e recomendo a leitura de Carlos Nelson Coutinho.
- Essa visão não pensa na superação do capital porque compreende que a naturalização do sistema é de fato real (e aí recomendo o livro do Mészáros para além do capital onde ele discute isso com muito mais propriedade obviamente), irreversível o que se dá pela parca compreensão dos mecanismos sócio-metabolicos do capital
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"Saquei, mano. Agora consegui compreender melhor e apesar de não ter qualquer acordo com esta visão acho válido o debate, pois o meu post para além de uma mera provocação suscita questões de fato concretas e contraditórias que é o que mais me interessa na verdade. Eu diria que essa é uma visão romântica no pior sentido do termo pois Lowy faz um bom debate sobre o caráter combativo do romantismo (e porque não liberal ou meramente reformadora em suas pequenas pretensões) da sociedade e de como podemos de fato transformá-la e caminha sem qualquer sombra de dúvidas aos descaminhos neoliberal. Essa visão mostra um profundo desconhecimento histórico das lutas e de como se empreendeu tais lutas na busca por uma sociedade de fato justa e aí teríamos que discutir o que de fato vem a ser justiça nas sociedades modernas, um debate muito profundo e não sei se dá pra fazer aqui, mas recomendo a leitura, por exemplo (entre muitos outros) do livro do Décio Saes sobre a formação do Estado burguês no Brasil que traça bem o que vem a ser a justiça em tais moldes. Mas sinceramente esta questão escapa da perspectiva pós-moderna por uma luta travada contra o marxismo negando a sua principal categoria: a totalidade. Se formos em busca de um debate teórico sobre isso temos aí pano pra manga e recomendo a leitura de Carlos Nelson Coutinho. De qualquer forma, essa visão colocada acima por você não discute uma questão central a meu ver que é a superação do capitalismo. Essa visão não pensa na superação do capital porque compreende que a naturalização do sistema é de fato real (e aí recomendo o livro do Mészáros para além do capital onde ele discute isso com muito mais propriedade obviamente), irreversível o que se dá pela parca compreensão dos mecanismos sócio-metabolicos do capital. Não se discute projetos de sociedade, formas de enfrentamento, história e sociologia, por exemplo, mas pequenas transformações moleculares, interiores, enfim, questões que vem sendo colocadas por diversos setores identitários principalmente com muita força desde a década de 60. Te indicaria a leitura dos situacionistas pra bugar aí a situação ainda mais, com todo respeito. Escapa a leitura dos autores revolucionários, por isso, não se compreende a sociedade e as intervenções consequentemente são absolutamente estéreis quando muito legalistas e vazias do ponto de vista da emancipação proletária. A visão materialista revolucionária marxista sequer entra em debate, mais uma vez acusando um profundo desconhecimento da história das lutas operárias. Por isso não se compreende o presente e por isso nos engendramos em relações de poder cada vez mais hierarquizantes."
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