"Átomos partículas elétrons protons neutros fotons
Tudo de verdade pra você
Que tem curiosidade
Tudo que você quiser saber

Órbitas satélites cometas vias lácteas
E buracos negros pra você
Que sente muita sede
Tudo de presente pra você

Todas as perspectivas bordas e derivas beiras

Todas as fronteiras pra você
Organizar o mundo
E todo mundo junto pra caber

Luzes de natal neons auroras boreais
Trios elétricos inteiros para o seu
Olhar de precipício
Fogos de artifício como eu

E beijos e abraços
Também bombons e flores
Carícias e amassos
De todos os sabores
Embrulhados com um laço
Azul e prateado
Que eu mesmo fiz
Só para fazer você feliz

(Azul e Prateado - Arnaldo Antunes)

"Talvez possa espantar
As noites que eu não queria

...
"Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder"

...

"se já perdemos a noção da hora
...
Meu sangue errou de veia e se perdeu"
...

"Sabia" com Chico...

Amo essas cores e a falta de qualidade q lembram fotos antigas. Hoje as pessoas terão memórias de fotos novas onde qualidade importa muito. Mas essas cores da tarde na casa da vó e do vô em Campo Grande é  algo que eu só lembro grande, vendo as fotos de nenem em 1998 já, por aí. Minha tia, minha avó cuidando da gente, certo que o clique era da minha mãe q adorava as imagens de família reunida. Essas fotos... são o que restou da gente junto.

Anotações sobre o Bhagavad Gita:

- Para esses povos, a morte não era eliminação. Era superação de um estágio a outro. Nada deixa de existir. Então é difícil quando vc faz a transposição de um conceito do oriente pro ocidente.

- Guerra
Hj em dia é destruição,  violência, jogo de interesses. Para eles guerra era atrito e uma necessidade dentro do universo manifestado.
Lá era algo cerimonial.

- Arjuna
. Representa o aspirante consciente.  Aquele q, nesse momento, percebe q tem dois mundos pelo contraste entre eles e que precisa fazer uma opção.
Ex: país é mães q reproduzem com os filhos a mesma forma q foram criados mesmo discordando dela. Pq é ruim, mas pelos menos é conhecido.
O medo de crescer e talvez a solidão. Ter q reconstruir o seu mundo.

. Ele percebe que pode optar entre os mundos da essência e da aparência. Para Helena Galvão,  seríamos o grau mais elevado que nossa consciência ousou subir (usando um conceito que não gosto de "evolução"). Quando o corpo morrer (entendi que ela o representa pelo quadrado) o que sobre é essa células que ascende e evolui que seria a "mônada", a célula do divino.
Mas aí já discordo. Porque o processo não é linear e a gente várias vezes precisa reaprender o q achou q

. Constituição  Setenária: 

Seríamos a soma do 3 (triângulo, tríade) que seria o espírito, com o 4, que seria o quadrado, como os gregos falam, personalidade. 

E no meio do caminho é onde está Arjuna. Pandavos [ver escrita] puxando pra cima e Kuravas puxando pra baixo. É  o campo de batalha do humano.

. KURAVAS: 

Definição: representa uma personalidade específica, viciada em dominar.

Explicações: A personalidade não  é  má  (gregos = persona, máscara q usamos pra vir ao mundo, não  é mau, é uma ferramenta), mas é acostumada a nos dar ordens e dominar a nossa vida.
[Fala do corpo como uma ferramenta].

E, no comando, ele surge cheio de vícios. Nascem as paixões,  os impulsos, desejos descontrolados. 

Se vc acha q vc [é corpo] as coisas boas são o que beneficiam vc. Se vc acha q vc é humanidade, as coisas boas são o que beneficiam a humanidade.* Conclusão: a consciência criaria valores conforme a sua identidade.
Então,  a personalidade não é má. Ela sofre desvalorização onde ela acha que ela é a única existente. Ela se considera.o centro do universo. 

Definição: são os defeitos, os vícios e que puxam toda a nossa atenção pra nossa personalidade. Ex: egoismo: achar q as coisas tem valor quando servem aos meus interesses particulares.

Ex:
Hipocrisia, orgulho, arrogância, presunção,  cólera,  rudeza, ignorância,  ira, preguiça,  egoísmo,  vaidade, preconceitos, medos, tristeza,  rancor...
Habitam nossa personalidade. Todos emanar iam do egoísmo (ela acha).

. PANDAVAS

. . Definição: todas as forças benéficas e positivas. Faz com q você sinta dor pela humanidade, sinta necessidade que sua vida sirva a algo maior e não só sobreviver. Ir além.

. . São vozes suaves em relação aos Kuravas.

. . Tradição tibetana chamada de "voz do silêncio" em relação a barulho da q os Kuravas fazem.

. . Guerra entre esses dois mundos.



- ARJUNA

. Seria o que perceberia a diferença entre esses dois mundos e que tem q fazer uma opção.

. Ex: o humano seria uma corda sobre o abismo, seria uma corda estendida entre o animal e o super homem (dois mundos). Um perigoso avançar. ....


 Medo de crescer: crio meu filho como eu discordo que fui criado porque é o que eu conheço.

 Arjuna faz opções.

. Aquilo que será,  encontra suas raízes no presente.

Nunca seremos Arjuna se não formos Arjuna agora. Se essa semente não estiver constantemente , distinguindo qual opçao nos leva pra cima ou pra baixo.

. Da mapa da (livro sagrado budista): heróico é aquele que vence não os outros, mas si mesmo.
Se brigo com algo dentro de mim, eu me confundo com o inimigo.
Quando o inimigo é o outro ninguém se confunde sobre qum é o inimigo. Se vence a mil batalhas externas.


- KRISHNA

. É a oitava aparição no mundo de VISHNU.
(Os principais discípulos de VISHNU hoje se chama **** (vaishnavas?).

(KALIUGA): Grande ciclo materialista no qual entra a humanidade após  a morte de KRISHNA (3.102 anos a.C.).  Era de ferro atual.

. Tradição indiana: vc teria q aprender a ser de ouro mesmo o mundo sendo de ferro. Porque se o mundo fosse de ouro, não seria mérito seu, Vc seria produto do meio.

Natureza varia entre fases d ouro e de frio para forjar o humano.

. KRISHNA:


. Dizem q no universo soa uma música o tempo todo (música das esferas) e a gente não reconhece porque ela não cessa.  Então precisa do contraste pra gente ter consciência.

. O humano tem q gerar dentro si a voz d KRISHNA pra perceber esse contraste. Tem que procurar o que tem de mais nobreve e elevado e comparar com o resto pra gerar xispa de fogo da consciência.



- As duas principais doutrinas do Bhagavad gita:
DHARMA E KHARMA


- DHARMA

. É  uma lei que chamá todos os seres em direção a uma unidade. Cada vez mais conscientes. Volta a casa do pai. Essa estrada que leva a consciência é o DHARMA.

Se se desvia da lei

- KHARMA


Todo sujeito está  sujeito a erros. Que é o desvio do Dharma que vai machucar porquanto sã d vc. (Tipo leis de newton no metafísico).

. Dente dói pra ser veículo d consciência

- Imortalidade da alma.
Arjuna está  sofrendo por ter que lutar contra seus parentes. KRISHNA fala q vai cumprir com o Dharma que o manda não estar mais aqui. Ninguém realmente morre ou nasce. As coisas nunca deixam de seguir.

. O jogo n é  real mas as suas virtudes sim. O q fica do jogo quando ele acaba é  a perícia que ficou do q vc aprendeu, e isso é  real. A vida tb vai desaparecer.

- Reta ação
Pra superar o mundo de ilusões é  através da reta ação.  Tem q querer algo real. Nobre octuplo caminho é  a mesma coisa. Não o resultado da tua ação mas sim a forma como se a faz. Pela forma como agir. Resultado é ilusório e tem pouco valor prático.

Definição : busca a maneira como vc atua e não os frutos da sua ação.
Um dia a reta ação  será  tão completa que o humano não deseja mais nada além de ser humano.





- Vídeo: Bhagavad gita -
https://youtu.be/FYqJ5fwR4Ps

Falar de amor é fácil
Difícil é fazer.

Falar que fez amor é fácil
Difícil é fazer.

Falar que é amor
é fácil
Difícil é ser.

Se orgulha de ter amado
Não por deixar de amar
Defende uma ideia de amor
Que não se sustenta
Não adianta avisar.

Acredita no que acha
Não no que faça.

Se embeleza de achar.
S.
.
(São maiores os recursos das montagens do que só dá escrita. Ficaria aqui o dia inteiro amando compor como artista. Mas fica limitado quanto mais a gente deseja. Quero meu PC d volta e seus programas simples pra editar.  Ainda não aprendi a editar vídeo.  Me sinto pra trás nas coisas que seu q amo fazer sem ter feito ainda! ♡)

(1)
Minha trança
Meu terço
Q rezo pelo meu corpo
Pela minha terra
Pela terra do outro
Pelo outro corpo
Até desterçar
Todo povo

No momento mais sensível
Sinto cada dedo
Respiro, enquanto toco o cabelo
Falta palavra rezada
Cada ritual não vendido
Nativo
Q preciso
Q desconheço
Que chamaram índio

Se me dói o braço
Encontro meu limite
D não conseguir continuar em mim
Inventam uma cura
Estrangeiros astrais
Imagino a chuva
...
Ou a barragem
Q levou a casa
Q levou a vida
Vale!
Enquanto a Coca Cola
Todo verão vibra
Carnaval vai, vai.

Cura não é algo individual
A cidade inunda todo ano
A gente ainda acha normal
Culpa o lixo e não o canal
Política marginal.

Conexão
Cabeça,  genitalia,
espírito, coração
Natural, universo em expansão

Mas se a natureza cobra
Não sou mais natural, não.
Só quero o que eu quero
Só alegria, pureza, e conforto.
Aí parece q, assim,
O dentro sou eu preso
Dentro de mim.

Que voltemos ao seu ritual
Natural
.

(Parte 2)

Voltemos ao ritual
Sem sangue
Natural
.
Mas
Mais prédios são feitos,
Mais gente sem casa,
Mais alto os preços,
Mais terras concentradas
O Estado disfarçado de direito
quem manda na pátria é o DINHEIRO.
.
Quero me regenerar
Mudar o jeito de ser
De morar
Todos os bichos respeitar
Me purificar.
.
Mas que meditação
Não ignora o pobre?
Fazendo da sua vida uma sorte?
Que oração ESCOLHE antes da fome
Que não agradece só a deus
Mas salva o campo
Quando INEVITAVELMENTE come?
Quem é que sabe
De onde vem o que COnsoME?
.
É  prático
É  rápido
Só quero o que tem no mercado.
.
Seu sábio pode ser famoso
Mas vc precisa saber também:
Como, de onde, e quem.
.
Todo dia, todo dia
A gente caga na água
Que precisa beber
A gente faz virar lixo
O resto do alimento
Que n volta pra terra
Por causa do cimento.
A cidade vai enchê.
depende de você.
.
Alguém ri ao fundo
Deforma teoricamente
Qualquer escape da cidade
Velha era Esquerda
New age na universidade.
Mestras e mestres são confundidos
Com superheróis e títulos.
.
Medito
Mudo meu chão
Comunidade com intenção
Aperto a mão do produtor
Antes da oração
Ensino, aprendo, criança, criação.
.
Piquete no palácio
O que você faz todo dia
É revolucionario.
.
Não é saber como fazer
É  desejar
Tentar
Entender que não existe
Dentro sem fora.
Se aproximar
Até cair da terra plAna
.
Eu peço, eu agradeço
Pela beleza dos meus limites
Pela chance do autocuidado
Pelo teto inabalado
Pelo amor a mim e ao próximo
Que o nosso amor divino
Torne o povo
E todo dia sagrado
.
Na medida em que me curvo
E desejo em ato
Um mundo sem agrotoxico enricado
Agráriamente reformado
Onde quem rouba milhões
Não valha mais
Que pobres cortados.
.
Medito
Uma terra
Um Rio.

S. 

Relevo, contorno, lua
.
Se deus existisse, ele não teria que dividir seu tempo com o diabo. Se deus não existisse,  certamente a lua voltaria a ser outra deusa. Pela sua presença,  pela sua bondade, pela sua fúria estática,  pela sua beleza independente de maldade. Enquanto o sol sai, ela zela, voltando o sol pra noite, pra dentro da janela. Toda luz q falta na cidade  lembra ela. A luz da cidade apaga a noite. Não acende a noite como ela. No campo quando ela não está, o escuro ainda é mais seguro que na cidade uma clara viela.
.
Se deus existisse ele seria a única testemunha do sacrifico q é manter esse corpo sem dor. Manter um corpo sem dor pra ser mais feliz comigo e com os outros. Pra ter mais paciência com a dor do outro. Sem dor é mais fácil de entender q a minha dor não é maior q a dor do outro. Todos os dias antes da pedir, eu pergunto: como vc está? Todo dia depois de acolher alguém na minha vida eu quero dizer: como eu estou. Venha só se for pra ser mestre tb. Venha pra trocar. Q mestre q só ensina é  charlatanisse cara. A gente não precisa mais perder tempo achando q beleza não  vem de dentro.
.
 Como deus não existe preciso da raiva pra sair da inércia e aprender a sair dela quando a raiva não veio, porque o encanto ainda estava se separando do engano.  Preciso da calma e da tristeza pra tomar decisões melhores. Preciso da felicidade pra receber todo esse amor q vem chegando, q eu cultivo,  q eu quero merecer tanto.
.
 Relevo de relaxamento.  Tarsila contornos.  Surgindo da noite enluarada, desenho, fotografa, testa, nariz,  sorriso no meio, uma garganta falante, entre seios . Seios do rosto, seios do peito, tão desejados pela criança q queria ser mulher. Dedos da mão,  dedos do pé, q perde a graça infantil pra defender e ser protegida quando não dá pé. Joelhos q apontam ao mesmo tempo, pro sorriso do início e pro fim do corpo.
Sem a lua não teria tido tanta epifania. Ela emoldura simples e momentâneas alegrias.
.
Além d tudo, mais alguém pra dividir, essa casa,  esse corpo. As pernas fazem a forma d um coração louco.
.
Amar o que tem de amor.
Lua e rede. Rede, essa barriga de mãe.  Lua, esses olhos d universo!