Carta vertical
não queira palavras juntadas de saudade
Ela esculpe, canta, escreve
mia
não para.
Principalmente quando não tem palavras.
Assovia, rola, esmaga.
Assombra a luz com a madrugada.
Parte de mim todo esse beijo
sem meio, sem fim.
só o começo.
Não chega
até o embalo dos próximos carros.
Parte de mim
parte afastada d mim
a espera calmamente vai somando as partes que prova
em nevasca
no labirinto do espaço, do tempo
depois de uma semana se segundas-feiras
talvez venha,
talvez sexta.
Desencontro d sonos
parte do que sonho
sem passar por você
dentro do caminho do fundo do fim do dia: a noite
durmo
sem poder sonhar tudo.
(recantando um verso de Buarque, com você e eu)
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