quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ocupa Telerj



"Urgente: 
Os desalojados do prédio daTelerj/Oi que estão ocupando a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro (Av. Chile) necessitam de doações, os alimentos acabaram, agora temos fogão para cozinhar no local. 
Segue a lista, por favor, compartilhem, toda e qualquer ajuda é bem-vinda, o alimento está escasso:
Bujão de gás
Feijão, arroz, macarrão, legumes, temperos, óleo, sal...
Pães e biscoitos
Leite
Água
Frutas
Xaropes para tosse adulto e criança
Luvas para limpeza
Desinfetantes
Copos descartáveis/ talheres
Papel higiênico
Toalha para banho
Sabonete infantil
Calcinhas e cuecas para adultos
Lonas para chuva/barracas
#telerjresiste
----------------------
'O Pequeno Polegar'na Ocupação Catedral, Desabrigados Telerj/Oi
Foto: Glaucy Fragoso"

Malvadinho - boas notícias



https://www.facebook.com/photo.php?fbid=684439588286660&set=a.551837591546861.1073741828.100001618755588&type=1&theater
"O bicho tá pegando no centro de Niterói!!"
Via Sabrina 
Há 9h atrás..

Tono Música

"Lá vem você 
Com essa luz
Me faz 
Arder a tez"

(Mumúrios - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/murmu-rios 


"E todo o mal que perfura o mundo eu mando longe pro beijo ir fundo
E todo o amor que está escondido
Todos atrás desse fugitivo
Mando um beijo leve pra você
E nele vai algo do meu respeito
Assim dissolvo o que não foi direito
E todo o mal que nos perfura
O mundo eu mando longe que é pro beijo ir fundo"

(Leve - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/leve


"Nem sempre é possível mas pensar que é possível
Deixa o impossível fora do lugar
E talvez necessária seja a busca do silêncio
Passageiro que transporta o nosso olhar
Eu toco, toco, toco no seu coração com o meu bisturi de almas até te rasgar"

(Tu cá Tu lá - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/tu-ca-tu-la

"Trouxe ilusão demais
Gosto do que me traz
E como sereia vem pra salgar
...
Fundo pude respirar"

( Sonho com Som - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/sonho-com-som

"Tudo até agora foi você quem mandou do futuro"
(Do Futuro (Dom) - Tom Musica)
https://soundcloud.com/tonomusica/do-futuro-dom


______________________________________________

Músicas na íntegra:



"Uh

Diz o coração
Uh
Navegando só
E nu
Onde não tem cor
Sol
Não parece haver

Lá vem você
Com essa luz
Me faz
Arder a tez

Uh
Peço pra descer
Uh
Diz a solidão

Até você
Chegar
E inundar
Com seu

Amor"
(Mumúrios - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/murmu-rios 


"Mando um beijo leve pra você

E nele vai algo do meu carinho
Mais lembrança que se tem sem som
De alguma forma vai abrir passagem
Noutro tempo outro plano então

Mando um beijo leve pra onde você quiser
Pode levar pra viagem
Quem sabe pode ser útil
Só de mandar já recebo
O prazer de poder dar algo que não seja fútil

E todo o mal que perfura o mundo eu mando longe pro beijo ir fundo
E todo o amor que está escondido
Todos atrás desse fugitivo

Mando um beijo leve pra você
E nele vai algo do meu respeito
Assim dissolvo o que não foi direito
E todo o mal que nos perfura

O mundo eu mando longe que é pro beijo ir fundo"
(Leve - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/leve


"Nem sempre é possível perceber o infinito como algo em que se possa tocar

Mas talvez acessível seja a busca do profundo
Precipício imprevisível que há
Nem sempre é possível mas pensar que é possível
Deixa o impossível fora do lugar
E talvez necessária seja a busca do silêncio
Passageiro que transporta o nosso olhar

Eu toco, toco, toco no seu coração com o meu bisturi de almas até te rasgar
Ele te toca, ele te toca e eu ataco tudo taco com o toque leve até nos levar

"Tu cá tu lá"
Com a voz que vem
Perceber tudo além

"Tu cá tu lá" sem se perder da essência que se tem"
(Tu cá Tu lá - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/tu-ca-tu-la


"Como uma flor veio cair por cá

Planta fez casa de porão altar
Trocamos os passados
Trocamos presentes também
Trouxe ilusão demais
Gosto do que me traz

E como sereia vem pra salgar
Canta, me levou pra concha do par
Trocamos as escamas
Trocamos uns beijos também
Fundo pude respirar
Me perco nesse mar

Componho nela
Sonho com som

Recomponho-me pra despertar"
(Sonho com Som - Tono Música)
https://soundcloud.com/tonomusica/sonho-com-som


"

Pra você sair

Foi como explodir
Lembro que nasci
Pra você sair
Foi como explodir
Lembro que nasci
Pra você sair

Seu futuro que determinou tudo
Foi o seu futuro que mudou tudo
Tudo até agora foi você quem mandou do futuro

Você pensando
Sem parar em si
Separar de mim
Você pensando
Sem parar em si

Foi o seu futuro que mudou tudo
Seu futuro que determinou tudo
Tudo até agora foi você que inventou do futuro

Seu futuro que determinou tudo
Foi o seu futuro que mudou tudo


Todo meu passado foi você que inventou no futuro"
(Do Futuro (Dom) - Tom Musica)
https://soundcloud.com/tonomusica/do-futuro-dom

Saudade

Saudade

Saltasse
Separasse
Disfarçada
Saísse
Saudade

(meu celular)

E depois de cinco tentativas de digitar a palavra saudade no celular, sendo-me sugerido pelo corretor de texto essas mudanças acima, percebi que meu celular é um poeta dadaísta.

(Por Fernando Reis)

domingo, 13 de abril de 2014

Gaiola

Estava lá você
fiz um corpo em volta
tu era meu coração (!)
preso na gaiola
q sou

Vou
por manhãs
libertando passarinhos
vejo vc
preso em mim
sem pena.

Um dia a gente chora
enquanto desmonta
uma história.
Fui libertando vc
do meu corpo em torno.
Enciumada q estava
das nuvens que iam embora
com o dom de renascer
de várias formas.
Livres
com outros limites
que não fossem
t prender aqui.
Que fosse
ficar
se...

Gaiola
aberta portinhola
que o vento não fecha
mas a mão se controla.


Ferramentas!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chave_(ferramenta)



Existem diversos padrões de cabeças de parafuso e ponteiras de chaves como:
Outros tipos:

Insistência e destino

Me vejo insistindo nas mesmas atitudes q já deram errado! Só q deu certo!  :)

Lição do dia!

sábado, 12 de abril de 2014

Casal Gay adota 5 filhos

Sobre o abrigo:
"A filha mais velha, Camila, que tinha 7 anos quando foi adotada, recorda do tempo. ´abrigo era muito ruim. As pessoas que cuidavam da gente não estavam todo o tempo, porque aquela não era a casa delas. Então a partir do momento que fui viver com os meus pais, nossas vidas mudaram para sempre. Para melhor, é claro´reflete."


Sobre família:
"Leandro e Miguel vivem juntos há nove anos, e a união foi oficializada em maio de 2009. Antes do casamento, em 2007, o casal começou a procurar na Justiça o direito da adoção. Leandro comenta que, de inicio eles queriam dois filhos, mas ao conhecerem os cinco irmãos, os planos precisaram ser trocados."


De onde você é?
O que esperam de você?

" “Graças a Deus ninguém tem preconceito deles por serem filhos de um casal de homossexuais. Amigos deles vêm aqui em casa, a gente vai à reunião de pais, até mesmo o batizado na Igreja Católica a gente conseguiu para todos! "

Novos conceitos:
Acho q com a união homoafetiva fica bem claro q falar "pais" não esclarece o papel da mãe numa relação, né? Não por acaso, posto q a língua sempre subentende o sexo feminino e coloca tudo no masculino. Coisas d uma sociedade machista! Estou tentando mudar...
Agora que "pais" "pode significar" dois homens, acho melhor falar "pai e mãe" quando se tratar d um casal de homem e mulher e "mães" quando se tratar de um casal de duas mulheres...
Agora, quando tivermos um filho e uma filha, tb não rola dizer q temos um casal porque casais hj em dia, graças a Deus, podem ser homo! Eles nunca deixaram d existir, né? Só estão sendo reconhecidos! :)
Quem estiver mas a frente no debate, manda a letra!




http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2014/04/casal-gay-que-adotou-cinco-irmaos-deve-lancar-livro-sobre-familia.html

terça-feira, 8 de abril de 2014

ECA, ABRIGOS E SUBJETIVIDADES

ENTRE EFEITOS E PRODUÇÕES: ECA, ABRIGOS E SUBJETIVIDADES 



Maria Lívia do Nascimento 
 Universidade Federal Fluminense – UFF - Brasil 
Alessandra Speranza Lacaz 
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES - Brasil 
José Rodrigues de Alvarenga Filho 

Universidade Federal Fluminense – UFF - Brasil


"O discurso predominante nas entrevistas nos falava constantemente da permanência de
práticas referentes à lógica de internação nos abrigos. Isto é, apesar de o ECA ter sido
promulgado no ano de 1990, a proposta se encontra distante da realidade dos abrigamentos,
abrindo espaço para pensarmos que o abrigo tem sido um dispositivo tanto protetor quanto
violador dos propalados direitos da criança e do adolescente, já que, apesar de protegê-los de
situações que causam dano, infringe a lei por outros percursos. Alguns pontos importantes
como a separação de grupos de irmãos, o trabalho de reintegração familiar, de convivência
comunitária, entre outros, são difíceis de ser colocados em prática quando outras questões
como a sexualidade, a separação por idade e sexo, a resistência de vizinhos em ter uma casaabrigo
nos arredores de suas moradias e a falta de equipe entram em cena. A lei, portanto, não
deu e não dá conta de mudar a multiplicidade de práticas que se configuram num plano micro
do cotidiano, e, muitas vezes, permanecem ainda arraigadas e atravessadas pelos processos de

trabalho que eram exercidos nos complexos de internação."

"Diferentemente, na sociedade disciplinar o exercício de poder não está localizado nas
mãos de um soberano, mas circula por toda a sociedade. As punições não são mais violências
ou torturas cometidas contra o corpo de um condenado. Como aponta Foucault (2004), na
nova economia punitiva surgida na Europa em meados do século XIX, a punição torna-se,
através da instituição da prisão, uma privação de liberdade. Se alguém comete um crime, não
paga sofrendo um suplício, mas é punido com a pena de ter sua liberdade cerceada através de
seu encarceramento numa prisão."

"No que concerne especificamente ao contexto da América Latina, vivemos o momento
em que um “senso comum punitivo” (BATISTA, 2003) paira sobre nossa sociedade. Por esse
viés, há um clamor público por punição e, ao mesmo tempo, há uma judicialização4 das
relações sociais. É como se a punição se transformasse na nova panaceia que solucionará
todos os problemas da sociedade. Dessa maneira, movimentos de “lei e ordem” ganham, cada
dia, mais força (WACQUANT, 2008).
Nesse sentido, a lógica punitiva que paira sobre nossa sociedade se faz presente,
também, nos abrigos. Os entrevistados expressaram o quanto se sentiam ameaçados pelo
Ministério Público (MP), que age de forma bastante punitiva sobre os técnicos e educadores,
em constante vigilância de suas práticas. Por sua vez esses profissionais, de forma encadeada,
incorporam esta lógica da punição em suas relações com os abrigados e de maneira repressiva
e coercitiva vão, muitas vezes, definindo um cotidiano autoritário e ameaçador no interior dos
abrigos. Um exemplo dessa hierarquia de controle aparece nas falas que narram os episódios
de brigas entre os abrigados. Dizem os entrevistados que pairava uma constante preocupação
com essa questão, já que as brigas podiam produzir marcas, machucados que configuravam
punição imediata do MP à equipe.
Ainda analisando a capilarização da lógica punitiva no interior dos abrigos, é possível
dizer que os educadores se veem sem ferramentas para administrar o cotidiano e, dessa forma,
vão criando maneiras cada vez mais sofisticadas, mais invisíveis de castigar. Por exemplo,
dando preferência a uns e não a outros para certas situações, demorando a fornecer remédios e
material de higiene pessoal (que na maioria das vezes fica sob controle dos educadores), ou
ainda não permitindo visitas da família."

"No entanto, nem todas as entrevistas apontaram situações punitivas dessa ordem.
Foram também apresentados discursos que indicam escapes a um modo único, instituído de
abrigo. Em duas das entrevistas, os profissionais falam da ocorrência de assembleias com
participação das crianças, adolescentes e funcionários nas decisões da casa. Referem o uso de
tal dispositivo como um espaço democrático de conversas e discussões que determinavam o
funcionamento da casa, mostrando a possibilidade de se criar estratégias que escapem à lógica
de controle e punição.

Mas é uma experiência assim muito boa quando você começa a construir um espaço
onde dá direito de voz a todos e não só a um grupo, só às educadoras ou só à equipe
técnica, mas quando você tenta fazer com que esse espaço seja todo tempo avaliado
por todos os atores que estão ali dentro. É o ator que está ali dentro, não são só os
educadores e os meninos, mas é o vizinho, é a escola, são os voluntários, quer dizer,
cada pessoa que está envolvida direta ou indiretamente com aquele espaço, com
aquele abrigo. (...) Consegue ver ou fazer com que a criança passe aquele período no
abrigo da forma mais digna possível: dando direito de voz a ela. E o direito à voz é o
direito de querer ficar e de não querer ficar também, de querer sair do abrigo. Então,
eu sempre falei com as crianças e com os educadores que isso aqui não é uma
prisão, aqui é um espaço de acolhimento, onde o menino tem que estar aqui porque
ele gosta. Porque na hora de ir para escola, ele vai para escola sozinho. Ele tem que
ir para escola e tem que voltar para o abrigo (fala de um entrevistado).

Um segundo ponto de análise, que não se descola da lógica de controle mais
sofisticado anteriormente discutido, mas, ao contrário, faz parte dela, diz respeito justamente à
medicalização e à psiquiatrização das crianças e adolescentes abrigados. Em uma das
entrevistas, a psicóloga diz que todas as adolescentes abrigadas estavam sendo medicadas e
acompanhadas por psiquiatras. Todas tinham diagnósticos de transtornos.

Era tanta medicação, tanta medicação que os educadores tinham que dar, que eles
começaram a se perder. Era tanta menina, tanto remédio, que a gente bolou um
quadro, esquemático, “fulana, tal hora, tal remédio”, pra elas conseguirem visualizar
e não perder a hora do remédio dela, de tanto remédio que era (fala de um
entrevistado).

Eu comecei a perceber, nos meus últimos períodos de abrigo, que muitas meninas
estavam sendo encaminhadas para serviço de saúde mental. (...) E, elas começaram a
entrar nesse rótulo de paciente psiquiátrico. Eram muitas, por conta das brigas que
rolavam lá dentro, elas agressivas, era surto, eu lembro dos prontuários de lá...(...)
todas surtavam todos os dias lá, todo dia uma surtava, e era pegar lençol e amarrar."

"Narrativas como essas estiveram muito presentes nas falas dos entrevistados e
chamaram a atenção pela proximidade com o discurso da falta de controle e domínio que os
educadores e técnicos sentem diante de situações cotidianas como as de expressão da
sexualidade (namoro, sexo, gravidez), agressões entre os abrigados, evasões, insubordinações
e desobediências. Se as formas de controle têm se tornado mais sutis, como afirma Deleuze
(1992), no espaço dos abrigos a medicalização tem sido um dispositivo dos mais eficazes
nessa direção.


"A medicalização não é um processo presente somente nos abrigos. Faz parte de um
movimento historicamente construído na relação entre a medicina e a sociedade. Ao longo da
modernidade, o saber médico foi se capilarizando pelas práticas cotidianas, criando
dispositivos de higiene e prevenção cada vez mais presentes em nossas vidas. Hoje a
medicalização pode ser entendida como um desses dispositivos, usado como técnicas de
aprisionamento dos corpos, controlando-os de formas cada vez mais sofisticadas, como é o
caso do uso de fármacos.

É um aprisionamento de qualquer maneira, sai do perfil do abrigado e entra no perfil
do paciente psiquiátrico, não consegue sair disso... (fala de um entrevistado).
Nessa dela brigar muito, começaram as internações, por ela ser muito violenta. Ela
começou a ser levada para o D. Pedro II. Na primeira internação já virou paciente
psiquiátrica, passou a tomar remédio controlado, e tudo que ela fazia era motivo
para ser levada para o Pedro II. Ela começou então com uma história de internação.
Foi a fase que ela ficou mais calma, mas que acabou com ela, porque ela tinha esses
momentos de agressão mas era também muito criativa, muito engraçada. E isso foi
derrubando ela. Eu a vi outro dia na rua, ela estava cronificada (fala de um
entrevistado).

O terceiro ponto de discussão proposto pela análise das entrevistas diz respeito à
produção de corpos tutelados nos abrigos, isto é, à construção ou não de um trabalho que vise
à autonomia dos abrigados, especialmente dos adolescentes. Sabemos que, apesar do ECA
colocar o abrigo como provisório, muitas crianças e adolescentes ficam até os 18 anos.
Quando saem, se deparam com a situação de não terem onde ficar e não estarem preparados
para o trabalho, isso porque, no tempo em que ficaram abrigados, foram excessivamente
tutelados e aprisionados num modelo que os define como não qualificados para gerir suas
próprias vidas. Em muitos dos relatos, roupas, materiais de higiene que contivessem álcool,
brinquedos e até presentes ficavam sob a guarda dos educadores, tirando a liberdade e a
autonomia das crianças e jovens para cuidar de seus objetos e fazer escolhas. Ir sozinho para a
escola, namorar, escolher uma profissão, comer em horários diferentes dos outros, negociar
isso de alguma forma, muitas vezes parece um problema para os coordenadores e educadores
dos abrigos, tornando ainda mais complicada e tensa a convivência.

Elas iam para escola acompanhadas, na Kombi. Nós enchíamos a Kombi e ia a
galera toda, o que era um sofrimento para elas, elas pediam muito para o motorista
parar antes da entrada da escola. Elas odiavam aquela Kombi (fala de um
entrevistado).
Tudo elas faziam acompanhadas, nunca saíam sozinhas. Só as que estavam no
abrigo há muito tempo que às vezes iam ao mercado ou pediam para ir a algum lugar. 
Elas adoravam, pediam para ter algo para fazer na rua, mas a regra do abrigo
era sempre sair acompanhada, em eventos, tudo... (fala de um entrevistado)."

"Como vimos na fala de um entrevistado referindo-se as
crianças abrigadas: “tudo elas faziam acompanhadas, nunca saíam sozinhas”. Nesse caso,
apesar de as crianças gostarem e pedirem para sair sozinhas, as regras instituídas no abrigo
impediam as mesmas de experimentar a liberdade e autonomia de andarem sozinhas pelas
ruas e escolherem, também, por onde andar."

Su: Sou obrigada a comentar q é arriscado. As relações de proximidade não se estabelecem como em uma família. Há crianças que se envolvem com o tráfico ou evadem. Como dar conta de todos esses casos?

"Por outro lado, os modos pelos quais os abrigos funcionam tem relação direta tanto
com a dinâmica de forças que atravessavam nossa sociedade no momento da construção do
ECA, impondo determinados contornos à sua elaboração, quanto com a maneira pela qual
suas determinações legais são exercidas diariamente. Colocar em análise o funcionamento dos
abrigos significa, também, problematizar a sociedade na qual os mesmos emergem."

"Parece-nos que o melhor modo de pensar essa questão é entender que existe uma
construção subjetiva instituída, que torna os abrigos como locais de tristeza, de desafeto, de
abandono, de vidas fracassadas. Ao nos perguntarmos sobre essa subjetividade hegemônica,
que implanta a crença em destinos pré-construídos para os abrigados, não podemos deixar de comentar sobre a construção histórica do que é entendido como “cuidado correto de crianças”.

Com a ascensão do modelo burguês de família, esta se tornou o lugar obrigatório, eficaz e
desejado de “proteção à infância”. É somente nela que a boa criação pode ocorrer. É somente
no seio desse “ninho de amor e cuidado” que o sujeito pode se desenvolver adequadamente.
Mas se nos pautamos em uma análise histórica, nada disso nos parece evidente e natural.
Podemos, pois, enunciar que a proteção, a família, o bom desenvolvimento infantil são
construções sociais surgidas no Estado moderno, no século XVIII, com as novas
configurações da família burguesa e a implantação da ordem jurídica, sobretudo no que diz
respeito às determinações legais sobre a guarda de crianças."


Fonte:
online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/download/1521/1315

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Leminski - Até só restar...

"apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme."


Leminskiando...

Ovo da ditadura



https://www.facebook.com/jornalanovademocracia/photos/a.288492381220437.66632.187051701364506/627693470633658/?type=1&theater

Negro são...

Como as coisas mudam...



Fonte: Movimento Pro-corrupção
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=636192019780305&set=a.379062355493274.80330.373717796027730&type=1&theater

Para mim São as Pretas se amando

"O sistema que oprime
Dita, Reprime e Obriga
A não aceitação é frequente
O espaço é branco e excludente

Os olhares se misturam
Repreendem traços fortes
Coisificam as Mulheres Pretas
Á Elas somente a morte

Mas, a cada dia que vejo
Uma Preta se renovando
Uma transição aflorando
O que para muitos é estética

Para mim São as Pretas se Amando!"
(Mukami)

ô Orgulho de chama-las de Irmãs.

ô vontade de abraçar cada uma de vocês!




Fonte: Mora Mukami
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200660133184722&set=a.1546682245967.62149.1802373299&type=1&theater

Óleo da Maconha importado legalmente - Epilepsia

Cadê os moralistas d plantão pra falar mal da maconha, agora?????

Nunca vou esquecer d um policial querendo dar dura na galera q ele achou q tinha maconha na praia..... depois pediu PROPINA pra ir embora...... polícia não serve pra estancar NADA! Falso poder das forças armadas!!

E nem a droga em si é o problema!

É SEMPRE O USO!!! TEM MUITA DROGA LEGAL FAZENDO MUITO MAIS MAL SÓ PORQUE "PODE"!

Vamos proibir geral ou discutir o uso???

Eu tb faria qualquer coisa! Qualquer coisa! Se eu soubesse o q fazer....



Bandido bom é bandido morto? - Policiais que arrastaram a moradora assassinada na favela

"Os justiceiros não amarrarão pq p/ eles a morte de um indivíduo, mulher, negra, de renda baixa, morta da forma que foi, é menos revoltante que perder o iphone ou a bicicleta. E tb pq eles não são bestas de se meterem com a guarda de uma das maiores máfias desse país, o governo. (:"

Não que queiramos d fato q os justiceiros ajam nesse caso, mas sim apontar a contradição: é óbvio q os justiceiros, covardes, só reagem contra os fracos! E só são incitados por outros alienados como Raquel Sheherazade contra os fracos!
Fico imaginando o q essa magnânima diria agora...




Fonte: Anarquia Carioca - A Arte da Resistência
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=276174885881769&set=a.222691967896728.1073741827.222690327896892&type=1&theater

Sergio Vaz - Aí recitei Racionais...

Na Fundação Casa...

- Quem gosta de posia?
- Ninguém senhor.

Aí recitei Negro Drama dos Racionais.

- Senhor isso é poesia?
- É.
- Então nóis gosta.

É isso. Todo mundo gosta de poesia. Só não sabe que gosta.

Sérgio Vaz



Fonte: Poeta Sérgio Vaz
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=622126414533446&set=a.355610741185016.85667.354571867955570&type=1&theater

Leminski - sossegue coração...

sossegue coração
ainda não é agora
a confusão prossegue
sonhos afora

calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa

(leminski)

Mulher pra casar, mulher pra cama...

Hipocrisia. 
Se vc " É respeitador" pq q qualquer relação sua não tem respeito? Se relacionar com alguém q vc não é capaz d respeitar te faz não ser respeitador! 
Se vc se relaciona com alguém q olha com desprezo, pq o problema é dela? Quando um não quer, dois (ou mais) não se juntam!
Pq ao invés d colocar a culpa na mulher, não olha p vc e vê a sua incapacidade d respeitar?
É o outro q vai t dizer como agir?
Se fizermos acordos q somos capazes d respeitar, não haverá moralismo: haverá o encontro saudável d morais diversas. E um aprendizado infinito.
Tanto a santa vai ser a mulher q goza, qnto a diaba vai ser a mulher amada. E vamos parar d julgar o mundo em santas e diabas, libertando a mulher, o homem, as pessoas, o amor e o sexo d amarras meramente burocráticas!

Provas d amor não garantem amor.
Mt sexo não garante felicidade e nem performance.
Ser feminina/o ou masculino/a não garante caráter.

Por um mundo melhor ao invés da gente se encaixar num padrão pra supormos q somos felizes!




Fonte: SPMulheres
https://www.facebook.com/SPMulheres/photos/a.292379784131642.62988.289411781095109/659037880799162/?type=1&theater

Estatísticas enganam...



Fonte: O Pintinho
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=788009871233681&set=a.730369283664407.1073741825.203348649699809&type=1&theater

Quatro anos após tragédia, moradores do Bumba cobram casas populares

Quatro anos após tragédia, moradores do Bumba cobram casas populares


  • 06/04/2014 15h35

Rio de Janeiro - Após quatro anos da tragédia no Morro do Bumba, em Niterói, sobreviventes se reuniram hoje para lembrar as vítimas e cobrar a construção de moradias para os desalojados (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Passados quatro anos da tragédia que vitimou dezenas de famílias no Morro do Bumba, em Niterói, que veio abaixo depois de fortes chuvas, sobreviventes se reuniram hoje (6) para lembrar as vítimas e cobrar a construção de moradias para os desalojados. Na praça erguida aos pés do morro, em luto, famílias com crianças pediram prioridade na divisão das casas populares. Também denunciaram problemas estruturais nos imóveis entregues pelo governo do estado.
A diarista Leandra Maria de Oliveira deixou sua casa na noite da tragédia, em 2010. Morou em umalojamento do Exército até janeiro deste ano e diz que não desistirá da casa própria. “Não queremos ficar no aluguel social. Queremos nossa casa. Afinal de contas, todo mundo aqui tinha uma casa antes disso acontecer”, disse. Com cinco filhos entre 5 e 19 anos, Leandra só conseguiu alugar uma casa em janeiro. Ela complementa o aluguel social do governo do estado com a quantia que a prefeitura passou a pagar para esvaziar o alojamento.
A antiga moradora do Bumba, Marta da Silva, que mora com cinco netos, também está na fila por uma casa própria. Ela fiscaliza dia a dia cada avanço nas obras do Conjunto Habitacional Zilda Arns, do Programa Minha Casa, Minha Vida, que deveria ter ficado pronto há cerca de um ano. Dois dos nove prédios do conjunto precisaram ser demolidos por problemas na fundação e ainda não foram reconstruídos. A Caixa Econômica prevê a entrega definitiva no fim de 2014.
“Eu, minha filha – que não recebe aluguel social porque na época morava comigo– e meus netos moramos em uma área de risco aqui perto. Cada vez que chove é um desespero, a gente não dorme, passa a noite vigiando”, disse. Marta quer saber porque ficou de fora dos critérios de divisão de imóveis e cobra agilidade da prefeitura. "Recebo o aluguel social de R$ 400 e não encontro lugar seguro para ficar”, revelou.
O presidente da Associação de Vítimas do Morro do Bumba, Francisco Carlos Ferreira, diz que mesmo as casas novas entregues pelo governo do estado têm problemas. “Dois anos se passaram [da entrega] e já estamos fazendo reparos nas rachaduras internas e externas nos cinco prédios”, disse. Os apartamentos do conjunto em Viçoso Jardim, que aloja 180 famílias do morro a poucos metros do local da tragédia, tem rachaduras e infiltrações. A Secretaria Estadual de Obras informou que, após uma vistoria, identificou problemas no acabamento de algumas unidades, que já estão sendo corrigidos. 
Os moradores do Bumba, morro erguido sob um antigo lixão, também querem indenizações pela tragédia. Segundo o presidente da associação, o Estado foi omisso ao permitir e incentivar, com a construção de infraestrutura, a ocupação do morro por cerca de 1,7 mil pessoas. Pelo menos 50 pessoas morreram nos deslizamentos e sete estão desaparecidas até hoje.

Matéria alterada às 15h46 do dia 07.04.2014 para corrigir informação. As unidades do conjunto habitacional Viçoso Jardim foram entregues aos moradores pelo governo estadual, e não pela Caixa Econômica Federal, como o texto informava.

Fonte: EBC - Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2014-04/quatro-anos-depois-da-tragedia-moradores-do-bumba-cobram-casas

Reaça: seu lugar é na favela!

Hey, reaça
Vem morar na favela

Aqui o Estado é mínimo
e tem intervenção militar


Fonte: Movimento Pró-corrupção
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=647949305271243&set=a.379062355493274.80330.373717796027730&type=1&theater

Técnica Nº 1: DESOBEDEÇA!

Técnica Nº 1:

DESOBEDEÇA!
sempre que tudo parar de fazer sentido / sempre que uma ordem lhe ofender / sempre que estiveres lidando com pequenos tiranos / sempre que você percebe-se operando no automático - DESOBEDEÇA!

desobedeça a polícia / desobedeça o governo / desobedeça a ordem / desobedeça o status quo / desobedeça a moda / desobedeça o facebook / desobedeça a Globo / desobedeça os cartões de crédito / mas acima de tudo desobedeça a si mesmo




Bancos compram tudo no centro do Rio

Antes d dizer q o Rio é bonito, veja sua história!!!

Quem votar vai passar atestado d otário! Pq isso não vai mudar....

"...o banco que arrendou o coração do centro da cidade{!}

É curioso que os universos simbólicos trazidos por esses três ramos comerciais, que envolvem o deleite e o aprendizado da leitura, a atividade lúdica de tocar um instrumento e o prazer da sociabilidade durante a degustação de chopes e acepipes, sejam esquecidos em prol da construção de novas agências bancárias ou da mera especulação, promovida por um grupo de empresários liderados por aquele cara gente boa, íntegro e jamais envolvido em escândalos internacionais de corrupção chamado Daniel Dantas."


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A CIDADE DE PRATA

por coletivo vinhetando




após manter-se por 127 anos como uma das principais referências na comercialização de instrumentos musicais e partituras no centro da cidade do Rio de Janeiro, a tradicional loja A Guitarra de Prata foi despejada por quem realmente possui a prata. fazendo jus a seu nome, o banco Opportunity aproveitou a oportunidade dessa cidade maravilhosa (para os negócios) e comprou 18 casarões na rua da Carioca. o reajuste do aluguel pedido à loja foi de mais de 100% - ao invés dos 7 mil anteriormente cobrados, o banco passou a querer 15.

foi também a prata que circula nas veias abertas da especulação imobiliária que extinguiu outro comércio considerado “prata da casa”: a livraria São José, um tradicional sebo dotado de uma invejável coleção de livros. há 74 anos funcionando no mesmo ponto, a livraria sangrou sua última gota perante a sequência de apunhaladas que resultaram no aumento do aluguel em 150% - de 8 para 20 mil.

o bar Luiz, com a mesma idade da Guitarra de Prata, foi alvo de uma estratégia malandra da Prefeitura: comprar o imóvel, impedir o despejo e ficar bem na fita com os cariocas. por esse motivo, o longevo bar não corre mais o risco de ter seu aluguel aumentado de 10 para 35 mil, como queria o banco que arrendou o coração do centro da cidade.

É curioso que os universos simbólicos trazidos por esses três ramos comerciais, que envolvem o deleite e o aprendizado da leitura, a atividade lúdica de tocar um instrumento e o prazer da sociabilidade durante a degustação de chopes e acepipes, sejam esquecidos em prol da construção de novas agências bancárias ou da mera especulação, promovida por um grupo de empresários liderados por aquele cara gente boa, íntegro e jamais envolvido em escândalos internacionais de corrupção chamado Daniel Dantas.

ao falar do arrendamento da cidade maravilhosa de prata, fiz acima uma referência ao título do livro “As veias abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano. é que a Guitarra de Prata me fez lembrar da boliviana cidade de Potosí, esta sim realmente feita de prata, tal a abundância do metal precioso por lá. E daí o grande interesse dos conquistadores espanhóis na terra da prata: segundo relatou Galeano, “em Potosí a prata levantou templos e palácios, mosteiros e cassinos, foi motivo de tragédia e de festa, derramou sangue e vinho, incendiou a cobiça e gerou desperdício e aventura... para arrancar a prata da América, encontravam-se em Potosí os capitães e ascetas, toureiros e apóstolos, soldados e frades. Convertidas em bolas e lingotes, as vísceras da rica montanha alimentaram substancialmente o desenvolvimento da Europa”.

se trocarmos a prata pela terra, que é objeto de luta no mundo rural e de despejo e especulação nas grandes metrópoles, veremos que o modus operandi pouco mudou nesses últimos séculos. os terrenos é que reluzem, e não as guitarras, os chopes e os livros de prata: estes, no mundo da prata que pobre não cata, são como se fossem de lata.