terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Privatizar Maracanã!


Após gastar R$ 1 bi em reforma, RJ vai privatizar Maracanã para resgatar 15% do valor em 35 anos



Fonte: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/02/26/apos-gastar-r-1-bi-em-reforma-rj-vai-privatizar-maracana-para-resgatar-15-do-valor-parcelado-em-35-anos.htm?cmpid=cfb-copa-do-mundo-2014-news&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline

Tribunal concede medalha a Renan Calheiros


Tribunal concede medalha a Renan Calheiros



Fonte:
http://blogdofred.blogfolha.uol.com.br/2013/02/23/tribunal-concede-medalha-a-renan-calheiros/

BOMBEIROS RECUSAM DESPEJAR PESSOAS DAS SUAS CASAS


ESPANHA: BOMBEIROS RECUSAM DESPEJAR PESSOAS DAS SUAS CASAS

tvi24, CP
Corporações de bombeiros de pelo menos três regiões espanholas já se recusaram a ajudar as autoridades judiciais e policiais em ações de despejo, após o caso de Aurelia Rey, uma idosa de 85 anos que a Câmara da Corunha quer expulsar de casa por ter uma renda em atraso.

Na segunda-feira, centenas de pessoas deslocaram-se até à casa de Aurelia Rey e impediram o despejo. Houve confrontos entre ativistas e polícias, um dos funcionários que ia executar o despejo acabou no chão e a ordem judicial até voou pelos ares, conta o «El País».

Chamados a intervir, os bombeiros da Corunha recusaram-se a ajudar. Um deles, de cara tapada, até se juntou ao protesto. Só à segunda, quando foi chamado ao local um superior hierárquico, é que o cadeado que envolvia a porta do apartamento foi desbloqueado. Mesmo assim, a ação de despejo foi suspensa.

Caso de Aurelia Rey, uma idosa de 85 anos, está a mobilizar o paísNos últimos dias, os bombeiros de Madrid e da Catalunha juntaram-se aos colegas da Galiza. Em comunicado, sublinham que não são «servidores do governo» e que só ajudam em «casos de emergência» e para prestar serviços de cidadania, recusando-se a «contribuir para alimentar as desigualdades e misérias da classe trabalhadora».

O despejo de Aurelia Rey, que vive na mesma casa desde 1979 e não pagou os 126 euros da renda do último mês, ainda não foi efetuado porque à sua porta continuam esta quarta-feira dezenas de ativistas. As autoridades estão a tentar negociar uma solução, sendo que a idosa já recusou ir para um lar ou para um apartamento social longe da sua zona.

Por dia, em Espanha, cerca de 500 famílias são despejadas por não conseguirem pagar as hipotecas das casas.

Milhares de pessoas já se manifestaram nas ruas para que a entrega das casas acabe com a dívida e as pessoas tenham direito a habitação social. 

Fonte: http://www.iol.pt/push/iol-push---internacional/espanha-desasucios-despejos-corunha-aurelia-rey-tvi24/1421939-6184.html

Página: Push by IOL - as notícias que não pode perder
(Em português de Portugal)

O melhor da arte urbana de 2012

O melhor da arte urbana de 2012

© Street Art Utopia

No  ano passado apresentamos aqui o melhor da arte urbana de 2011 segundo Street Art Utopia, um site que publica o trabalho de artistas e coletivos de várias partes do mundo que se utilizam de escadas, torneiras, pedras, sinais de trânsito e até fendas no chão para criar ilusões de ótica, graffitis ou stencils.



A arte urbana aparece de improviso nas cidades dando às pessoas uma razão a mais para que passeiem pelas ruas. Fazem parte dessas intervenções urbanas desde paralelepípedos convertidos em dados até murais gigantes que cobrem todo o lado de um edifício, fazendo as ruas de muitas cidades ao redor do mundo mais alegres.



Mostraremos a seguir uma compilação das melhores imagens de arte urbana de diferentes partes do mundo realizadas em 2012.

A seguir, veja mais de 100 imagens incríveis!






O melhor da arte urbana de 2012, segundo Street Art Utopia

O melhor da arte urbana de 2012, segundo Street Art Utopia

O melhor da arte urbana de 2012, segundo Street Art Utopia

Ver mais:

Fonte: http://www.archdaily.com.br/94515/o-melhor-da-arte-urbana-de-2012-segundo-street-art-utopia/

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Terminal Rodoviario de Niterói, antes da especulação comercial

Para matar uma saudade um tanto quanto recente...
Terminal Rodoviario de Niterói, antes da especulação comercial fonte flickriver





Fonte: Niterói Antigo
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=330426737077319&set=a.251669098286417.57858.251372731649387&type=1&theater

Coelhinhas da Playboy: hoje


As coelhinhas da Playboy como você nunca viu

Jeni Boiane


Playboy (3)

Playboy (2)

Fonte: http://brandstyle.com.br/lifestyle/as-coelhinhas-da-playboy-como-voc-nunca-viu

A mais importante do mundo

A mais importante do mundo

Zaccone

Zaconne

Velho gato, gato velho

BRasil: único que paga salário a vereadores

Sorte de verdade

Glauco - Bundão, hein?

Glauco:

As mesmas coisas

As coisas q antes eram as mesmas vão fazendo cada falta.

Acusações da direita a Che

Ecoesgoto pra comprar!

Maiores informações aqui: http://www.ecotelhado.com.br/Por/ecoesgoto/default.aspx


Terremoto no Haití

Montaigne - Sobre a morte

Nem todos vão entender a felicidade desse presente q ganhei mas ela está proposta, sempre com o mesmo amor...

"Não há lugar na terra onde a morte não nos possa alcançar -
Mesmo que voltemos a cabeça uma e outra vez perscrutando em todas
as direções, como numa terra estranha e suspeita... Se houvesse algum
modo de conseguir abrigo contra os golpes da morte - Não sou homem
de recuar diante dela... Mas é loucura achar que se pode vencê-la...

Os homens vão, vêm, trotam e dançam, e nenhum pio sobre a morte.
Tudo parece bem com eles. Mas aí quando ela lhes chega e às
suas mulheres, filhos e amigos, pegando-os de surpresa e despreparados,
que tormentas de paixão os esmagam, que gritos, que fúria, que
desespero!... Para começar a tirar a morte de seu grande trunfo sobre
nós, adotemos o caminho contrário ao usual; vamos privar a morte
da sua estranheza, vamos frequentá-la, acostumarmo-nos a ela; não
tenhamos nada senão ela em mente... Não sabemos onde a morte nos
espera; então vamos por ela esperar em toda parte.
Praticar a morte é praticar a liberdade.
Um homem que aprendeu como morrer desaprendeu a ser escravo." (Montaigne)


(Presente do Daniel)

Ao teu lado, alma...

"Repara na alma faminta que caminha ao teu lado."

Empurra porque não...

"O vento
empurra
porque não sabe
abraçar."

Ramon Ramos 

"...tal qual na canção de McCartney, ram on. Continue." 

Meteoro que caiu na Rússia há algumas horas

Meteoro que caiu na Rússia há algumas horas

Resumo:


"Quase mil pessoas ficaram feridas depois de um meteoro passar sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais. Segundo a ministra regional de saúde, Marina Mokvicheva, 985 pessoas receberam atendimento médico e 43 foram hospitalizadas após serem atingidas por vidros estilhaçados e desabamentos decorrentes da onda de choque da explosão.
O objeto de 10 toneladas que causou o estrago passou a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satki, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20 locais (1h20 de Brasília) e se desintegrou. (...) a uma velocidade de pelo menos 54 mil quilômetros por hora e explodiu a cerca de 30-50 km acima do solo.
(...)
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, 36, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais.
(...)

Clarão seguido de forte explosão
Ao clarão, se seguiu uma forte explosão que chegou a quebrar janelas, relatou o morador.
(...)
' Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteoro que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência Interfax a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij. Meteoroides se desintegram na atmosfera, antes de atingir o solo, causando luz e explosão, conhecido como meteoro, enquanto meteoritos são os restos que caem em terra.'
Elena confirmou que a onda expansiva provocada pelo corpo celeste quebrou as vidraças de "algumas casas na região". A porta-voz ministerial também informou que o meteoro não alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros frequentes para a região.

Chuvas de meteoro ocorrem a todo momento
(...)
Este é um dos eventos cósmicos mais impressionantes a ocorrer na Rússia desde o Tunguska, em 1908, quando um meteoroide provocou uma explosão na sibéria.

"Teste militar norte-americano"
Apesar do relato do Ministério para Situações de Emergência da Rússia confirmando a desintegração do meteoro, o vice-presidente da Duma (a Câmara dos Deputados russa), Vladimir Zhirinovsky, afirmou que a explosão tratou-se, na verdade, de um teste militar norte-americano, visando atingir a região das Urais, onde fica localizada a maior indústria de beneficiamento de combustível nuclear do país.

Representantes do Ministério da Defesa argumentaram que a emergência não afeta as unidades de combate do Comando Militar Central e que havia alvos militares entre os edifícios danificados. (Com agências internacionais)"


_____________________________________________________


Matéria na íntegra:


Meteoro 'explode' sobre território russo e deixa centenas de feridos

Do UOL, em São Paulo
Ampliar

Meteoro explode no céu da Rússia23 fotos

3 / 23
Meteoro explodiu na região de Tcheliabinsk, nos Montes Urais (Rússia), nesta sexta-feira (15). Autoridades informaram que a explosão provocou danos em prédios e casas e deixou cerca de 500 feridos Oleg Kargopolov/AFP
Quase mil pessoas ficaram feridas depois de um meteoro passar sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais. Segundo a ministra regional de saúde, Marina Mokvicheva, 985 pessoas receberam atendimento médico e 43 foram hospitalizadas após serem atingidas por vidros estilhaçados e desabamentos decorrentes da onda de choque da explosão.
O objeto de 10 toneladas que causou o estrago passou a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satki, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20 locais (1h20 de Brasília) e se desintegrou. A Academia de Ciências da Rússia, disse em uma declaração horas após a queda que o meteoroide chocou-se com a atmosfera da Terra a uma velocidade de pelo menos 54 mil quilômetros por hora e explodiu a cerca de 30-50 km acima do solo.
"Espero que não haja consequências graves, no entanto, isso é uma prova de que não apenas a economia é vulnerável, mas todo o nosso planeta", disse o primeiro-ministro russo Dimitri Medvedev, na cidade siberiana de Krasnoyarsk, onde participa de um fórum econômico internacional.
  • Arte UOL
    Mapa mostra cidade onde explosão de meteoro causou quebra de vidraças e deixou feridos 
As autoridades de Tcheliabinsk, capital da região homônima, reforçaram as medidas de segurança nas estruturas e instalações vitais da cidade. Estima-se que uma área de cerca de 93 mil metros quadrados tenha sido atingida.
Os moradores da cidade foram orientados a voltar para casa e a buscar as crianças nas escolas, que foram fechadas por orientação do governo. Muitas casas e prédios de Tcheliabinsk tiveram janelas estilhaçadas. O aeroporto da cidade, no entanto, permaneceu aberto, sem interrupção no serviço.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, 36, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.

(Vídeo)

Clarão seguido de forte explosão

Testemunhas relataram aos jornais russos "Moskovskij Komsomolets" e "Kommersant Online" terem visto um forte clarão no céu sobre os montes Urais. Um morador de Tcheliabinsk chegou a descrever a imagem como a explosão de uma bomba nuclear. Ao clarão, se seguiu uma forte explosão que chegou a quebrar janelas, relatou o morador.

ENTENDA A DIFERENÇA

AsteroideObjeto rochoso, relativamente pequeno e inativo, que orbita o nosso Sol
MeteoroideSobras de asteroides ou cometas que orbitam o nosso Sol
MeteoroFenômeno que ocorre ao longo da atmosfera da Terra e deixa um rastro de luz no céu
MeteoritoQuando um meteoroide ou um asteroide resistem à passagem pela atmosfera terrestre e atingem o solo do nosso planeta, ele é classificado como um meteorito
CometaObjeto de gelo relativamente pequeno, mas muitas vezes ativo, que tem cauda de gás e poeira
  • Fonte: Othon Winter, professor e pesquisador de trajetórias espaciais da Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Nasa (Agência Espacial Norte-Americana)
Segundo o Ministério do Interior, a maioria dos ferimentos foi causado pelos estilhaços dos vidro quebrados das construções. O teto de uma planta de zinco em Tcheliabinsk desabou, porém não há registro de feridos. Segundo relato de moradores, Tcheliabinsk ficou por cerca de meia hora sem comunicação.
Alguns jornais e sites chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais, mas a informação foi retificada pelo governo.
"Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteoro que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência Interfax a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij. Meteoroides se desintegram na atmosfera, antes de atingir o solo, causando luz e explosão, conhecido como meteoro, enquanto meteoritos são os restos que caem em terra.
Elena confirmou que a onda expansiva provocada pelo corpo celeste quebrou as vidraças de "algumas casas na região". A porta-voz ministerial também informou que o meteoro não alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros frequentes para a região.

Chuvas de meteoro ocorrem a todo momento

Segundo Othon Winter, professor e pesquisador de trajetórias espaciais da Unesp (Universidade Estadual Paulista), "meteoro é um fenômeno que ocorre no céu, e deixa um rastro de luz. Quando o objeto chega a cair na superfície terrestre, aí passa a ser um meteorito. Então, nesse caso, foi uma chuva de meteoro".

LEIA MAIS

  • Asteroide se aproxima nesta tarde da Terra e será maior objeto a passar tão perto do nosso planeta
"Isso ocorre todos os anos, com muita frequência. Normalmente são corpos pequenos que se desintegram na atmosfera, pois são pequenos. Então o tamanho e o tipo do material influi no efeito que eles podem provocar. Toneladas de material caem na Terra ao longo de um ano", reiterou o professor, autor do livro "Fim de milênio".
Segundo a Nasa e a ESA, agência espaciais americana e europeia, respectivamente, não há ligação com a passagem do asteroide 2012 DA 14 ainda nesta sexta-feira, em um trajeto próximo ao planeta. 
Este é um dos eventos cósmicos mais impressionantes a ocorrer na Rússia desde o Tunguska, em 1908, quando um meteoroide provocou uma explosão na sibéria.

"Teste militar norte-americano"

Apesar do relato do Ministério para Situações de Emergência da Rússia confirmando a desintegração do meteoro, o vice-presidente da Duma (a Câmara dos Deputados russa), Vladimir Zhirinovsky, afirmou que a explosão tratou-se, na verdade, de um teste militar norte-americano, visando atingir a região das Urais, onde fica localizada a maior indústria de beneficiamento de combustível nuclear do país. 
Representantes do Ministério da Defesa argumentaram que a emergência não afeta as unidades de combate do Comando Militar Central e que havia alvos militares entre os edifícios danificados. (Com agências internacionais)

(Vídeo também: http://www.facebook.com/photo.php?v=141049946059716&set=vb.205835999473243&type=2&theater)



Impressionante protesto! Ainda... n...

Ainda não...
Ainda...
Sim

Pelada!

"Foda-se!
Eu vou pelada!"

O pensamento extrapola

O pensamento extrapola as funções específicas...

(Descontexto:
O feminino e o masculino é diferente d uma acusação corporal de macho e fêmea! 
Senão tb não teria a luta pela licença maternidade para os homens, ainda q eles não tenham gestado os filhos por 9 meses! Tem os mesmos direitos sobre os filhos. 
Se o o macho se comporta como uma mulher, tira o pau com cirurgia e se veste como uma mulher... ele é feminino ainda q não seja fêmea!)

Arte não é algo que se pendura na parede

"Arte não é algo que a gente pendura na parede
Arte é o que a gente faz quando está realmente vivo!"


Ensina a guerra ao invés do amor e...

Ana Beatriz - Confusão e falta de compreensão.


O Dia - Verba da educação pagou escolas de samba

Verba da Educação pagou contas de escolas de samba

POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio -  Um total de R$ 46 milhões que deveria ter sido investido nas escolas do município do Rio foi usado para pagar dívidas de água e esgoto de seis escolas de samba, da Liga Independente (Liesa), do Sindicato de Empresas de Ônibus (Rio Ônibus), do Riocentro e da própria Prefeitura.
A constatação está na avaliação feita pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre a gestão do prefeito Eduardo Paes no ano de 2011.
A confusão começou quando o governo estadual deixou de pagar R$ 57,6 milhões pelo uso de 292 escolas do município entre maio de 2004 e abril de 2009. O espaço era usado para cursos noturnos e, pelo acordo, o Estado deveria ressarcir a Prefeitura das despesas com conservação, preservação, segurança, água e esgoto das unidades emprestadas.
Por outro lado, a Cedae era credora de contas de água e esgoto de escolas de samba, do Rio Ônibus e do Riocentro. Essas contas estariam em nome da Prefeitura, titular deimóveis ocupados por essas instituições.
Ao assumir as “dívidas” com a Cedae, o Estado acabou usando o dinheiro que deveria ter investido nas escolas municipais para pagar contas da Beija-flor, Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Portela e União da Ilha, além da Liesa, Rio ônibus e Riocentro.
Os nomes aparecem na lista que a Cedae encaminhou ao TCM como débitos do município. A prefeitura esclareceu que enviou à Cedae ofício informando que as matrículas do Riocentro e do Rio Ônibus não são dela. Em março, fez o mesmo em relação às agremiações carnavalescas. A Cedae prometeu mudar a titularidade.
Dinheiro pode voltar para o município
O dinheiro que foi usado para pagar as contas de escolas de samba, do Riocentro, Rio Ônibus e da Liesa podem voltar para o município. A Cedae se compromete a devolver em crédito na conta de consumo de água e esgoto da Prefeitura, caso fique comprovado que o débito é de terceiros.
Nesta terça-feira, O DIA mostrou que o TCM questionou o uso do dinheiro arrecadado com a taxa de Contribuição para Custeio de Serviços de Iluminação (Cosip).
A verba foi empregada para manutenção do ar condicionado edifício da RioLuz e para fazer reparo nos planos inclinados. A Prefeitura disse que está verificando os procedimentos adotados para realizar, se necessário, os devidos ajustes ou correções. - Jornal o Dia

Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/rio/verba-da-educa%C3%A7%C3%A3o-pagou-contas-de-escolas-de-samba-1.461402




Verba da Educação pagou contas de escolas de samba

POR CHRISTINA NASCIMENTO
Rio -  Um total de R$ 46 milhões que deveria ter sido investido nas escolas do município do Rio foi usado para pagar dívidas de água e esgoto de seis escolas de samba, da Liga Independente (Liesa), do Sindicato de Empresas de Ônibus (Rio Ônibus), do Riocentro e da própria Prefeitura.
A constatação está na avaliação feita pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre a gestão do prefeito Eduardo Paes no ano de 2011.
A confusão começou quando o governo estadual deixou de pagar R$ 57,6 milhões pelo uso de 292 escolas do município entre maio de 2004 e abril de 2009. O espaço era usado para cursos noturnos e, pelo acordo, o Estado deveria ressarcir a Prefeitura das despesas com conservação, preservação, segurança, água e esgoto das unidades emprestadas.
Por outro lado, a Cedae era credora de contas de água e esgoto de escolas de samba, do Rio Ônibus e do Riocentro. Essas contas estariam em nome da Prefeitura, titular deimóveis ocupados por essas instituições.
Ao assumir as “dívidas” com a Cedae, o Estado acabou usando o dinheiro que deveria ter investido nas escolas municipais para pagar contas da Beija-flor, Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Portela e União da Ilha, além da Liesa, Rio ônibus e Riocentro.
Os nomes aparecem na lista que a Cedae encaminhou ao TCM como débitos do município. A prefeitura esclareceu que enviou à Cedae ofício informando que as matrículas do Riocentro e do Rio Ônibus não são dela. Em março, fez o mesmo em relação às agremiações carnavalescas. A Cedae prometeu mudar a titularidade.
Dinheiro pode voltar para o município
O dinheiro que foi usado para pagar as contas de escolas de samba, do Riocentro, Rio Ônibus e da Liesa podem voltar para o município. A Cedae se compromete a devolver em crédito na conta de consumo de água e esgoto da Prefeitura, caso fique comprovado que o débito é de terceiros.
Nesta terça-feira, O DIA mostrou que o TCM questionou o uso do dinheiro arrecadado com a taxa de Contribuição para Custeio de Serviços de Iluminação (Cosip).
A verba foi empregada para manutenção do ar condicionado edifício da RioLuz e para fazer reparo nos planos inclinados. A Prefeitura disse que está verificando os procedimentos adotados para realizar, se necessário, os devidos ajustes ou correções.

Dalai Lama - Dê a quem você ama...

“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar ”


Dalai Lama

Paciência presente

Raiz forte

Sim, sim, saudade...

Marilena Chaui - As aberrações da classe média paulistana

Pras pessoas bem, bem chatas!!!! hahahaha

"Stand up" com Marilena Chaui - As aberrações da classe média paulistana

Vídeo:
http://www.facebook.com/photo.php?v=4351488276676&set=vb.267905736624090&type=2&theater

Cartola da Mangueira, Paulo da Portela


Anos 1930

Cartola e Paulo da Portela, os dois mitos fundadores

Nesta época, dois nomes se destacavam à frente das escolas de samba: Cartola e Paulo da Portela. Eles podem ser considerados "os fundadores" do que hoje é o maior espetáculo da Terra. Paulo foi um dos maiores líderes que essa cidade já teve. Sua luta pelo reconhecimento do sambista foi fundamental para a aceitação das escolas. Segundo ele, os integrantes da Portela deveriam andar de pés e pescoços ocupados (de sapatos e gravata), para não serem discriminados.

Cartola foi outro nome fundamental. Fundador da Mangueira, escolheu suas cores e fez os primeiros sambas com que ela desfilou. Depois, sua importância transcendeu a verde e rosa: o compositor gravou seu nome na história da MPB, com dezenas de clássicos gravados pelos maiores nomes da nossa música.

Paulo da Portela e Cartola foram muito amigos, mas tinham estilos diferentes. O primeiro era lutador; o segundo, agregador. Paulo era intelectual; Cartola, criador. Um era portelense; o outro, mangueirense. Mas têm algo maior em comum: são em grande parte os responsáveis por estarmos aqui hoje contando essa história.


Foto: Anos 1930

Cartola e Paulo da Portela, os dois mitos fundadores

Nesta época, dois nomes se destacavam à frente das escolas de samba: Cartola e Paulo da Portela. Eles podem ser considerados "os fundadores" do que hoje é o maior espetáculo da Terra. Paulo foi um dos maiores líderes que essa cidade já teve. Sua luta pelo reconhecimento do sambista foi fundamental para a aceitação das escolas. Segundo ele, os integrantes da Portela deveriam andar de pés e pescoços ocupados (de sapatos e gravata), para não serem discriminados.

Cartola foi outro nome fundamental. Fundador da Mangueira, escolheu suas cores e fez os primeiros sambas com que ela desfilou. Depois, sua importância transcendeu a verde e rosa: o compositor gravou seu nome na história da MPB, com dezenas de clássicos gravados pelos maiores nomes da nossa música.

Paulo da Portela e Cartola foram muito amigos, mas tinham estilos diferentes. O primeiro era lutador; o segundo, agregador. Paulo era intelectual; Cartola, criador. Um era portelense; o outro, mangueirense. Mas têm algo maior em comum: são em grande parte os responsáveis por estarmos aqui hoje contando essa história.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Assexuados, bichas & cia. - The New York Times (br)

Resumo:


Stephen e seus pares vêm forjando uma identidade política que volta e meia destoa da cultura gay do "mainstream". Se o movimento gay hoje parece ter como foco o casamento gay, a geração de Stephen busca algo mais radical: virar de ponta-cabeça os papéis e superar o binômio macho/fêmea. A questão não é quem eles amam, mas quem são -ou seja, sua identidade, diferente da mera orientação sexual.

Mas que nome dar ao movimento? Se já se usou "gays e lésbicas" para agrupar diversas minorias sexuais -e, mais recentemente, a sigla LGBT, para incluir os bissexuais e transgêneros-, a nova vanguarda quer uma abreviação abrangente.
(...)
Parte da solução é acrescentar letras à sigla, e a bandeira dos direitos pós-pós-pós-gays tem ficado mais longa -ou frouxa, para alguns. A sigla que está pegando, em especial nos campi de ciências humanas ou artes, é LGBTQIA. A mesma letra pode designar diferentes coisas. O Q pode ser de "questionador" ou de "queer" (bicha), termo que foi pejorativo até sua apropriação por ativistas gays, nos anos 90. I é de "intersexos". E o A simboliza tanto "aliado" (simpatizante) como "assexuado".
(...)
"Há uma geração muito diferente chegando à maioridade, com concepções completamente diferentes de gênero e sexualidade", disse Jack Halberstam (antes Judith), professor transgênero da Universidade do Sul da Califórnia e autor, mais recentemente, de "Gaga Feminism: Sex, Gender, and the End of Normal" (Feminismo Gaga: sexo, gênero e o fim do normal).
(...)
"cisgênero" denota aqueles cujo gênero coincide com seu corpo biológico; logo, se aplica à maioria. O grupo de Richard procura representar todos os outros. "É uma insurreição de calouros", disse Richard.
(...)
ser bigênero é manifestar tanto a persona masculina quanto a feminina
(...)
Mesmo assim, elogiou a universidade pelos alojamentos "de gênero neutro". O plano de saúde da faculdade inclui cirurgia de mudança de sexo, algo que "influenciou em muito minha decisão de contratar um seguro-saúde da Penn [Universidade da Pensilvânia] no ano que vem", disse.
(...)
Em 2012, a revista de notícias gay "The Advocate" classificou a Penn entre as dez universidades mais abertas a transgêneros. Um número crescente de universidades, sobretudo no nordeste dos EUA, vem se abrindo a estudantes que fogem das convenções de gênero.

__________________________________________________________

Matéria na íntegra:


COMPORTAMENTO
Assexuados, bichas & cia.
A nova geração gay nas universidades dos EUA
MICHAEL SCHULMAN
TRADUÇÃO CLARA ALLAIN
RESUMO
Após a luta por direitos civis nos anos 60 e o desbunde dos 70, chega à maioridade geração que busca se afirmar com designações o mais abrangentes possível. Agênero, bigênero e intersexos estão entre as denominações abrigadas sob a nova sigla LGBTQIA, que já ganha espaço oficial em universidades dos Estados Unidos.
-
Em março do ano passado, Stephen Ira, aluno do Sarah Lawrence College, postou um vídeo no site We Happy Trans, que divulga "visões positivas" sobre a condição dos transgêneros. No vertiginoso monólogo, um descabelado Stephen, em seu quarto na residência universitária, declarou-se "bicha, guerreiro nerd, escritor, artista e um cara que está precisando cortar o cabelo" e discursou sobre tudo, de seus ícones de estilo

(Truman Capote e "qualquer pessoa de identificação masculina que use meia três-quartos ou cinta-liga") a sua zebra de brinquedo.

Stephen, cujo nome de batismo é Kathlyn, é o filho de 21 anos de Warren Beatty e Annette Bening, e por isso o vídeo tornou-se viral e foi visto quase meio milhão de vezes. Mas só por isso. Com sua eloquência livre, movida a adrenalina, mais parecia um grito da nova geração de ativistas de gênero pós-gays, dos quais Stephen representa um raro rosto público.

Stephen e seus pares vêm forjando uma identidade política que volta e meia destoa da cultura gay do "mainstream". Se o movimento gay hoje parece ter como foco o casamento gay, a geração de Stephen busca algo mais radical: virar de ponta-cabeça os papéis e superar o binômio macho/fêmea. A questão não é quem eles amam, mas quem são -ou seja, sua identidade, diferente da mera orientação sexual.

Mas que nome dar ao movimento? Se já se usou "gays e lésbicas" para agrupar diversas minorias sexuais -e, mais recentemente, a sigla LGBT, para incluir os bissexuais e transgêneros-, a nova vanguarda quer uma abreviação abrangente. "Os jovens de hoje não se definem no espectro do LGBT", disse Shane Windmeyer, fundador do Campus Pride, grupo estudantil de defesa da causa, com sede em Charlotte, na Carolina do Norte.

Parte da solução é acrescentar letras à sigla, e a bandeira dos direitos pós-pós-pós-gays tem ficado mais longa -ou frouxa, para alguns. A sigla que está pegando, em especial nos campi de ciências humanas ou artes, é LGBTQIA. A mesma letra pode designar diferentes coisas. O Q pode ser de "questionador" ou de "queer" (bicha), termo que foi pejorativo até sua apropriação por ativistas gays, nos anos 90. I é de "intersexos". E o A simboliza tanto "aliado" (simpatizante) como "assexuado".

A Universidade do Missouri, em Kansas City, tem seu Centro de Recursos LGBTQIA que, entre outras coisas, ajuda os alunos a localizar banheiros "de gênero neutro" no campus. O Vassar College tem um Grupo de Discussão LGBTQIA nas tardes de quinta. A Universidade Lehigh promove sua segunda Conferência Intercolegial LGBTQIA, seguida por um Baile Queer. O Amherst College tem um Centro LGBTQQIAA, no qual cada grupo ganha sua própria letra.

"Há uma geração muito diferente chegando à maioridade, com concepções completamente diferentes de gênero e sexualidade", disse Jack Halberstam (antes Judith), professor transgênero da Universidade do Sul da Califórnia e autor, mais recentemente, de "Gaga Feminism: Sex, Gender, and the End of Normal" (Feminismo Gaga: sexo, gênero e o fim do normal).

"Quando você vê termos como LGBTQIA, é porque as pessoas enxergam tudo o que não se enquadra no binômio e exigem que seja criado um nome para elas", diz. Com a profusão de novas categorias, como "genderqueer" ["gênero bicha"] ou "andrógino", cada uma dotada de uma subcultura on-line, montar uma identidade de gênero pode ser um verdadeiro trabalho do tipo "faça você mesmo".

Oito calouros da Universidade da Pensilvânia se reuniram no ano passado, frustrados com a inexistência de um grupo que os representasse. A universidade já tinha duas dúzias de grupos de gays, incluindo o Negros Gays, a Aliança Lambda e o J-Bagel, a "comunidade judaica LGBTQIA". Mas nenhum tem como foco a identidade de gênero (o mais próximo disso, o Trans Penn, era composto por professores e pós-graduandos).

Richard Parsons, 18, transgênero masculino, descobriu isso no Gay Affair, evento patrocinado pelo Centro LGBT local. "Saí decepcionado", comentou o prolixo calouro de cabelo curto, óculos de armação de metal e roupas de mauricinho. "Era um Centro LGBT, mas todos eram homens gays."

Pelo Facebook, Richard e outros fundaram um grupo chamado Penn Non-Cis, abreviação de "não cisgênero". "Cis" significa "do mesmo lado que", e "cisgênero" denota aqueles cujo gênero coincide com seu corpo biológico; logo, se aplica à maioria. O grupo de Richard procura representar todos os outros. "É uma insurreição de calouros", disse Richard.


BIGÊNERO

Em novembro, cerca de 40 alunos lotaram o Centro LGBT para o evento inaugural do grupo. O microfone estava aberto a todos. Os organizadores panfletaram convites oferecendo "camisinha de graça! Protetor labial de graça!". Kate Campbell começou a apresentação: "Há um cenário LGBT muito dinâmico aqui. Mas ele engloba sobretudo o LGB, e não muito o T. Queremos mudar essa situação". Os alunos leram poemas e trechos de diários e cantaram baladas. Então subiu ao palco a espevitada Britt Gilbert, com sua franja loira, seus óculos de aro grosso e sua camiseta de banda de rock. Queria falar sobre "bigênero". "Alguém quer dizer ao público o que acha que é isso?" Silêncio.

Britt explicou que ser bigênero é manifestar tanto a persona masculina quanto a feminina, quase como ter um "pênis que possa ser colocado e tirado". "Há dias em que acordo e penso: 'Por que estou neste corpo?'" contou. "Em geral, acordo e penso: 'No que eu estava pensando ontem?'."

Britt explicaria mais tarde que ouviu o termo "bigênero" pela primeira vez da boca de Kate, que por sua vez o viu no Tumblr. As duas se conheceram e ficaram amigas durante o período de orientação aos calouros. No colégio, Kate se identificava como "agênero" (sem gênero) e usava o pronome "eles" ("they", que é neutro em inglês); agora ela vê seu gênero como "uma mancha amorfa".

Já a evolução de Britt foi mais linear. Cresceu num subúrbio na Pensilvânia e nunca aderiu às normas de gênero. Quando era criança, adorava a cantora e atriz Cher e achava "boy bands" revoltantes. Ao jogar videogame, não queria escolher um avatar masculino ou feminino. No ensino médio, começou a se descrever como bissexual e saiu com meninos. No ensino médio, saiu do armário e assumiu-se lésbica. Seus pais acharam que era uma fase -até que ela levou a namorada, Ash, para casa. Mas Britt ainda não tinha se resolvido.

"Eu tinha certeza de gostar de meninas, mas não de ser menina", disse Britt. Às vezes, saía de vestido e ficava pouco à vontade, como se estivesse fantasiada para o Halloween. Em outros dias, sentia-se ótima. Não estava "presa no corpo errado", como se diz -só não sabia que corpo queria. Quando Kate lhe falou do termo "bigênero", a identificação foi imediata. "Antes de saber o que era, eu já sabia o que era", disse Britt, acrescentando que o termo é mais fluido que "transgênero", mas menos vago que "genderqueer" -que pode abranger todo tipo de identidade de gênero não tradicional.

De início, só comentou com Ash, que respondeu: "E você demorou tanto assim para entender?". Para os outros, não era tão fácil entender. Assumir-se lésbica até que tinha sido simples, disse Britt, "porque as pessoas sabem o que é". Ao chegar à Universidade da Pensilvânia, ficou aliviada ao conhecer calouros que passaram por processos parecidos.
Um deles era Richard Parsons, o membro mais politicamente lúcido do grupo. Richard foi criado como menina na Flórida e entendeu que era transgênero quando estava no ensino fundamental. Certo verão, quis dividir o quarto na colônia de férias com um amigo transgênero, mas sua mãe não deixava. "Ela disse: 'Você está dizendo que ele é homem, não quero você dividindo quarto com um homem'. Respondi: 'Acho que eu talvez também seja homem'."

Depois de muito choro e muiotas brigas domésticas, Richard e sua mãe fizeram as pazes. Quando ela perguntou como deveria chamá-lo, ele não soube responder. Escolheu "Richard" e depois acrescentou Matthew, pois significa "dádiva de Deus". Ao chegar à universidade, já enfaixava os seios havia mais de dois anos e tinha dor nas costas. No evento inaugural, contou uma história dolorosa sobre o ataque de pânico que teve ao ser levado ao vestiário feminino no centro de saúde da universidade.

Mesmo assim, elogiou a universidade pelos alojamentos "de gênero neutro". O plano de saúde da faculdade inclui cirurgia de mudança de sexo, algo que "influenciou em muito minha decisão de contratar um seguro-saúde da Penn no ano que vem", disse.


REDAÇÃO

Se dez anos atrás o Centro LGBT quase não era usado, em 2010 a universidade começou a tentar atrair candidatos cujas redações mencionavam temas gays. Em 2012, a revista de notícias gay "The Advocate" classificou a Penn entre as dez universidades mais abertas a transgêneros. Um número crescente de universidades, sobretudo no nordeste dos EUA, vem se abrindo a estudantes que fogem das convenções de gênero.

Segundo pesquisa do grupo Campus Pride, ao menos 203 campi permitem que alunos transgêneros dividam o quarto com colegas do gênero de sua preferência; 49 têm um processo de mudança de nome e gênero nos registros da universidade, e 57 cobrem terapia hormonal. Em dezembro, a Universidade de Iowa tornou-se a primeira a acrescentar a opção "transgênero" no formulário em que o candidato assinala o seu sexo.

Mas nem mesmo essas medidas conseguem atender às exigências dos alunos, que vêm contestando os currículos, assim como fizeram os ativistas gays nos anos 80 e 90. Em vez de protestar contra a ausência de cursos de estudos gays, eles criticam as restrições que veem nos já existentes.

Vários membros do grupo Penn Non-Cis vêm se queixando de um seminário de redação que fizeram, intitulado "Mais Além de 'Will and Grace'", que analisou personagens gays de seriados de TV como "Ellen", "Glee" e "Modern Family". A professora, Gail Shister, lésbica, criticou alunos que usaram LGBTQ na redação, dizendo que é frouxo, e propôs o termo "queer". Alguns acharam a sugestão ofensiva. Foi o caso de Brett Gilbert, para quem Shister "não aceita coisas que não entende". Por telefone, Shister disse que a crítica é de natureza estritamente gramatical. "Sou a favor da concisão", disse ela. "'LGBTQ não se pronuncia com facilidade. Então digo aos alunos: 'Não usem siglas com cinco ou seis letras'."

Uma coisa está clara. Gail Shister, 60, que em 1979 se tornou a primeira redatora de esportes do jornal "Philadelphia Inquirer", é de uma geração diferente. "Francamente, sinto orgulho e inveja desses jovens, por crescerem numa época em que têm liberdade de amar quem quiserem", ela disse.

Mesmo no evento com microfone aberto, as fronteiras da política de identidade eram transpostas e perdiam definição. A certo ponto, o calouro Santiago, da Colômbia, dirigiu-se aos presentes. Ele e um amigo refletiam sobre os limites do que ele chama de "LGBTQ plus".

"Por que só determinadas letras entram na sigla?" indagou Santiago. Em seguida, desfiou uma lista de identidades de gênero, muitas delas tiradas da Wikipedia. "Temos nossas lésbicas, nossos gays", ele falou, prosseguindo "bissexuais, transsexuais, bichas, homossexuais, assexuais." Respirando fundo, continuou: "Panssexuais. Omnissexuais. Trissexuais. Agêneros. Bigêneros. Terceiro gênero. Transgêneros. Travestis. Interssexuais. Dois espíritos. Hijras. Poliamorosos."

E concluiu: "Indecisos. Questionadores. Outros. Humanos." A sala explodiu em aplausos.

Nota
Texto originalmente publicado no jornal "The New York Times".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/94158-assexuados-bichas-amp-cia.shtml