ESPECIALISTAS DO COMITÊ POPULAR DA COPA RESPONDEM:
Prezado especialista sem nome do Jornal O GLOBO,
1) Entendemos o “processo de concessão do Maracanã” como privatização, pois trata-se de um contrato que prevê a exploração econômica por 35 anos, que já no primeiro mês de uso resultou na imediata elevação dos preços do ingresso, excluiu a possibilidade de acesso para a população de baixa renda e ...embranqueceu seus frequentadores, em um claro reflexo de segregação étnica e social.
Ainda, excluiu de seu projeto a possibilidade de continuidade de serviços públicos e projetos sociais no Complexo do Maracanã, uma vez que planejou - a despeito de todo o questionamento sofrido pelo projeto em Audiência Pública - demolir o Célio de Barros, o Júlio Delamare, a Escola Municipal Friedenreich e a Aldeia Maracanã, para dar espaço à construção de estacionamentos e shoppings, que nada tem a ver com a importância para a educação, saúde, cultura e sociabilidade que aquele espaço oferece, aspectos que, enquanto espaço público, devem ser fortalecidos. Não fossem as manifestações populares o projeto de Eike Batista e Odebrecht teria sido levado a cabo pelo governado Sérgio Cabral e Eduardo Paes (que destombou o seu entorno, permitindo as intervenções).
2) Quanto aos dados estritamente econômicos apresentados pelo especialista, gostaríamos de ressaltar que as receitas só serão possíveis de serem obtidas pelo consórcio, pois antes de entregar o Maracanã à iniciativa privada, o estádio passou por inúmeras reformas realizadas PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COM APORTE DO BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES). Assim, se receitas obtidas pelo consórcio só serão possíveis após a reforma do estádio, realizadas pelo Estado, temos conhecimento de que as mesmas receitas que cobrirão os custos de manutenção e ainda gerarão lucros para o consórcio, possam ser, da mesma maneira, utilizadas pelo Estado, enquanto seu dono e patrocinador de toda a "modernização" a que o estádio foi submetido, o que fará com que os custos de manutenção sejam cobertos pelas receitas obtidas, que serão utilizadas para o lazer, esporte, cultura e desenvolvimento de toda a população!
Os investimentos realizados no Maracanã foram ESTATAIS, realizados com dinheiro público, e o Estado, mesmo recebendo pela concessão, não reaverá nem 15% do valor gasto nas reformas. Ora, reformas que demandaram bilhões em investimentos demonstram que não é por falta de recursos que o Estado irá vendê-lo, visto que tais reformas não foram feitas com recursos privados, pela Odebrecht, como sugere a reportagem, mas com recursos PÚBLICOS.
Caso um proprietário de um imóvel, gastasse 1 milhão em uma reforma, venderia por 150 mil? Contas simples podem esclarecem as razões pelas quais essa concessão é indefensável!
A modernização do estádio já foi realizada pelo Estado. A prometida modernização que a concessionária realizará em 35 anos nada mais é que fazer shoppings e estacionamento, o que nada tem a ver com o esporte, saúde, lazer, cultura e sociabilidade proporcionados pelo Maracanã público!
3) Por fim, não propomos o estrito debate economicista quanto a sua gestão. Quando se trata de um equipamento público, seus benefícios não devem ser medidos estritamente pela variável LUCRO. Uma gestão pública e eficiente vai além do discurso economicista de lucros e prejuízos e considera como seu principal critério de eficiência o bem-estar dos cidadãos, aspectos que o discurso privatizante tenta escamotear. Manter o Maracanã e seu Complexo enquanto espaços PÚBLICOS, do Estado, é garantir seu acesso à ampla parcela da população, sem discriminar raça ou renda e não restrito a um grupo que anseia a sofisticação, a restrição e a exclusividade, pois é isso que a tal modernização prevista já está promovendo. Não bastam as reformas terem padronizado e higienizado a sua estrutura, agora querem tirar do povo um dos seus maiores símbolos da cultura popular e do esporte do Brasil!
Contra isso é que defendemos o Maraca Público e Popular!
Não à privatização! Vaza Odebrecht! Fora Eike! O Maraca é nosso!
NESTA SEGUNDA, TODOS À ODEBRECHT! https://www.facebook.com/ events/630298570337042/
Prezado especialista sem nome do Jornal O GLOBO,
1) Entendemos o “processo de concessão do Maracanã” como privatização, pois trata-se de um contrato que prevê a exploração econômica por 35 anos, que já no primeiro mês de uso resultou na imediata elevação dos preços do ingresso, excluiu a possibilidade de acesso para a população de baixa renda e ...embranqueceu seus frequentadores, em um claro reflexo de segregação étnica e social.
Ainda, excluiu de seu projeto a possibilidade de continuidade de serviços públicos e projetos sociais no Complexo do Maracanã, uma vez que planejou - a despeito de todo o questionamento sofrido pelo projeto em Audiência Pública - demolir o Célio de Barros, o Júlio Delamare, a Escola Municipal Friedenreich e a Aldeia Maracanã, para dar espaço à construção de estacionamentos e shoppings, que nada tem a ver com a importância para a educação, saúde, cultura e sociabilidade que aquele espaço oferece, aspectos que, enquanto espaço público, devem ser fortalecidos. Não fossem as manifestações populares o projeto de Eike Batista e Odebrecht teria sido levado a cabo pelo governado Sérgio Cabral e Eduardo Paes (que destombou o seu entorno, permitindo as intervenções).
2) Quanto aos dados estritamente econômicos apresentados pelo especialista, gostaríamos de ressaltar que as receitas só serão possíveis de serem obtidas pelo consórcio, pois antes de entregar o Maracanã à iniciativa privada, o estádio passou por inúmeras reformas realizadas PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COM APORTE DO BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES). Assim, se receitas obtidas pelo consórcio só serão possíveis após a reforma do estádio, realizadas pelo Estado, temos conhecimento de que as mesmas receitas que cobrirão os custos de manutenção e ainda gerarão lucros para o consórcio, possam ser, da mesma maneira, utilizadas pelo Estado, enquanto seu dono e patrocinador de toda a "modernização" a que o estádio foi submetido, o que fará com que os custos de manutenção sejam cobertos pelas receitas obtidas, que serão utilizadas para o lazer, esporte, cultura e desenvolvimento de toda a população!
Os investimentos realizados no Maracanã foram ESTATAIS, realizados com dinheiro público, e o Estado, mesmo recebendo pela concessão, não reaverá nem 15% do valor gasto nas reformas. Ora, reformas que demandaram bilhões em investimentos demonstram que não é por falta de recursos que o Estado irá vendê-lo, visto que tais reformas não foram feitas com recursos privados, pela Odebrecht, como sugere a reportagem, mas com recursos PÚBLICOS.
Caso um proprietário de um imóvel, gastasse 1 milhão em uma reforma, venderia por 150 mil? Contas simples podem esclarecem as razões pelas quais essa concessão é indefensável!
A modernização do estádio já foi realizada pelo Estado. A prometida modernização que a concessionária realizará em 35 anos nada mais é que fazer shoppings e estacionamento, o que nada tem a ver com o esporte, saúde, lazer, cultura e sociabilidade proporcionados pelo Maracanã público!
3) Por fim, não propomos o estrito debate economicista quanto a sua gestão. Quando se trata de um equipamento público, seus benefícios não devem ser medidos estritamente pela variável LUCRO. Uma gestão pública e eficiente vai além do discurso economicista de lucros e prejuízos e considera como seu principal critério de eficiência o bem-estar dos cidadãos, aspectos que o discurso privatizante tenta escamotear. Manter o Maracanã e seu Complexo enquanto espaços PÚBLICOS, do Estado, é garantir seu acesso à ampla parcela da população, sem discriminar raça ou renda e não restrito a um grupo que anseia a sofisticação, a restrição e a exclusividade, pois é isso que a tal modernização prevista já está promovendo. Não bastam as reformas terem padronizado e higienizado a sua estrutura, agora querem tirar do povo um dos seus maiores símbolos da cultura popular e do esporte do Brasil!
Contra isso é que defendemos o Maraca Público e Popular!
Não à privatização! Vaza Odebrecht! Fora Eike! O Maraca é nosso!
NESTA SEGUNDA, TODOS À ODEBRECHT! https://www.facebook.com/
Fonte: Comitê Popular Rio Copa Olimpíadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário